terça-feira, 4 de novembro de 2025

ERRATA: Número de pacientes com hepatite cai 7% em 10 anos no Brasil

O número de pacientes notificados com casos de hepatites virais no Brasil caiu 7% entre 2008 e 2018, de acordo com o Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais 2019 divulgado hoje (22) pelo Ministério da Saúde. Em 2008, foram registrados 45.410 casos. Dez anos depois, o número passou para 42.383 casos.

O levantamento aponta ainda queda de 9% no total de mortes causadas pela doença no país, saindo de 2.362 óbitos em 2007 para 2.156 em 2017.

A hepatite é a inflamação do fígado. Ela pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas.

De acordo com o Ministério da Saúde, são doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas quando estes aparecem, podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem, ainda, os vírus D e E, esse último mais frequente na África e na Ásia.

Tipo de hepatite

De 2000 a 2017, foram identificados no Brasil, segundo o boletim, 70.671 óbitos por causas básicas e associadas às hepatites virais dos tipos A, B, C e D. Desses, 1,6% foi associado à hepatite viral A; 21,3% à hepatite B; 76% à hepatite C e 1,1% à hepatite D.

O boletim mostra que o tipo C da doença, além de ser o mais letal, é o mais prevalente. Ao todo, 26.167 casos foram notificados em 2018.

A doença é transmitida por sangue contaminado, sexo desprotegido e compartilhamento de objetos cortantes.

O maior número de pessoas com hepatite C se concentra em pessoas acima dos 40 anos. A hepatite C nem sempre apresenta sintomas.

Por isso, o Ministério da Saúde estima que, atualmente, mais de 500 mil pessoas convivam com o vírus C da hepatite e ainda não sabem.

Foram notificados ainda 2.149 casos de hepatite A no Brasil. A transmissão mais comum desse tipo da doença é pela água e alimentos contaminados. O tratamento geralmente evolui para cura.

Também foram registrados 13.992 casos de hepatite B, que pode ser transmitida pelo contato com sangue contaminado, sexo desprotegido, compartilhamento de objetos cortantes e de uso pessoal e pode também ser transmitida de mãe para filho.

Já a hepatite D foi registrada em 145 pacientes. A infecção ocorre quando a pessoa já contraiu o vírus tipo B.

Os sintomas da hepatite D são silenciosos e a doença é combatida por meio da vacina contra a hepatite B que também protege contra a D.

Combate

Nas vésperas do Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, dia 28 de julho, o Ministério da Saúde alerta para a importância do diagnóstico e tratamento da doença.

“Estamos garantindo prevenção, por meio de vacinas, e diagnóstico, com oferta de testes, além de tratamento medicamentoso. É muito importante que as pessoas acima de 40 anos procurem a unidade de saúde mais próxima para realizar testagem e se imunizar contra a hepatite B e que os pais vacinem as crianças contra hepatite A. Assim, conseguiremos tratar ainda mais pessoas e eliminar a sombra da hepatite do Brasil”, diz, em nota, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Em 2018, o Ministério da Saúde distribuiu 25 milhões de testes de hepatite B e C. Para 2019, com o fortalecimento das ações de diagnóstico e ampliação do tratamento, a expectativa é que esse número seja superado.

Além dos testes, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece vacina contra a hepatite A para menores de 5 anos e grupos de risco. Disponibiliza também vacina contra a hepatite B para todas as faixas etárias. Esta vacina também protege contra a hepatite D.

Eliminação da hepatite C

O Brasil tem como meta eliminar a hepatite C até 2030. Para isso, nos últimos três anos, foram disponibilizados pelo SUS 100 mil tratamentos para hepatite C.

Neste ano, foram entregues 24 mil tratamentos para a doença. Até o início de agosto, de acordo com o Ministério da Saúde, serão entregues outros 5 mil tratamentos.

Em 2019, o Ministério da Saúde adquiriu 42.947 tratamentos sofosbuvir/ledipasvir e sofosbuvir/velpatasvir. Outros 7 mil tratamentos estão em processo de aquisição.

De acordo com a pasta, todas as pessoas diagnosticadas com hepatite C têm a garantia de acesso ao tratamento, independente do dano no fígado, assegurando universalização do acesso previsto desde março de 2018. Essa ação, segundo o ministério, coloca o Brasil como protagonista mundial no combate a hepatite C.

