O termo Culidae refere-se a uma família de insetos habitualmente chamados de muriçocas, mosquitos ou pernilongos. Dentre eles, o mosquito Aedes aegypti (odioso do Egito) pode ocasionar quatro doenças: Zika, Dengue, Chikungunya e Febre de Mayaro. O mosquito é preto com listras brancas em seu tronco, cabeça e patas. O macho alimenta-se de néctar e a fêmea precisa do sangue para desenvolver seus ovos. Em média, o mosquito vive 30 dias e, durante este tempo, uma fêmea pode colocar até 3000 ovos. A fêmea do Aedes aegypti, quando pica uma pessoa infectada, ingere as partículas virais, que se espalham no organismo e invadem as glândulas salivares do mosquito. Assim, com a probóscide (tromba) com saliva, ele pode transmitir a doença através de uma série de substâncias analgésicas, anticoagulantes e de partículas virais que serão injetadas na pessoa saudável e, por conseguinte, transmitirão a doença. Aproximadamente 80% das pessoas que contraem não sentem os sintomas (é uma doença assintomática). Se compararmos os primeiros meses deste ano com o mesmo período de 2018, notamos um acréscimo de 25% no número de casos da doença. Esta enfermidade apareceu em nosso país em abril de 2015 e espalhou-se com muita facilidade devido à falta de cuidados essências ao combate. Em Pernambuco, desde 2015, mais de 400 crianças possuem sequelas devido à Zika.
O Aedes aegypti possui criadouros naturais como buracos de árvores, bromélias e poças. Mas a própria natureza tem seu equilíbrio: utilizando inimigos naturais, como os sapos, as libélulas, os lagartos e outros. Com o acúmulo de resíduos produzidos pelo homem, formamos os criadouros artificiais, como os pneus, as latas, as garrafas vazias, as sacolas plásticas, as calhas, os recipientes que armazenam água descobertos, os pratos dos vasos das plantas e as tampas de garrafas. Contudo, estudos mostram que o desenvolvimento do mosquito não ocorre apenas em água limpa: está acontecendo também em águas sujas. O desenvolvimento ocorre em quatro fases, que são: ovo, larva, pupa e imago (adulto), que leva aproximadamente 20 dias para evoluir, mas, com altas temperaturas, passa para 10 a 12 dias.
Fatores como desmatamento e queimada destruíram o habitat natural do mosquito, os quais migram para as cidades, encontrando lixo, água armazenada de forma inadequada e calor.
ÁGUA DA CHUVA
Em razão da escassez de chuvas em nossa região, necessitamos utilizar a água de forma inteligente. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), 100 litros de água por dia são suficientes para um ser humano. Porém, o brasileiro consome 187 litros por dia. Neste período de chuvas, é fácil verificar a quantidade de água desperdiçada; elas são tratadas como lixo. Precisamos coletar essas águas e armazená-las em cisternas localizadas em praças e parques e, na zona rural, as estradas deveriam ter valas conduzindo a água até os barreiros, os quais devem ter maior profundidade e tamanho reduzido do espelho d’água para evitar maior evaporação, além de arborizar as margens dos corpos hídricos. Essa coleta também deverá ser feita em nossas residências. Outro fator importante em coletar água da chuva é a diminuição do valor da sua conta, dos alagamentos nas ruas e das cheias nos rios. Podemos utilizar esta água nos vasos sanitários, na máquina de lavar roupas, na irrigação das plantas, na lavagem de piso fachadas e no carro. Na Austrália, ninguém constrói uma casa sem planejar o aproveitamento da água da chuva. Podemos coletar 10 litros de água em 10 mm de chuva por metro quadrado no telhado. Devemos evitar acumular as primeiras águas da chuva, pois elas vêm com grande acúmulo de sujeira da atmosfera e dos telhados; devemos deixá-las decantar antes de utilizar.
ACIDENTES COM SERPENTES
As principais serpentes venenosas em nosso país são: jararaca, surucucu, cascavel e coral-verdadeira. Em caso de acidente, nunca faça torniquete, cortes na região afetada ou ofereça bebida alcoólica. Procure um serviço médico o mais rápido possível; mantenha a vitima em repouso, enquanto não chega ao posto de saúde, tente identificar a espécie da serpente. Não existe soro universal.
“O que estamos fazendo para as florestas do mundo é um espelho do que estamos fazendo a nós mesmos e aos outros”.
Mahatma Gandhi
“A natureza não faz nada em vão”.
Aristóteles