domingo, 22 de dezembro de 2024

Para não dizer que não falei da filosofia

Não obstante ao contexto de conflitos e controvérsias, nunca talvez tenha se falado tanto de filosofia e de ciências humanas no Brasil como atualmente. Presente em todos os tempos, a filosofia enquanto manifestação própria da inquietude do espírito humano aflora ainda mais em momentos de crise, em momentos decisivos, em momentos nos quais é necessário refletir sobre o que realmente importa e faz sentido.

Mesmo para criticá-la e classificá-la como “inútil”, a filosofia parece nos obrigar a utilizá-la. Afinal é preciso refletir e expor argumentos, de maneira que esse exercício se torna uma prática autodestrutiva que traz como uma de suas piores consequências a desumanização. Negar ao ser humano a capacidade de refletir, duvidar, questionar é tentar diminuí-lo, descaracterizá-lo, aliená-lo, convertê-lo em marionete e impedi-lo de manifestar seu potencial criativo e transformador de si mesmo e do seu mundo.

Se é possível afirmar que o ser humano é um discurso a ser dito, se a palavra possui um potencial criador, então negar a filosofia e o filosofar é negar o próprio ser humano e todo seu potencial. Em sua aula inaugural no Collège de France em 2 de dezembro de 1970, Michel Foucault afirmou que há em nossa sociedade uma profunda “logofobia” (medo da palavra) de tudo que possa ser dito de descontínuo, de combativo, de perigoso, como uma espécie de zumbido incessante do discurso.

E não por acaso, a educação, embora seja, por direito, o instrumento por meio do qual o indivíduo pode ter acesso a qualquer tipo de discurso, é entendida por Foucault como “uma maneira política de manter ou modificar a apropriação dos discursos, com os saberes e os poderes que eles trazem consigo”. Mas como é possível pensar uma educação e em um sistema educativo desprovido de filosofia e do filosofar, se a educação mesma é em si uma atividade filosófica?

Nesse sentido, Descartes (1596-1650) afirmou que “viver sem filosofar é o que se chama ter os olhos fechados sem nunca os haver tentado abrir”.  Na capacidade de filosofar está contida em potência a possibilidade de ser, estar e fazer a diferença no mundo.

Autor: Prof. Dr. Luís Fernando Lopes, filósofo, teólogo e coordenador do curso de licenciatura em Filosofia do Centro Universitário Internacional Uninter

Nota de Esclarecimento

A Prefeitura de Caruaru, através da Secretaria da Fazenda (SEFAZ), informa que a emissão/pagamento do alvará de funcionamento dos bancos da feira não tem relação com o recadastramento que está sendo realizado no Espaço Cultural Tancredo Neves, devendo os feirantes que receberam as fichas cadastrais comparecerem ao local citado, a fim de realizarem o procedimento.

Brinquedos fortalecem elo entre pais e filhos e estimulam o desenvolvimento na primeira infância

Metade dos pais brasileiros afirmam não ter tempo para brincar com seus filhos, e 95% desse índice declaram que a atividade mais frequente feita com as crianças é sair para comer, segundo pesquisa realizada pela agência Edelman Berland. Para ajudar a dar o carinho e a atenção fundamental para o crescimento saudável dos pequenos, a Playlab (www.playlab.com.br) oferece brinquedos que desafiam o público infantil e estreitam a relação parental enquanto divertem.

“O convívio que pais e filhos têm durante a brincadeira gera vínculos fortes e memórias afetivas. A criação de histórias, por exemplo, pode ser um momento de transmissão de valores, conhecimento e costumes. Essas experiências geram confiança e a criança passa a se abrir, em casos de desafios diários na escola ou até mesmo bullying, e a ser mais receptiva à ação e ao conselho do adulto”, diz Rosaria Pilia, sócia-fundadora do e-commerce de brinquedos.

Os produtos da Playlab são analógicos e manuais, o que gera um equilíbrio entre as telas de tablets, smartphones, televisões e o mundo fora da era digital. Os jogos, Teatro de Sombras e Caixa de Cinema, por exemplo, ao mesmo tempo em que instigam a criatividade, favorecem o entretenimento exploratório e ativo, uma vez que a criança cria sua própria história ao manipular os cenários e personagens que enriquecem o intelecto.

