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Prólogo, ato, epílogo – o legado vivo de Fernanda Montenegro.

Por Léa Renata
18 de outubro de 2019
Jornal de Letras – 70 anos
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O Brasil inteiro está celebrando o talento, a vivacidade, a coerência e a resistência de Fernanda Montenegro, que comemora noventa anos agradecendo enfaticamente a lucidez e, claro, o carinho e os aplausos de uma gigantesca legião de fãs.

Descendente de imigrantes nasceu no Rio de Janeiro a 16 de outubro de 1929 e recebeu o nome de Arlette Pinheiro Esteves da Silva (depois, Torres).

Aos 15 anos, ingressou na Rádio MEC onde atuou e se formou como radialista, redatora, locutora e radioatriz e depois na Rádio Guanabara. Nessa época, desfrutou do apogeu da vida artística e cultural do centro do Rio: a Cinelândia, os teatros, livrarias – locais que frequentou assiduamente assistindo inúmeros filmes e peças em companhia das irmãs. Em 1948, ao ver no palco – dezoito vezes – Sérgio Cardoso interpretando Hamlet, de Shakespeare, decidiu que ali era o seu lugar.

Em 1950, estreia no teatro na peça Alegre canções na montanha, onde encontrou o também futuro ator Fernando Torres que viria a ser seu companheiro de vida. Sua atuação rendeu boas críticas e o contrato de 1ª atriz da recém-criada TV Tupi Rio, em 1951. Foi só o começo.

A partir daí, só nas décadas de 50 e 60 atuou em mais de trezentas peças apenas no Grande Teatro Tupi. Sempre teve duas referências: as atrizes Bibi Ferreira e Dulcina de Moraes.

Da sua incalculável lista de sucessos no teatro, citamos; Fedra, Dona doida e As lágrimas amargas de Petra Von Kant; no cinema; Eles não usam black-tie, A falecida, e, claro, Central do Brasil. Na TV, que aproximou Fernanda do grande público, encarnou a golpista Naná em Cambalacho, a feminista Charlô em Guerra dos Sexos e A Compadecida em O Auto da compadecida.

O exercício apaixonado da profissão lhe rendeu por duas vezes do prêmio Molière, o Emmy Internacional e o Urso de Prata do Festival de Berlim, além de inúmeros outros prêmios e condecorações governamentais nacionais e internacionais nos mais altos graus, mas a cotidiana e fervorosa dedicação à profissão aguçou sua simplicidade e, por conseguinte, sua resistência ao título de “mito” ou “Primeira-dama do Teatro Brasileiro”, conjugando o verbo no plural, creditando sempre seus colegas ao redor.

Fernanda ou Fernandona é um grande patrimônio vivo de todos os brasileiros. Seu talento desconhece fronteiras e encontra ressonância em todos os rincões.

Tive a honra de vê-la uma única vez num palco. Em 26 de outubro de 1988 ela esteve em Caruaru para encenar seu espetáculo “Dona Doida” no auditório da Rádio Difusora. Antes, fez um bate-papo com a classe artística na Casa da Cultura José Condé onde descerrou uma placa em sua homenagem. Nunca fui chegado a tietagens, mas, para dona Fernanda, abri uma exceção. Na saída, ousei pedir-lhe um abraço. Ganhei mais: um sorriso, dois beijos, uma flor vermelha e um autógrafo.

Dormi leve nessa noite.

Em tempo: Prólogo, ato, epílogo, é o título da biografia da atriz que acaba de chegar às livrarias. Uma excelente dica de leitura.

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