Ofertado para estudantes da rede pública de ensino e em centros pedagógicos, o curso de Aquaponia, do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), também passou a ter adolescentes da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) como alunos. Ao todo, 12 socioeducandos internos do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Vitória de Santo Antão, na Mata Sul, estão participando das aulas, que compõem os esforços de qualificação profissional previstos no cumprimento da medida socioeducativa.
A prática que os estudantes estão aprendendo consiste na criação de um sistema que integra a criação de peixes e organismos aquáticos com a cultura orgânica sem solo, resultando na produção de alimentos de uma forma diferente da convencional. A atividade, que ocorre nas instalações do IFPE em Vitória de Santo Antão, foi articulada pelo Eixo Profissionalização, Esporte, Cultura e Lazer da Funase. Desde 2018, o campus da instituição naquele município já ofertou outros cursos para socioeducandos.
Conforme a coordenadora técnica do Case Vitória, Karolinna Ferreira, o curso de Aquaponia, com aulas uma vez por semana, está alinhado com outras atividades, como a manutenção da horta orgânica existente na unidade e de um viveiro florestal instalado em uma área externa próxima. “É uma proposta nova, mas que a gente pode agregar às ações que já temos. A ideia é finalizar o curso e pôr em prática o cultivo de hortaliças em conjunto com a criação de peixes e camarões, que é a proposta da aquaponia”, explicou.
Para o coordenador do Eixo Profissionalização, Esporte, Cultura e Lazer da Funase, Normando de Albuquerque, entre os ganhos da inserção dos adolescentes no curso, está a possibilidade de novas vivências. “É educação profissional, é difusão de novas tecnologias produtivas, é um ambiente diferenciado de aprendizagem. Essa experiência que eles estão tendo representa o que entendemos como importante na profissionalização, que não é um fim em si mesma, mas o meio para socioeducar”, avaliou.