Em 21 de setembro é comemorado o Dia da Árvore: uma data simbólica para promover a reflexão sobre a nossa relação com as árvores. Os benefícios que os vegetais nos proporcionam são inúmeros: dentre eles a produção de oxigênio, a absorção de gases tóxicos, a adubação pelas folhas e matéria orgânica, o conforto térmico, a oferta de habitat para os seres vivos, a produção de alimentos e até a formação de chuvas.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) são necessários cerca de 12 metros quadrados de área verde por habitante. Infelizmente, estamos distantes desse ideal pois estamos desmatando e queimando nossas florestas, como mostra estudo realizado pelo Instituto Brasileiro e Geografia e Estatística – IBGE – sobre os biomas brasileiros, que perderam cerca de 500 quilômetros quadrados de sua cobertura natural entre os anos de 2000 e 2018.
A maior perda neste período aconteceu no bioma Amazônico, seguido pelo Cerrado, mas em termos percentuais, o Pampa foi o que mais perdeu área natural.
Com o passar do tempo, não percebemos mudanças nesse cenário caótico, neste ano, no entanto, já alcançamos recordes em focos de queimadas na Amazônia, no Cerrado e no Pantanal. Eles são essenciais para a vida humana. Uma vez que as chuvas são formadas no mar e empurradas para o continente pelas correntes de ar, na medida que penetram no continente, o volume vai diminuindo, a partir de 600 quilômetros do litoral, o clima fica tão seco que surgem os primeiros desertos.
Se dependêssemos apenas desse fenômeno, a vida só seria possível na borda dos continentes, já que o interior seria muito árido e seco. A partir deste ponto, entra em cena as florestas, que, através da transpiração dos vegetais, produzem nuvens carregadas com água, formando rios voadores, que são levadas para as partes que as chuvas de origem marítima não alcançam. Por isso, dentre outros incontáveis motivos, devemos conservar e preservar a vegetação para garantir a sobrevivência e a qualidade de vida.
“Antes que qualquer árvore seja plantada ou qualquer lago seja formado, é preciso que as árvores e os lagos tenham nascido dentro da alma. Quem não tem jardim por dentro, não planta jardins por fora e nem passeia por eles”.
Rubem Alves