O território brasileiro possui uma enorme extensão territorial e, por conseguinte, apresenta climas e solos muito variados. Diante desse cenário, temos também uma diversidade de biomas. Dentre eles, o pantanal é um dos de maior importância para o planeta, de acordo com a Organização das Nações Unidas, que o classificou como uma das regiões de maior biodiversidade do mundo. Esse bioma é caracterizado por uma vegetação adaptada a solos encharcados e por uma fauna abundante.
A principal característica dessa região, na verdade, é a dependência de quase todas as espécies de plantas e animais em relação ao fluxo de água. Ele corresponde a 4,5% do território do nosso país, localizado nos estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul.
De acordo com o IBAMA, 1,9 milhão de hectares de vegetação já foram consumidos pelo fogo de Janeiro a Agosto, representando um aumento de 281% em relação ao mesmo período do ano passado. Dentre os fatores que contribuem para essas queimadas estão o agravamento da seca, que acontece entre Agosto e Outubro, pelo aquecimento global; o desmatamento para o plantio de soja e capim; a utilização de forma indiscriminada do fogo para a renovação das pastagens.
Além disso, como as chuvas no Pantanal são provenientes da Floresta Amazônica – que também passa por momentos críticos de queimadas e desmatamentos -, há a escassez de água, que é de extrema importância para este ecossistema. Os prejuízos são enormes: diminuem a biodiversidade e até afetam a saúde da população com a maior concentração de gases tóxicos na atmosfera. Para combater esta tragédia, é necessário investir na educação, na tecnologia, na fiscalização e na punição.
Precisamos urgentemente cuidar de nossas riquezas naturais: além da parte da sustentabilidade, elas servem para a geração de renda através do turismo, para o desenvolvimento de tecnologias, de medicamentos e de tratamentos. Infelizmente, a natureza que o homem destrói em curto prazo, leva milhares de anos para a recuperação.