A partir de dados do Fundo Monetário Internacional – FMI, o Brasil tem perdido relevância em crescimento econômico na comparação com economias internacionais. Nas décadas de 80 e 90 cerca de 70% dos países cresceram mais que o Brasil. Nos anos 2000, 56% dos países cresceram acima do Brasil.
A recente crise que teve início em 2014, e foi a maior dos últimos 100 anos de história, agravou a situação e mudou uma trajetória de crescimento. Importante mencionar que essa crise teve seu fundamento em problemas internos, basicamente o desequilíbrio fiscal.
Se observamos que em 2015 o percentual era de 94%, em 2016 subiu para 95%. Entre 2017 e 2018 esse percentual ficou em 84% de países que cresceram acima do nosso crescimento.
Esse baixo desempenho do Brasil, assumindo um comportamento de “vôos de galinha”, é devido ao problemas fiscais. Se for observado os anos 2000, em que o país teve um bom desempenho, verifica-se que foram 16 anos de superávit primário nas contas públicas.
Hoje já estamos em cinco anos de déficits primários consecutivos.Com uma dívida bruta de mais 78% do PIB.
Reformar a previdência, e portanto, avançar no reequilíbrio fiscal não é garantia de crescimento econômico. Mas sem dúvidas sem a reforma a trajetória é de piora nos indicadores de crescimento e renda per capita. Em breve saberemos qual caminho vamos seguir.