Além disso, os itens são diferentes dos tradicionais, em que a criança tem um papel passivo – como apertar um botão para que o carrinho pisque e ande sozinho. “Estimulamos que o pequeno seja protagonista na brincadeira, testando suas hipóteses, percebendo a sua força e a necessidade de ação para que o movimento aconteça”, comenta Rosaria. A manipulação de objetos proporcionados pelos jogos de construção com mais de 400 peças, como o Castelo do Cavaleiro e a Corrida de Bolinhas, resulta em questionamentos e busca por soluções.

Made in Brazil

Rosaria, que é italiana, estava acostumada com brinquedos analógicos e artesanais e sentiu dificuldade em achar produtos para a filha, após se mudar para o Brasil com o marido, Saulo Pinotti. “Eu estava habituada a outra dinâmica de brincadeiras e diversão que estimulam a criatividade, por isso decidimos investir em um negócio que proporcionasse uma alternativa ao entretenimento infantil baseado em telas de tablets, filmes e idas ao shopping”, complementa a sócia-fundadora.

Com um catálogo de mais de dois mil itens nacionais e internacionais, a Playlab planeja expansão para lojas físicas que promovam a experimentação de seus artigos.

Secretaria de Saúde de Caruaru convoca beneficiários do Bolsa Família para acompanhamento na saúde

Os beneficiários do Programa Bolsa Família têm até o dia 20 de maio para realizar o acompanhamento na saúde, que é obrigatório para as famílias cadastradas no programa.

Serão acompanhadas crianças menores de sete anos, gestantes e demais mulheres entre 14 e 44 anos, que devem procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima a sua residência, levando o cartão Bolsa Família, cadernetas de vacina e da gestante, se for o caso.

Em Caruaru, o Bolsa Família tem 45.773 pessoas com acompanhamento obrigatório. O não comparecimento pode gerar o bloqueio do benefício da família. De acordo com a Coordenadora do Programa na Saúde, Camilla Lopes, o acompanhamento das condicionalidades de saúde é uma das exigências do Programa.

“É importante a população comparecer as unidades de saúde para fazer o acompanhamento, que deve ser feito duas vezes por ano, uma no primeiro semestre e outra no segundo, para que as informações sejam enviadas ao Ministério da Saúde”, explicou.

Cálculo do reajuste nos planos de saúde pode mudar ainda em maio

O método de cálculo dos reajustes de planos de saúde individuais pode mudar a partir deste mês. Os preços cobrados pelas operadoras foram tema de audiência pública no ano passado, após a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) se envolver em disputa judicial com o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Para a entidade, a agência reguladora não adotava parâmetros corretos de correção no valor das mensalidades. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os preços subiram 10,29% no acumulado de 12 meses até março, enquanto a inflação registrou variação de 4,58% no mesmo período.
A nova metodologia foi estabelecida pela ANS no ano passado e deve entrar em vigor entre maio e junho. O reajuste só pode ser aplicado pelas operadoras a partir da data de aniversário de cada contrato. Segundo a agência, o novo Índice de Reajuste dos Planos Individuais (IRPI) costuma sair em maio ou junho, mas, para este ano, ainda não há data específica. A nova fórmula traz como benefícios a redução do tempo entre o período de cálculo e de aplicação do reajuste e a transferência da eficiência média das operadoras para os beneficiários, resultando na redução do índice de reajuste.
Por Correio Braziliense
Foto: Comunidade Vip

Termina hoje prazo para eleitor faltoso evitar cancelamento de título

Para isso, é preciso pagar as multas referentes às ausências, bem como comparecer a um cartório eleitoral para apresentar, além do título, um documento com foto e um comprovante de residência.

O processo pode ser iniciado pela internet, no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Para somar as três faltas, são contados também os turnos de votação. São consideradas ainda as eleições suplementares, convocadas quando o pleito oficial é anulado devido a irregularidades.

Caso esteja em dúvida sobre sua situação, o eleitor também pode consultar o site do TSE.

Segundo informações do TSE, mais de 2,6 milhões de pessoas podem ter o título cancelado caso não resolvam a pendência. Desse total, apenas 93.702 regularizaram a situação desde o início do prazo, no início de março.