* Matéria alterada às 11h25 para atualização de informações divulgadas pelo Ministério da Saúde. Ao contrário do que foi publicado na primeira versão, o número de casos de hepatites no Brasil caiu no período de 2008 a 2018. A informação errada que apontava crescimento nos números da doença, publicada na primeira matéria, foi inicialmente divulgada pelo Ministério da Saúde que, em seguida, enviou os dados corretos para a redação. 
Por Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 22/07/2019 – 07:09 e atualizado em 22/07/2019 – 11:25
Foto: EBC

Ministro pede que ANTT suspenda novas regras para frete mínimo

Por meio de nota, o ministério disse que as novas regras causaram “insatisfação em parcela significativa dos agentes de transporte”, e que “diferenças conceituais” quanto ao valor do frete e do piso mínimo devem ser discutidas novamente com a categoria.

No ofício encaminhado à ANTT, o ministro Tarcísio Gomes de Freitas diz que “o diálogo segue sendo o principal mecanismo com o qual vamos buscar o consenso no setor de transportes de cargas. Por isso a importância em dar continuidade às reuniões. Estamos desde o início do ano com as portas abertas no ministério e esta tem sido a melhor forma de dar transparências às decisões que estão sendo tomadas em conjunto”.

Diante da situação, está prevista uma audiência extraordinária para hoje (22), às 18h, bem como uma nova rodada de reuniões com representantes do setor e do governo na próxima quarta-feira (24).

Resolução

De acordo com a resolução da ANTT, o cálculo do frete mínimo passa a considerar 11 categorias na metodologia para os diferentes cálculos dos pisos mínimos. Entre as categorias de cargas estão os transportes de graneis sólidos, líquidos, cargas frigorificadas, cargas conteinerizadas e transportes de cargas perigosas em diferentes modalidades, sólidas e líquidas. Até então, o cálculo não se baseava em categorias.

Também foram ampliados os itens levados em consideração para o cálculo. Segundo a norma, o cálculo do piso mínimo de frete levará em consideração o tipo de carga; a aplicação de dois coeficientes de custo: um envolvendo o custo de deslocamento (CCD) e, outro, de carga e descarga (CC), que levará em consideração o número de eixos carregados. A resolução determina, ainda, que será levada em consideração a distância percorrida pelo caminhoneiro.

Multas

A resolução da ANTT detalha como será a multa para quem contratar o serviço abaixo do piso mínimo. A pena a ser aplicada é de duas vezes a diferença entre o valor pago e o piso devido, R$ 500 no mínimo e R$ 10.500, no máximo. Quem ofertar contratação do transporte rodoviário de carga abaixo do piso mínimo pode ser multado em R$ 4.975.

No final de maio, a ANTT já havia anunciado que deixaria de aplicar multa aos caminhoneiros por descumprimento da aplicação da tabela. De acordo com a ANTT, a aplicação de multa aos caminhoneiros que aceitavam fretes abaixo do piso mínimo desmotivava os motoristas a denunciar as empresas que estavam pagando o preço abaixo da tabela. Com a alteração, nenhum caminhoneiro autônomo pode ser multado caso esteja transportando cargas no valor abaixo do piso mínimo de frete estabelecido.

A ANTT informou ainda que vai aprofundar, até janeiro do próximo ano, os estudos para tratamento de cargas especiais (vidros, animais vivos, guincho para reboque de veículos, produtos aquecidos, logística reversa de resíduos sólidos, granéis em silo etc.), tratamento específico de cargas fracionadas e para transporte dedicado voltando vazio. A agência vai analisar ainda o destaque do diesel na fórmula do piso mínimo.

Por Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil
Foto: Arquivo Agência Brasil

Justiça bloqueia R$2,8 milhões do prefeito de Agrestina

Por Wagner Gil

A Justiça Federal em Caruaru, nos autos da Ação Civil de Improbidade Administrativa nº 0800285-11.2017.4.05.8302, deferiu medida cautelar para decretar a indisponibilidade de bens e valores do Prefeito Thiago Nunes e demais réus no importe de R$ 2.850.997,46 (dois milhões, oitocentos e cinquenta mil, novecentos e noventa e sete reais e quarenta e seis centavos), em razão das investigações da Operação da Polícia Federal, Cosa Nostra.

Ocorre que o Ministério Publico Federal, recorreu desta decisão a fim de aumentar este valor para aproximadamente R$ 7.000.000,00 (sete milhões de reais), pois sustenta os membros do MPF, que todas as diligências empreendidas indicam que as empresas elencadas na demanda apresentam fortes relações entre si, mas que, a despeito dos supostos vínculos mútuos, têm participado concomitantemente de processos licitatórios, inclusive na modalidade convite, em diversos municípios de Pernambuco, dentre os quais o de Agrestina/PE.

