Por Pedro Augusto

Um público nunca visto subiu o Alto do Moura, em Caruaru, no domingo (2), para cantar com Santanna num espetáculo emocionante que contagiou a todos. O forrozeiro, uma das três atrações do Polo Mestre Vitalino, fez a alegria da multidão cantando sucessos como “Me Dá Meu Coração” e “Espumas ao Vento”.

A prefeita Raquel Lyra ressaltou a emoção de iniciar o Ciclo Junino da cidade, a cada ano. “A gente está sempre se reinventando. Não só profissionalizando, garantindo transparência, trazendo patrocínio, trabalhando a sustentabilidade da festa, mas, principalmente, pensando como a gente pode receber melhor o caruaruense e os nossos turistas. Então venham pra cá que a festa está ainda mais bonita”, convidou.

Pelo terceiro ano com uma barraca de caipirinhas no Alto do Moura, a comerciante Gabriela Gomes, era só alegria. “Nossas vendas aumentam muito durante o São João, o que acaba compensando os meses mais fracos do ano, como agosto e setembro”, festejou, acrescentando que nesses três anos, esse domingo foi o dia que mais gente esteve no Polo.

O arrasta pé do São João na Roça na última sexta-feira (31) aconteceu na Vila de Pau Santo, distrito de Caruaru.Os forrozeiros da comunidade e localidades vizinhas chegaram animados para prestigiar Pedrinho do Acordeon, primeira atração da noite, que no seu repertório apresentou o que há de mais clássico no forró Pé de Serra.

Moradora da Vila de Pau Santo, Severina Carvalho, ficou admirada com a organização da festa.“O melhor é que podemos aproveitar a festa sem precisar ir para longe de casa. Minha família inteira está aqui se divertindo”, explicou enquanto dançava.

A segunda atração a subir ao palco foi Marlene do Forró e a Banda Vaqueiros do Asfalto, que animou o público com a junção de forró e religiosidade. Marlene do Forró é uma das homenageadas do São João deste ano, devido a sua dedicação ao ritmo e cultura do povo nordestino.

A prefeita Raquel Lyra esteve mais uma vez prestigiando o São João na Roça, dessa vez na companhia do pai, o ex-governador João Lyra Neto. “Uma festa como essa movimenta a economia local e faz algo melhor do que isso: traz alegria para nossa gente”, ressaltou Raquel enquanto falava sobre a importância das ações de descentralização das atividades juninas.

Com fogueira, igreja e praça bem ornamentadas, todo o clima de festa no interior estava lá. Isso deixou a festa ainda mais convidativa, o que beneficiou a comerciante Rejane Cleide. “Essa festa me garante uma renda extra, o que é muito bem vindo. Ano passado tive a oportunidade de vender alguns produtos também, então já estava na expectativa para acontecer este ano”, nos contou Rejane.

Comemorando 20 anos de carreira, o cantor e compositor pernambucano Josildo Sá encerrou a noite. Fazendo um resgate de toda a sua trajetória na música, o músico esquentou o público com samba de latada e seus diversos sucessos. Além de forró, a festa contou também com a participação da Quadrilha Junina Mistura Matuta, que durante a apresentação fez uma grande ciranda com ajuda dos moradores.

O estímulo ao esporte em Caruaru tem sido prioridade na gestão do município. A prova disso, são o Bolsa Atleta Municipal e o Chamamento Público Esportivo da Prefeitura de Caruaru, que beneficiaram diversos atletas e instituições, como a Associação Santana Dojo de Karate, do Bairro Divinópolis. Mas, o incentivo é também em reconhecimento ao trabalho desenvolvido nos mais diversos recantos da cidade, onde tem projeto esportivo que beneficia a comunidade, como no caso do Projeto Crer e Ser, do Bairro Alto do Moura.

O Crer e Ser é uma iniciativa que conta com apoio da Prefeitura de Caruaru, através do CRAS Taquara, e oferece aulas de karate para crianças e adolescentes da localidade. O projeto recebeu, no último dia 27 deste mês, a doação de 15 kimonos para a turma de karatecas que tanto orgulha a comunidade. O gesto foi possibilitado pela Gerência de Esporte e Lazer da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do município.

Outro gesto que merece destaque, veio por meio da verba do Chamamento Público Esportivo, que possibilitou que a Associação Santana Dojo de Karate adquirisse materiais olímpicos para as crianças, adolescentes e jovens atendidos pela instituição. A compra saiu por R$ 5.600,00 e contemplou 13 kimonos (sendo sete para kata e seis para kumite), além de dois pares de luva, 1 colete (protetor de tórax) e duas faixas, atendendo a necessidade de 18 atletas, entre alunos e técnicos.

