Após seguidas perdas anuais de vagas (2012-2018), a construção teve apenas leve recuperação de 0,5% (mais 37 mil ocupados). Frente a 2014, a queda foi de 13,8%, ou menos 1,1 milhão de trabalhadores. Na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, em 2019, quando comparada a 2012, quando tinha 10,3 milhões de empregados, houve queda de 17,4% (menos 1,8 milhão).
A Indústria registrou, em 2019, cerca de 12 milhões de trabalhadores. Frente a 2012, houve redução de 1 milhão no contingente. Em relação a 2014, quando havia 13,2 milhões de trabalhadores, a queda foi ainda maior, de 1,2 milhão. O setor de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas é um dos poucos que mantiveram certa estabilidade no contingente de trabalhadores. No setor de transporte, armazenagem e correio, em 2019, havia 4,9 milhões de trabalhadores, alta de 4,6% em relação a 2018 e de 18,4% na comparação com 2012. O setor cresceu nos últimos anos, devido, principalmente, à expansão do transporte terrestre de passageiros, destaca o IBGE.
Em alojamento e alimentação havia, em 2019, cerca de 5,5 milhões de trabalhadores, com alta de 3,7% em relação a 2018. Comparado a 2012, o crescimento foi de 43,6% (o maior de todas as atividades). Esse avanço está associado, principalmente, à parte de serviços de alimentação, sobretudo, no trabalho ambulante, explica o IBGE. Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas completou três anos seguidos de expansão, com 10,5 milhões em 2019. Em relação 2012, essa atividade cresceu 11,1%.
Na administração pública, defesa, seguridade, educação, saúde humana e serviços sociais, havia 16,4 milhões de trabalhadores em 2019, apontando crescimento de cerca de 1,9 milhão em relação a 2012 (13,2%) e 1,3 milhão (8,8%) em relação a 2014. Nos Outros serviços estavam inseridos, em 2019, cerca de 5 milhões de trabalhadores, equivalente a 30,9% acima do observado em 2012, e 19,9% acima do registrado em 2014.
Terceiro trimestre de 2019
No fechamento do último trimestre de 2019, a taxa de desocupação recuou para 11%, com uma redução de 883 mil pessoas – e somando um contingente de 11,6 milhões -, frente ao trimestre de julho a setembro de 2019, quando a desocupação foi estimada em 12,5 milhões de pessoas, ou 11,8%. Essa é a menor taxa do trimestre terminando em dezembro, desde 2015, quando atingiu 8,9%. O período também registrou queda na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, quando a taxa foi estimada em 11,6%, uma redução de 520 mil pessoas desocupadas.
O maior destaque, de acordo com a Pnad Contínua, foi o aumento de 1,8% dos empregados no setor privado com carteira assinada, em relação ao trimestre anterior (33,7 milhões); enquanto o número de trabalhadores sem carteira assinada ficou estável, com 11,9 milhões. No confronto com o trimestre de outubro a dezembro de 2018, houve expansão de 2,2% nos trabalhadores com carteira (mais 726 mil pessoas); e de 3,2%, nos sem carteira (367 mil pessoas a mais).
“Houve um crescimento expressivo do emprego com carteira assinada, com expansão de 1,8%, o que não ocorria desde o início da série, em 2012. Mas, ainda que o crescimento no quarto trimestre seja um dos maiores da série, o quantitativo de 33,7 milhões, ainda é cerca de 3 milhões inferior ao recorde da série, em 2014, quando foram registrados 36,7 milhões”, destaca Adriana Beringuy. A taxa de informalidade ficou em 41% no quarto trimestre, um contingente de 38,4 milhões de pessoas. A categoria por conta própria, com 24,6 milhões, ficou estável no último trimestre. Na comparação com o mesmo perído de 2018, cresceu 3,3%, um adicional de 782 mil pessoas.
Os grupos de atividades com aumentos no contingente de ocupados na comparação com o trimestre anterior foram comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (2,1%, ou mais 376 mil pessoas); alojamento e alimentação (3,3%, ou mais 179 mil pessoas); e outros serviços (3,0%, ou mais 151 mil pessoas). Houve redução no grupamento de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (2,1%, ou menos 178 mil pessoas).
Na comparação com o trimestre de outubro a dezembro de 2018, houve aumento na indústria (3,3%, ou mais 388 mil pessoas); alojamento e alimentação (5,2%, mais 282 mil pessoas); e outros serviços (4,5%, mais 221 mil pessoas). Os demais não tiveram variação significativa. O rendimento médio real habitual (R$ 2.340) no trimestre outubro-novembro-dezembro ficou estável em ambas as comparações. A média anual (R$ 2.330) teve leve variação (0,4%) em relação a 2018. A massa de rendimento real habitual (R$ 216,3 bilhões) cresceu 1,9% em relação a julho-setembro. Frente ao mesmo trimestre de 2019, alta de 2,5%. A média anual (R$ 212,4 bilhões) subiu 2,5% em relação a 2018.