A palavra cerrado tem origem na língua espanhola e significa “fechado”. Localizado no Planalto Central brasileiro, ocupa 23,9% do território nacional, o que equivale a cerca de 2.036.448 km². Em extensão, é o segundo maior bioma brasileiro, ficando atrás apenas da Amazônia. A data foi escolhida em homenagem ao ambientalista e fundador da Rede Cerrado, Ary José de Oliveira, nascido em 11 de setembro de 1931.
É um dos biomas de maior biodiversidade do mundo, estimando-se que possua mais de seis mil espécies de árvores, 800 espécies de aves e 50% das espécies de abelhas endêmicas.
A vegetação é do tipo savânica, e as plantas lenhosas apresentam troncos e galhos retorcidos, casca espessa e raízes profundas — adaptações ao fogo e ao solo pobre em nutrientes. Os solos desse bioma são altamente considerados úteis para a agricultura, desde que devidamente fertilizados e corrigidos quanto à acidez.
Além da riqueza em biodiversidade, o Cerrado é conhecido como “caixa-d’água”, devido à grande quantidade de nascentes. Possui reservas subterrâneas de água que abastecem as três maiores bacias hidrográficas da América do Sul: Amazonas, São Francisco e Prata.
No Cerrado, 9,7 milhões de hectares foram queimados entre janeiro e dezembro de 2024, sendo que 85% (ou 8,2 milhões de hectares) ocorreram em áreas de vegetação nativa. Nesse mesmo ano, o desmatamento diminuiu 41,2% em relação a 2023, mas, ainda assim, o bioma foi o mais afetado do Brasil, perdendo 652.197 hectares de vegetação nativa, o que equivale a uma média diária de 1.786 hectares.