Afirma ainda, que servidores e ex-servidores ocupantes de cargos proeminentes nas respectivas Prefeitura e Câmara Municipal, seriam do referido grupo empresarial, sem descuidar da participação do Prefeito Thiago Nunes nas fraudes.

Relembre a Operação Cosa Nostra (PE)

A Polícia Federal deflagrou no dia 15 de fevereiro de 2017, a Operação “Cosa Nostra”, com objetivo desarticular uma organização criminosa que se instalou em diversas prefeituras dos municípios do agreste pernambucano.  70 policiais federais e dez membros da Controladoria Geral da União cumpriram 17 Mandados de Busca e Apreensão nos municípios de Agrestina (03), Caruaru (06), Garanhuns (07) e São João (01).

Os mandatos buscavam arrecadar e apreender material comprobatório (documentos, planilhas, mídias de computador) para subsidiar as investigações que estão em andamento. Além da PF, paricipam da ação o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria Geral da União-CGU, e Tribunal de Contas do Estado.

As investigações da Polícia Federal iniciaram em junho de 2016 e foram baseadas em relatórios da CGU, sendo motivadas por denúncias de um vereador de um dos municípios investigados. Foram constatadas, segundo a PF, diversas irregularidades envolvendo a contratação de empresas, valendo-se de favorecimento a determinado cartel compostas de sócios-laranjas, que de forma reiterada vinha se sagrando vencedoras em licitações para execução de obra públicas com verbas federais especialmente na área da saúde e da educação e infraestrutura.

De acordo com a PF, a organização criminosa contava com a participação de agentes públicos municipais para fraudar processos licitatórios com direcionamento de seus resultados. Os valores de recursos públicos destinados às empresas investigadas de modo a beneficiar políticos, parentes e empresários gira em torno de 100 milhões de reais em empenhos suspeitos envolvendo 10 prefeituras.

Serão indiciados oito pessoas suspeitas entre políticos, representantes de empresas e servidores públicos, os quais serão responsabilizados na medida de sua participação nos crimes de frustação de caráter competitivo de licitação, fraude na contratação, corrupção ativa e passiva, crime de responsabilidade, cujas penas somadas ultrapassam os 30 anos reclusão.

 

Após Previdência, reforma tributária e liberdade econômica entram em pauta

O segundo semestre legislativo, que começa em agosto, será decisivo para a reforma da Previdência, mas essa não é a única pauta no radar dos parlamentares. Nos próximos meses, o Congresso deve manter o foco na agenda econômica, como tem feito ao longo do ano, e retomar projetos que foram deixados de lado e não puderam ser concluídos no primeiro semestre.
Na lista, estão mudanças tributárias, a nova lei de licitações, o projeto de independência do Banco Central, a regulamentação do lobby, uma reestruturação administrativa e a Medida Provisória (MP) da Liberdade Econômica. Fora da seara da economia, outros assuntos polêmicos também estão na lista, como o projeto de lei que define abusos praticados por juízes e integrantes do Ministério Público, e uma proposta que estabelece prazo para pedidos de vista de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF)
As mudanças nas regras de aposentadoria e pensão, previstas na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, são ainda o principal assunto entre parlamentares e governo, e o tema, devido à importância e ao estágio avançado de tramitação na Casa, trava o andamento de outras pautas. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pretende votar a PEC até 8 de agosto, em segundo turno. Até que a matéria receba novamente o aval de, pelo menos, 308 deputados, não há espaço para discussão dos outros projetos que estão na fila.
Os deputados mais otimistas acreditam que será possível votar a PEC no prazo esperado por Maia. Outros alegam que as discussões, conversas internas e contagem de votos devem consumir mais uma semana. As bancadas ainda precisam medir o efeito da votação em primeiro turno nas bases eleitorais, para onde os parlamentares voltaram no recesso. Não é impossível que, a depender do número e da intensidade das críticas, alguns possam voltar atrás no voto favorável que deram no primeiro turno.
A possibilidade preocupa a base governista, mas foi minimizada pelo presidente da Câmara, que considera difícil reverter um placar tão expressivo em tão pouco tempo — a PEC teve 379 votos favoráveis, 71 a mais do que precisava para ser aprovada. Há divergências quanto ao calendário e ao placar, mas ninguém diz que a matéria não vai avançar no início do próximo semestre.
Aprovada, a PEC vai para o Senado e vira prioridade naquela Casa. Para o coordenador da bancada do DF, senador Izalci Lucas (PSDB), “será a hora de cobrar execuções orçamentárias do Executivo e tentar incluir os estados e municípios no texto da Previdência”. A mudança deve ser feita em uma PEC complementar.