O cancelamento do título pode acarretar uma série de problemas. A pessoa fica, por exemplo, impedida de obter passaporte e carteira de identidade, de receber salário de função ou emprego público e de participar de concorrência pública ou administrativa estatal.

O faltoso fica ainda impossibilitado de obter empréstimos em instituições públicas, de se matricular em instituições de ensino e de ser nomeado em concurso público.

Não terão os títulos cancelados aqueles que não são obrigados a votar, sendo seu comparecimento às urnas facultativo, como as pessoas entre 16 e 18 anos e acima de 70 anos. Também não estão sujeitos à medida os portadores de deficiência a quem seja impossível ou extremamente oneroso o cumprimento das obrigações eleitorais.

Os números dos títulos cancelados começarão a ser divulgados em 24 de maio.

Por Agência Brasil  Brasília
Foto: Arquivo/Ag. Brasil

Governo autoriza IBGE a contratar 234 mil profissionais temporários para Censo 2020

O Ministério da Economia publicou portaria nesta segunda-feira (6) autorizando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, a contratar temporariamente por um ano 234.416 profissionais para atuarem no recenseamento da população brasileira no ano que vem, o Censo 2020. A expectativa inicial do órgão era contratar 300 mil pessoas, mas em fevereiro, durante sua posse, a nova presidente, a economista Suzana Guerra, já falava em “mais de 240 mil”.

A partir desta segunda, o IBGE tem seis meses de prazo para anunciar as regras do processo seletivo simplificado que vai preencher as vagas. A portaria deixa claro, no entanto, que as contratações somente serão feitas, em janeiro de 2020, “mediante disponibilidade de dotações orçamentárias específicas”.

Desde o ano passado as restrições orçamentárias do governo federal começaram a causar dúvidas sobre a realização do Censo. De acordo com o reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, em agosto de 2018, o comando do IBGE argumentava com o então Ministério do Planejamento a necessidade de liberação ainda em 2019 de R$ 1 bilhão para preparar a pesquisa, que ao todo custaria R$ 3,4 bilhões, segundo cálculos do Instituto.

Na semana passada, a presidente do órgão, Suzana Guerra, anunciou a previsão de reduzir em 25% o orçamento para o Censo 2020 e a possibilidade de diminuir o número de perguntas no questionário. Cerca de 250 servidores do IBGE protestaram na última quinta-feira contra a medida. O grupo foi recebido por Guerra informalmente. Segundo eles, a presidente do IBGE afirmou que o corte pode ser ainda maior e que dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios podem ser usados para preencher eventuais lacunas no Censo.

Em fevereiro, na cerimônia de posse da nova chefe do órgão, o ministro da Economia, Paulo Guedes, já tinha sinalizado a redução do questionário. “O censo de países ricos tem 10 perguntas, o censo brasileiro tem 150, e o censo do Burundi tem 360 perguntas. Quem pergunta demais acaba descobrindo coisa que nem queria saber. Então, eu sugiro que sejamos espartanos, façamos uma coisa bem compacta, façamos o essencial, e nós vamos tentar de toda forma ajudar”, disse o ministro.

No último sábado, o Sindicato Nacional dos servidores do IBGE reuniu acadêmicos para debater o tema. Eugênia Motta, antropóloga e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, mencionou que um questionário menor pode tornar populações vulneráveis ainda mais invisíveis. “Reduzir o Censo é um risco, podendo diminuir a visibilidade da população de certos locais num país desigual. É justamente junto a essas populações marginalizadas que as informações custam a chegar e são mais caras. Há pressão para tornar essas realidades invisíveis. Só a estatística pública tem a capacidade de mostrar a existência de determinadas realidades. Deixar de obter essas informações pode fazer com que essas populações deixem de ser vistas e as políticas para elas deixem de ser uma preocupação oficial”, argumentou.

Sem ganho real, salário mínimo deve ir para R$ 1.040 em 2020, propõe governo

Fonte: Congresso em Foco

Em Caruaru, Humberto afirma que Bolsonaro comete crime contra o ensino superior

Cumprindo agenda no município de Caruaru, no Agreste do Estado, nessa sexta-feira (03), o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) está cometendo um crime gravíssimo contra o ensino superior ao impor um corte de 30% nos recursos das universidades federais, anunciado pelo Ministério da Educação por suposta má avaliação e “balbúrdia” das instituições.

