José Lucas, escritor caruaruense, calcula que, em 46 anos, caminhou 82.000 km. Isso nos faz refletir sobre os inúmeros benefícios que a caminhada proporciona, entre eles, a diminuição de automóveis nas ruas, a redução da poluição e do número de acidentes, o ganho de tempo, a redução de gastos e, principalmente, o ganho de saúde e bem estar físico e mental.
A mobilidade urbana é entendida como o fluxo de pessoas na cidade, seja individual (caminhada, pedalada ou motocicleta), seja coletivo (trem, ônibus ou metrô). Essa definição é fundamental para o planejamento urbano e, consequentemente, para influenciar na qualidade de vida.
É preciso investir na utilização de transportes ativos, como: caminhada, pedalada, ônibus ou até mesmo, veículos elétricos. Cidades sustentáveis são aquelas em que a caminhabilidade funciona, sendo também, boas para pedalar. A Holanda, por exemplo, é o pais com maior porcentagem no planeta de pessoas que pedalam; 95% das crianças de 10 a 12 anos vão à escola de bicicleta.
A teoria geral da caminhabilidade afirma que uma caminhada deve ser proveitosa, segura, confortável e interessante. Porém, é notório que a maioria das nossas cidades possuem pequenos espaços, calçadas irregulares ou ainda esburacadas, provocando riscos de acidentes.
É de extrema importância que a sociedade e o poder público entendam a importância da caminhada e passem a oferecer espaços arborizados, seguros e confortáveis para essa prática.