Tributária

Na Câmara, com a Previdência encaminhada, as atenções vão se dividir entre a reforma tributária, próxima na lista dos deputados, e outra série de itens da agenda econômica e de eficiência. “A gente espera chegar a 6 de agosto já votando a Previdência. Depois, o foco será a tributária. É um assunto que precisa ser aprofundado”, defende o líder do DEM na Câmara, deputado Elmar Nascimento (BA).
A discussão será complexa. A PEC nº 45/2019 já passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, agora, precisa ser avaliada pela Comissão Especial, instalada em 10 de julho. De autoria do deputado Baleia Rossi (MDB-SP), a matéria será relatada pelo líder da Maioria na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). A ideia é criar o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que substituirá três tributos federais (PIS, Cofins e IPI), o estadual ICMS e o municipal ISS. A arrecadação será dividida entre União, estados e municípios.
Há outras propostas na mesa, como a PEC nº 110/2019, assinada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e outros 66 senadores, com base no texto do ex-deputado Luiz Carlos Hauly. A proposta é de extinguir IPI, IOF, CSLL, PIS/Pasep, Cofins, Salário-Educação e Cide Combustíveis, além de ICMS estadual e ISS municipal. No lugar, ficariam o Imposto sobre Operações com Bens e Serviços (IBS), estadual, e o Imposto Seletivo (IS), federal.
A equipe econômica do governo também tem preparado uma sugestão de reforma tributária, que pode ter algum ponto incluído no texto da Câmara. O ministro da Economia, Paulo Guedes, acredita que os projetos em jogo são “convergentes”, como disse na última quarta-feira. “Nossas propostas vão acabar conciliando várias versões do que está acontecendo lá”, afirmou.
Mesmo que sejam resolvidos os embates em torno de qual é a melhor opção de texto, as discussões devem durar até o fim do ano. Talvez, se estendam para o ano seguinte. “É coisa para o semestre todo. Espero que até o fim do ano, pelo menos na Câmara, seja possível aprovar, mas é um assunto complicado”, disse Elmar Nascimento.

“A gente espera chegar a 6 de agosto já votando a Previdência. Depois, o foco será a tributária. É um assunto que precisa ser aprofundado”

Elmar Nascimento (BA), líder do DEM na Câmara

O que vem por aí

Além da reforma da Previdência, outros temas deverão ser tratados como prioridade no Congresso, após o recesso parlamentar. Algumas questões já deveriam ter sido concluídas
1 – LDO — A análise do texto da Lei de Diretrizes Orçamentárias, que ficou para agosto, segundo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), é um dos pontos polêmicos. Teoricamente, a LDO deveria ter sido discutida e analisada no período que antecede o recesso parlamentar, que vai até a primeira semana de agosto.
2 – Reforma Tributária — As discussões precisam avançar na comissão especial montada na Câmara para, então, a proposta, que tem como relator o deputado Hildo Rocha (MDB-MA) ser colocada em plenário. A ideia é fazer a redistribuição de competências tributárias.
3 – MP da Liberdade Econômica — Embora tenha sido aprovada em comissão, a MP ainda precisa ir para o plenário da Câmara e, depois, para o Senado. O texto foi aprovado às pressas e incluiu a MP nº 876, que facilita a abertura e o fechamento de empresas.
4 – Embaixadores — PEC de autoria do deputado Marcelo Calero (Cidadania-RJ) impede indicações de pessoas que não sejam da carreira diplomática para a chefia de missões no exterior. O autor é diplomata e já ocupou o Ministério da Cultura no governo Temer. A PEC atinge o filho do presidente Jair Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que pode virar embaixador em Washington.
5 – Prisão em 2ª instância — A PEC que garante a prisão de condenados em segunda instância, assunto que está na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF), é motivo de polêmica e será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O texto é complementar ao pacote anticrime do ministro da Justiça, Sérgio Moro.
6 – Decisões do STF — Avançou no Senado a PEC que estabelece a duração máxima de quatro meses para pedidos de vista concedidos a integrantes do STF (hoje, não há prazo). O texto, que está pronto para ser apreciado no plenário, também impõe limites a decisões cautelares monocráticas — as liminares.
7 – Abuso de autoridade — Voltará à Câmara o projeto de lei que define abusos praticados por juízes e integrantes do Ministério Público. O projeto, de 2017, ganhou celeridade depois que mensagens trocadas em aplicativos, publicadas por órgãos de imprensa, levantaram dúvidas sobre a conduta do ministro Sérgio Moro na época em que era juiz federal.
Por Alessandra Azevedo e  Bernardo Bittar
Correio Braziliense
Foto: Arquivo Agência Brasil

Onde estão os craques do futebol brasileiro?