“Este corte orçamentário no ensino superior é mais uma atitude criminosa desse governo. É um movimento fundamentalmente político para enfraquecer as universidades. Só aqui em Pernambuco, os cortes vão superar os R$ 83 milhões. Pesquisas importantes serão interrompidas, o calendário acadêmico será ameaçado e tudo isso sob uma alegação de ‘balbúrdia’. É um escárnio”, criticou o senador.

Na agenda, o parlamentar deu entrevista a um programa de rádio de uma emissora local, ao lado do deputado estadual João Paulo (PCdoB), que também fez duras críticas ao governo Bolsonaro. À noite, o senador participou de um debate acalorado sobre a Reforma da Previdência na faculdade Asces/Unita, que contou com a participação dos alunos da Pós-Graduação em Direito Público. Humberto aproveitou a oportunidade e fez diversos alertas aos formadores de opinião presentes no debate.

“Nós conhecemos a realidade do sertanejo, do nordestino e sabemos como é a vida de quem está de, sol a sol, com uma enxada nas mãos. O texto da reforma é profundamente raso e opressor. É preciso olhar o déficit da previdência de outra forma, é preciso gerar emprego para que mais pessoas possam contribuir com o regime previdenciário. Não só isso: a Reforma simplesmente esqueceu os sonegadores de impostos que levam bilhões dos nossos cofres todos os anos. Jogaram a conta nas costas do trabalhador e erraram feio. Acho muito difícil, do jeito que está, algum parlamentar botar a cara pra votar a favor de medidas tão monstruosas”, pontuou Humberto Costa.

O deputado federal Fernando Rodolfo (PR), que hoje faz parte da base do governo Bolsonaro, fez duras críticas à interlocução feita pelo governo com os parlamentares aliados e se posicionou contra diversos pontos da reforma. “Praticamente, não tem conversa com a base. Teve deputado que passou 60 dias tentando uma conversa com Onyx Lorenzoni, chefe da Casa Civil, e não conseguiu. Sobre a questão da previdência, quero deixar clara a necessidade de se fazer uma reforma, mas não nesses termos. Nós conhecemos a realidade do Nordeste e não vamos aprovar do jeito que está, precisa de mudança”, disse o deputado.

Humberto ainda relembrou o governo Lula (PT), onde a Previdência esteve em superávit graças à expressiva geração de empregos, e também criticou a condução do país por Jair Bolsonaro e seus aliados.

“Não só falta diálogo, como, também, o rumo do país me preocupa muito. Podem ter certeza que, infelizmente, este ano de 2019 vai ser muito pior do que anos anteriores. Venderam uma ideia de que a Reforma Trabalhista iria gerar 9 milhões de empregos e nós estamos vendo o resultado aí, os números de desempregados está aumentando. Essa Reforma da Previdência, se aprovada, terá consequências irreversíveis. No governo Lula, quando se pensava no emprego, no trabalhador, essa mesma previdência era superavitária”, lembrou o Senador.

Foto: Kelvin Maciel

Dados parciais da SES mostram que 1.119.488 de pernambucanos foram vacinados contra a influenza até o último sábado (4)

Dados parciais da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que 1.119.488 de pernambucanos foram vacinados contra a influenza até o último sábado (04.05), Dia D da campanha. O quantitativo representa 42,33% do público, formado por mais de 2,6 milhões de pessoas. Até o dia 31 de maio, a meta é imunizar, no mínimo, 90% desse contingente.

Até o final da campanha podem se vacinar: crianças entre 6 meses e 5 anos, 11 meses e 29 dias; gestantes, idosos (60 anos ou mais), puérperas (até 45 dias após o parto), trabalhadores da saúde, professores das escolas públicas e privadas e povos indígenas. A imunização, que protege contra as influenzas A(H1N1), A(H3N2) e B, ainda contempla portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, que devem apresentar prescrição médica no ato da imunização, de acordo com recomendação do Ministério da Saúde (MS); adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional. Além disso, o MS orienta vacinar policiais civis, militares, bombeiros e membros ativos das Forças Armadas, que devem apresentar documento comprobatório no ato da vacinação, assim como os professores e profissionais de saúde.
Foto: Miva Filho
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