Ainda é tempo de celebrar o Centenário do Central Sport Club. No próximo sábado, às 10h, será aberta no Polo Caruaru a Exposição “Central de Coração – 100 anos da Patativa”, no Espaço País de Caruaru.
A iniciativa é da TV e Rádio Jornal e do NE 10 com a nossa curadoria através do Polo Caruaru. No local estarão expostos itens como atas históricas, fotografias, troféus, honrarias, dispostos em dois ambientes, sendo um deles dedicado a conhecida coleção da “Soparia do Gordo”.
QUANDO O “FOOTBALL” DESEMBARCOU NA “PRINCESINHA DO AGRESTE”.
Num campinho improvisado no Largo do Rosário, jovens se digladiavam, literalmente, em meio à poeira, divididos em dois “teams”: o A e o B, embalados por suas respectivas torcidas organizadas, comandadas pela Professora Sinhazinha e D. Deolinda Pinto, então primeira-dama.
Era o nascente Central Sport Club, fundado a 15 de junho de 1919 na sede da Banda Commercial, gentilmente cedida pelo Professor Vicente Monteiro, onde o boêmio e “orador oficial de Caruaru” Chico Porto, presidente interino, transmitiu de imediato o cargo ao primeiro presidente eleito, José Faustino Vila Nova, obviamente com um longo discurso, como de costume.
Foi o pioneiro a ser fundado oficialmente, com a empolgação de universitários, jovens e comerciantes visionários, congregando os nomes mais expressivos da sociedade de então. Segundo a tradição, teria sido batizado em alusão a Estrada de Ferro Central de Pernambuco, que chegou à cidade em 1895, trazendo os ares do progresso e das novidades. A simbologia centralina nasceu de forma simplória: segundo o Professor Machadinho, ex-jogador do time nos primórdios, as cores preto e branco foram escolhidas em face do símbolo do clube, a patativa, “pássaro de canto harmonioso, muito comum, formoso e cantador do agreste”.
A história é longa, já dura cem anos e não toda cabe aqui. Saudações ao alvinegro, representante legítimo do que há de mais cativante na memória caruaruense.
Vida longa à Patativa!