Uma afirmação constante tem sido observada por todos profissionais que de alguma forma estão relacionados com o futebol: nossos craques estão em extinção!

Não se encontra mais jogadores com a qualidade técnica para lançamentos de longa distância como faziam alguns jogadores de décadas passadas. O futebol mágico apresentado pelo Brasil nas Copas dos anos 70, 80 e 90 não tem a menor condição de ser repetido, pois os jogadores de hoje possuem um nível inferior aos daquele tempo.

Atributos de um craque como visão de jogo, passes precisos e a capacidade de driblar e/ou fazer gols espetaculares são competências dos atletas do passado. Hoje existem, no máximo, bons jogadores.

Treinadores das categorias de base e empresários procuram incessantemente uma joia rara em cada canto possível que se joga futebol no país. Estes espaços, que são os campos de várzea, as ruas e as quadras são cada vez mais escassos, o que colabora com o sumiço de craques.

A evolução da preparação física é outro fator que contribui para o desaparecimento das pedras preciosas. Com o jogo mais disputado, jogadores mais fortes e com excessivos contatos físicos, não sobra espaço para o craque demonstrar seu valioso futebol.

A mídia, que precisa criar ou inventar craques, também tem sofrido com este problema. Supervalorizam jogadores medianos que obtêm destaque pontual, que após um curto período de tempo decepcionam a todos. Por não serem craques, não conseguem manter a performance digna de um jogador acima da média.

Repito a pergunta do título da coluna: “Onde estão os craques do futebol brasileiro?”

COLUNA ESPLANADA

Brasília, Segunda-feira, 22 de Julho de 2019 – nº 2.552.

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Servidores expulsos

Cento e dezenove servidores foram expulsos do funcionalismo público nos últimos sete meses pela prática de atos relacionados à corrupção. Além desses, de acordo com a Controladoria-Geral da União, outros 111 agentes públicos foram punidos porabandono, negligência, inassiduidade, acumulação de cargos e participação em gerência ou administração de sociedade privada. As sanções incluem cassações de aposentadorias e destituições de ocupantes de cargos em comissão. Desde 2003, mais de sete mil pessoas foram expulsas do serviço público.

Carne Fraca

Entre os demitidos, estão dois servidores envolvidos nas investigações da Operação Carne Fraca, deflagrada pela PF em 2017: Daniel Gonçalves Filho, ex-superintendente federal de Agricultura do Paraná e Maria do Rocio Nascimento, ex-chefe do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal.

Propina

As investigações revelaram diversos recebimentos de vantagens indevidas provenientes de frigoríficos sujeitos à fiscalização pelo Ministério da Agricultura no Paraná. Os servidores demitidos estão proibidos de voltar a exercer qualquer cargo público federal.

É cesta!

O Banco de Brasília (BRB) inicia hoje um programa inédito e audacioso. O presidente Paulo Henrique Costa vai anunciar o patrocínio oficial da instituição para as seleções brasileiras de Basquete masculina e feminina, além do Flamengo e da seleção de Brasília.

É 3 pontos!

E mais, as seleções vão transferir seu centro de treinamento para a capital federal.”Por isso estamos chamando de Projeto Brasília Capital do Basquete Brasileiro”, revela Paulo Henrique à Coluna. “O patrocínio da seleção envolve todas as modalidades, inclusive de base e olímpica”.

Nota 10

O BRB pretende estimular a prática da modalidade nas escolas públicas da capital com vistas também a ser um celeiro de talentos no esporte para os Jogos de Tóquio de 2020 e nas próximas Olimpíadas.

 

FGTS

Deputado Paulo Teixeira (PT-SP) classifica como “medida de curto fôlego” a liberação das contas do FGTS. O correto, diz o petista, seria pegar os recursos do FGTS e investir em moradia popular e em saneamento básico “para criar empregos para os 13 milhões e 400 mil desempregados”.

