Crianças e adolescentes que passaram no último sábado (19) de frente à Casa de Cultura José Condé, no Parque 18 de Maio, em Caruaru, puderam aproveitar uma programação especial. O local abriga o Espaço de Proteção que atua nas feiras do parque no combate à exploração, abuso, situações de vulnerabilidade social que expõem crianças e adolescentes e ao trabalho infantil. A festa foi em celebração pelos dois anos de funcionamento do espaço, com data comemorada no último dia dois de outubro. Para festejar, foi montada uma tenda de frente ao espaço para receber os pequenos para uma manhã de atividades.
O evento foi preparado pelos servidores da Prefeitura de Caruaru que atuam na Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SDSDH) junto com a coordenação das AEPETI que atua no funcionamento do serviço. Então teve muita diversão para a criançada com pula-pula, brincadeiras com distribuição de brindes, pintura de rosto, desenho, distribuição de sacolinhas de guloseimas, lanche e algodão doce. A diversão foi garantida pelas integrantes mirins do grupo de jazz e hip hop do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do Bairro das Rendeiras. A abertura foi com a Orquestra do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do Cras Bonança.
Fabiana Maria dos Santos, que é de São Paulo e mora há sete anos em Caruaru, trouxe os dois filhos Pedro Artur, de três anos e seis meses, e Ana Luíza, de dois anos e sete meses, para passear na feira e aproveitar a festinha. “A gente costuma sair no sábado para conhecer a cultura da cidade e hoje a gente parou aqui para brincar e se divertir um pouquinho”, explicou. A paulistana se disse surpresa ao notar que tinha trabalho infantil em Caruaru quando chegou para morar na cidade, mas, ao perceber a iniciativa da prefeitura para combater essa prática entendeu a importância do trabalho desenvolvimento pela equipe. “Eu acho muito bonito esse trabalho da prefeitura de orientar os pais de que criança tem que ser criança, aproveitar a infância. Às vezes, não é nem que os pais querem, é pela qualidade de vida que as crianças não têm, pela cultura também”, destacou.
O Espaço de Proteção acolheu, desde o início das atividades, iniciadas no dia dois de outubro de 2017, 321 crianças e 27 adolescentes de Caruaru e de municípios circunvizinhos. Só no primeiro ano foram 291 crianças e 23 adolescentes. As equipes de referência realizaram inúmeras ações de sensibilização e encaminhamentos de diversas famílias em situação de risco e vulnerabilidade para a rede socioassistencial e setorial. “Nós temos uma perspectiva e uma aceitação muito boa e temos parceiros, comerciantes e feirantes que estão nos ajudando. O nosso objetivo é sensibilizar a população para que esse índice de trabalho infantil, ou qualquer tipo de violação de direito, diminua. Então, se o Espaço de Proteção nesse segundo ano foi ocupado por menos crianças, isso quer dizer que nós tivemos um índice positivo, que nosso trabalho está sendo um fluido do que a gente imaginou”, pontuou a coordenadora do AEPETI, Juciara Alves de Almeida.