A palavra Capibaribe tem origem no tupi antigo, que significa rio das capivaras e dá nome ao rio que nasce na Serra de Jacarará, no munícipio de Poção – próximo ao estado da Paraíba – e deságua no Oceano Atlântico, no Recife.
Abrangendo 42 municípios, o Rio Capibaribe tem cerca de 74 afluentes e a sua bacia hidrográfica apresenta 7.454,88 km2 (7,58% da área do estado), ocupando a posição de quarto maior rio do estado com 280 km.
A sua relevância se revela já em sua várzea, propícia ao plantio da cana-de-açúcar, onde se instalaram os primeiros engenhos. Além disso, possui colônias de pescadores, fornece água para o plantio e para a criação de animais e guarda grandes reservatórios, como Jucazinho, Carpina, Tapacurá e Goitá, que nasceram com o objetivo de amenizar as enchentes, mas fornecem água para várias cidades, contribuindo, inclusive, para outras bacias.
O Rio Capibaribe traz contribuições nos campos histórico, social, econômico e ambiental do nosso estado. Diante de tamanha importância, vários desafios a ele relacionados se apresentam: retirada da água, vegetação inadequada na nascente, falta de preservação de seus afluentes; assoreamento; despejo de esgotos; depósito de lixo; desmatamento da mata ciliar, além do derramamento de corantes, que provoca um fenômeno conhecido como eutrofização, que é a impossibilidade de sobrevivência de qualquer forma de vida.
O consagrado poeta nordestino João Cabral de Melo Neto, já na década de 1960, relatava em seus livros “O cão sem plumas”, “O Rio” e “Morte e Vida Severina” o descaso com o Capibaribe.
Precisamos entender que o rio transporta fonte de vida e, tanto o meio ambiente quanto o ser humano, não podem desassociar o rio e a manutenção da vida.