Ativos

A Secretaria de Governança do Patrimônio da União (SPU), órgão vinculado ao Ministério da Economia, finaliza um plano para a venda de imóveis da União até 2022. A pasta irá adotar modelo baseado em experiências internacionais na venda de ativos imobiliários públicos. A União tem atualmente mais de 750 mil imóveis.

 

Turismo

O senador e líder de Bolsonaro, Fernando Bezerra Coelho, está tentando fazer do deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE) o novo ministro do Turismo em substituição ao atual Marcelo Álvaro, enrolado no laranjal do PSL.

Prefeitura

Bezerra quer levá-lo para o MDB de Pernambuco para disputar a prefeitura do Recife. O partido está em alta no Estado depois da indicação de Antônio Campos para a  presidência da Fundação Joaquim Nabuco, nomeação que ninguém entendeu, pois se esperava alguém do PSL ligado a Luciano Bivar.

 

Palestra

Carlos Lupi, presidente do PDT, dá palestra hoje, na sede do partido em São Paulo, sobre “ser agente político”no curso Escola de Candidatos.

 

Número de pacientes com hepatite cresce 20% em 10 anos no Brasil

O número de pacientes notificados com casos de hepatites virais no Brasil aumentou 20% de 2008 a 2018, de acordo com o Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais 2019, divulgado hoje (22) pelo Ministério da Saúde. Em 2008, foram registrados 35.370 casos. Dez anos depois, esse número saltou para 42.383.

Apesar do aumento, o levantamento apontou queda de 9% no total de mortes, saindo de 2.402 em 2007 para 2.184 em 2017.

A hepatite é a inflamação do fígado. Ela pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas.

De acordo com o Ministério da Saúde, são doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas quando estes aparecem, podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem, ainda, os vírus D e E, esse último mais frequente na África e na Ásia.

Tipo de hepatite

De 2000 a 2017, foram identificados no Brasil, segundo o boletim, 70.671 óbitos por causas básicas e associadas às hepatites virais dos tipos A, B, C e D. Desses, 1,6% foi associado à hepatite viral A; 21,3% à hepatite B; 76% à hepatite C e 1,1% à hepatite D.

O boletim mostra que o tipo C da doença, além de ser o mais letal, é o mais prevalente. Ao todo, 26.167 casos foram notificados em 2018.

A doença é transmitida por sangue contaminado, sexo desprotegido e compartilhamento de objetos cortantes.

O maior número de pessoas com hepatite C se concentra em pessoas acima dos 40 anos. A hepatite C nem sempre apresenta sintomas.

Por isso, o Ministério da Saúde estima que, atualmente, mais de 500 mil pessoas convivam com o vírus C da hepatite e ainda não sabem.

Foram notificados ainda 2.149 casos de hepatite A no Brasil. A transmissão mais comum desse tipo da doença é pela água e alimentos contaminados. O tratamento geralmente evolui para cura.

Também foram registrados 13.992 casos de hepatite B, que pode ser transmitida pelo contato com sangue contaminado, sexo desprotegido, compartilhamento de objetos cortantes e de uso pessoal e pode também ser transmitida de mãe para filho.

Já a hepatite D foi registrada em 145 pacientes. A infecção ocorre quando a pessoa já contraiu o vírus tipo B.

Os sintomas da hepatite D são silenciosos e a doença é combatida por meio da vacina contra a hepatite B que também protege contra a D.

Combate

Nas vésperas do Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, dia 28 de julho, o Ministério da Saúde alerta para a importância do diagnóstico e tratamento da doença.

“Estamos garantindo prevenção, por meio de vacinas, e diagnóstico, com oferta de testes, além de tratamento medicamentoso. É muito importante que as pessoas acima de 40 anos procurem a unidade de saúde mais próxima para realizar testagem e se imunizar contra a hepatite B e que os pais vacinem as crianças contra hepatite A. Assim, conseguiremos tratar ainda mais pessoas e eliminar a sombra da hepatite do Brasil”, diz, em nota, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Em 2018, o Ministério da Saúde distribuiu 25 milhões de testes de hepatite B e C. Para 2019, com o fortalecimento das ações de diagnóstico e ampliação do tratamento, a expectativa é que esse número seja superado.

Além dos testes, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece vacina contra a hepatite A para menores de 5 anos e grupos de risco. Disponibiliza também vacina contra a hepatite B para todas as faixas etárias. Esta vacina também protege contra a hepatite D.

Eliminação da hepatite C

O Brasil tem como meta eliminar a hepatite C até 2030. Para isso, nos últimos três anos, foram disponibilizados pelo SUS 100 mil tratamentos para hepatite C.

Neste ano, foram entregues 24 mil tratamentos para a doença. Até o início de agosto, de acordo com o Ministério da Saúde, serão entregues outros 5 mil tratamentos.

Em 2019, o Ministério da Saúde adquiriu 42.947 tratamentos sofosbuvir/ledipasvir e sofosbuvir/velpatasvir. Outros 7 mil tratamentos estão em processo de aquisição.

De acordo com a pasta, todas as pessoas diagnosticadas com hepatite C têm a garantia de acesso ao tratamento, independente do dano no fígado, assegurando universalização do acesso previsto desde março de 2018. Essa ação, segundo o ministério, coloca o Brasil como protagonista mundial no combate a hepatite C.

Agência Brasil

 

Chuva forte deixa 568 famílias desalojadas na Mata Sul de Pernambuco

Depois de uma madrugada em que choveu quase metade do esperado para o mês, moradores do Litoral e da Mata Sul de Pernambuco se mobilizam para conter os prejuízos e voltar para as suas casas, neste domingo (21). Segundo a Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe), 518 famílias de Barreiros e outras 50 de São José da Coroa Grande ficaram desalojadas, ou seja, tiveram que sair temporariamente de onde residem. Para essa segunda, alerta da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) prevê chuva moderada a forte na região e também no Grande Recife e no Agreste.

Em Barreiros, de acordo com a Defesa Civil do município, a chuva começou por volta das 19h do sábado e seguiu até as 7h do domingo. Balanço preliminar da Apac registrou, em 24 horas, 156 milímetros de chuva, o equivalente a 48% do previsto para todo o mês de julho. Com a precipitação, o Rio Carimã transbordou, atingindo parte do Centro da cidade e quatro bairros. O mais atingido foi o bairro dos Lotes, onde foram desalojadas 240 famílias. Depois, vieram Santa Gorete, com 180; Prainha de Cima, 41; Granja Itaperibu, 18; e Tibiri, com 12. Na área central, foram 27.

Diferentemente dos desabrigados, que chegam a perder a moradia, os desalojados saem das residências e vão para casa de parentes ou amigos, onde ficam até a água baixar. Nesse caso, não são feitos abrigos. “Disponibilizamos nove veículos grandes, como caminhões e caçambas, para ajudar os moradores a pegar os pertences [quando saíam de casa]. Também estão na rua 40 funcionários da Defesa Civil e da Secretaria de Ação Social,”, informou o coordenador da Defesa Civil de Barreiros, Mário Joaquim Galdino.

Os profissionais estão levantando as principais necessidades dos moradores para encaminhar à Codecipe e à Casa Militar, que vão fornecer itens como água potável, material de limpeza, cesta básica e alimentos de pronto consumo, entre eles biscoitos e bolachas. O chefe da Casa Militar de Pernambuco, coronel Carlos José Viana Nunes, disse que enviou uma equipe com três profisionais para auxiliar os trabalhos em Barreiros e também em São José da Coroa Grande, onde a chuva deixou 50 famílias desalojadas na comunidade Várzea do Una. “Monitoramos a região desde sexta-feira, quando recebemos alerta da Apac, e logo cedo [no domingo] a nossa equipe foi encaminhada para lá. Vamos dar tudo o que tivermos disponível, dependendo do que o município necessitar”, disse.
Previsão

No fim da tarde de ontem, a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) emitiu alerta de chuva moderada a forte nas regiões das Mata Norte e Sul, Grande Recife e Agreste. “O sistema [meteorológico] vem da Paraíba, por onde passa pela Mata Norte, Região Metropolitana e Agreste Central. Na Mata Sul, deve chegar entre o fim da manhã e o início da tarde”, afirmou o meteorologista do órgão, Ronilson Ferreira.

Folhape

Após ameaça de greve, caminhoneiros terão reunião com ministro da Infraestrutura

Desde sexta-feira (19), quase 2 mil caminhoneiros se reuniram em ao menos 15 grupos de Whatsapp para discutir a possibilidade de uma nova paralisação das estradas nesta segunda (22). O motivo seria a nova tabela de fretes divulgada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O ministro de Infraestrutura, Tarcísio Freitas, informou à Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) que se reunirá com a categoria durante esta semana – sem especificar o dia.

Um dos líderes dos caminhoneiros, Wanderlei Alvez, o Dedeco, que ganhou notoriedade na grande paralisação de 2018, disse à Folha de S.Paulo que falou com o ministro Tarcísio Freitas por telefone e que recebeu dele uma confirmação de que a tabela seria suspensa devido à reação dos caminhoneiros. Dedeco afirma que não faz parte dos grupos de Whatsapp que estão ameaçando o novo protesto.

Em vídeo circulado pelo WhatsApp, que teria sido gravado no último sábado, um grupo de caminhoneiros posicionados em frente à fábrica da Vitarella, na BR-101, em Jaboatão dos Guararapes, criticava a nova tabela de preços do frete rodoviário divulgada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). “Se tava ruim, ficou pior. A partir da 0h de amanhã [domingo] para segunda-feira, Pernambuco tá parado. Conto com o apoio de todos vocês dos 26 estados e do Distrito Federal”, afirma um dos caminhoneiros, identificado como Marcone, que seria uma das lideranças do movimento em Brasília.

Durante o último fim de semana, um vídeo circulou pelo WhatsApp falando em protestos e paralisação para uma nova greve de caminhoneiros, que seria deflagada a partir da 0h da próxima segunda (22). Neste domingo, uma equipe da Folha de Pernambuco foi até o local e não encontrou nenhuma manifestação. Duas funcionárias que trabalhavam na fábrica confirmaram ter visto mensagens sobre a mobilização, mas disseram que até aquele momento não tinham presenciado nenhum protesto.

O presidente do Sintracape, Wilton Valença Nery, afirmou que a mobilização convocada pelo WhatsApp vem de um grupo minoritário. “Entendemos a situação econômica do país e estamos negociando com o governo federal. Isso é de um grupo pequeno que tem contato com alguns caminhoneiros lá de Brasília. Não vamos participar de nenhum movimento [de paralisação]”, informou.

Folhapress

Investimento na base passa a ser prioridade no Central

Wagner Gil

Com o objetivo de investir no seu próprio futuro, o Central está mirando na base tanto é que realizou, esta semana, uma série de anúncios ligados às categorias de base. Um deles correspondeu à parceria com o treinador de jovens atletas Heleno Nascimento, mais conhecido no meio do futebol local como “Pastor”. O treinador é reconhecido pelo seu excelente trabalho nas categorias de base da região e agora vai realizar atividades conjuntas com a Patativa do Agreste.

O presidente do Conselho Deliberativo, Márcio Porto, falou sobre o assunto. “É o Central valorizando os atletas desde cedo. Com planejamento e investindo em categorias de base, teremos um futuro melhor”, disse o cartola.

Este ano, em que completou 100 anos, o Central decepcionou sua torcida em duas oportunidades: foi eliminado de forma precoce do Estadual e não conseguiu defender seu vice-campeonato. Na Série D, o Central conseguiu vencer a primeira partida do mata-mata por 2 a 0, mas levou a virada no jogo da volta. “Investindo na base teremos mais gordura e um time mais estruturado”, disse Porto.

Dentro desse pensamento, na semana passada, a Patativa realizou um peneirão com jovens atletas da região. De acordo com o diretor Eriberto Souza, o resultado foi fantástico. “A marca do Central é muito forte. A quantidade de garotos que surgiram foi excelente. Muitos bons atletas. Uma média de dez a doze, por posição. Poderíamos ter mais, mas não temos base de Sub17, Sub15. Esse trabalho foi voltado para o Sub20. Muitos mostraram talento”, disse o treinador.

NOVA SEDE

Com o objetivo de atender melhor o seu sócio, o Central mudou o endereço da sede administrativa do clube, que continua sendo no Lacerdão, mas não na Avenida Agamenon Magalhães. “Agora a nova sede fica na Avenida Professor José Leão (ao lado da entrada do tobogã). A sede agora fica no anexo da Loja Oficial Patativa, sendo também uma oportunidade para os torcedores adquirirem produtos oficiais”, destacou Márcio Porto.

Outra novidade foi a volta da Rota do Mar na confecção do material esportivo. Nesse primeiro momento, a empresa vai patrocinar o clube na disputa do Campeonato Pernambucano Sub20.

PREPARATIVOS

Na tarde da quarta-feira (17), o elenco da Patativa realizou atividades físicas na Coliseum Gym Academia e, logo em seguida, no gramado do Estádio Lacerdão. A Patativa continua os preparativos para o Campeonato Pernambucano Sub20.