Com a aquisição desses materiais, os atletas da Santana Dojo poderão continuar participando de campeonatos nacionais e internacionais. No último Campeonato Brasileiro de Karate, a Dojo teve 80% de aproveitamento e se classificou para a fase final do Campeonato Brasileiro que será realizado no Rio Grande do Sul, em outubro deste ano.

Foto: Jorge Farias

O aplicativo oficial do São João de Caruaru 2019 já está disponível para ser baixado. Este ano, ele foi desenvolvido por 12 estudantes da Escola Técnica Estadual (ETE) Ministro Fernando Lyra, sob a orientação do professor Paulo Henrique Ramos. O app está com um novo visual, mais atrativo e de fácil acesso, permitindo aos forrozeiros acompanhar toda a programação do Maior e Melhor São João do Mundo.

Os polos de animação contam com a opção de geolocalização para orientar os turistas que visitam a Capital do Forró. No aplicativo ainda há informações sobre os homenageados do São João; telefones úteis e links para as redes sociais oficiais do evento. Ele está disponível para ser baixado no Android e, nos próximos dias, para iOS. Baixe no link: http://bit.ly/sjcaruaru2019.

O cantor Alceu Valença se apresentará na próxima sexta-feira (7), no Pátio de Eventos Luiz “Lua” Gonzaga.

Cultura e muito forró abrilhantaram a Estação Ferroviária ontem (2). Um lugar mágico onde o turista e o caruaruense podem encontrar uma diversidade cultural imensa. Na Estação Criativa, a festa começou logo cedo, às 20h, com a participação das bandas de pífanos Vitoriano, Princesa do Agreste e Arrasta Pife levaram muita alegria para o público.

“Caruaru é feita de cultura. Não tem como não respirar esse clima frio que se esquenta no calor da intelectualidade da tradição cultural”, afirmou o empresário Jota Cavalcante que veio de Salvador prestigiar o Maior e Melhor São João do Mundo.

Arrasta pé, também, não faltou por aqui. A Casa do Forró e o Polo dos Brincantes não deixaram nenhum forrozeiro parado. “É o resgate da cultura e da arte. Não tem como ir para outro lugar. Mês de junho é em Caruaru. A Prefeitura está de parabéns pela organização desse grandioso evento”, disse Jonas Carvalho, escritor, do Rio Grande do Norte.

Já no Polo Juarez Santiago, o forró ficou por conta dos trios São João, Forró D+, Dominguinhos e Amor e Café. “Isso é que se chama de forró raiz. A tradição é a melhor forma de trazer a infância de volta e Caruaru tem muito disso. Por isso, não deixo de vir para cá com a família para mostrar o que é festejo junino de verdade”, disse a dentista Marta Alencar que veio de Vitória da Conquista (BA).

Quem visitou a Estação Ferroviária também viajou no tempo na cidade cenográfica que é uma réplica perfeita das vilas do interior e que remete ao São João de outrora, com igrejinha, rezadeira, casa das raízes e até fofoqueiras para deixar o ambiente mais popular.

Foto: Alisson Lima

Dando início à segunda noite de festa no Maior e Melhor São João do Mundo, a primeira atração a se apresentar neste domingo (02) foi a caruaruense Renilda Cardoso, que trouxe ao palco o autêntico forró da terra, com diversas músicas de sua autoria, além de canções cantadas por grandes nomes, como Alceu Valença, Luiz Gonzaga e Elba Ramalho. Recentemente, a artista se apresentou na Alemanha, levando a música nordestina para fora do país.

Pela segunda vez no São João de Caruaru, Tayrone foi a segunda atração da noite, comandando o palco com um estilo próprio de músicas românticas que animou todos os casais apaixonados. O cantor iniciou seu show com o grande sucesso “Alô Porteiro” e deu sequência com grandes hits como “Diarista”, “Doméstica” e sucessos do cantor Gustavo Lima, Gustavo Mioto, Marília Mendonça, entre outros.

O arrocha e a sofrência, ritmos tradicionais nas canções de Tayrone, tomaram conta do público com antigos sucessos que embalaram a noite dos caruaruenses. Para encerrar seu show, o artista fez uma homenagem ao cantor Gabriel Diniz, cantando seu maior sucesso “Jeniffer”.

Para fechar o primeiro fim de semana do São João 2019, uma das mais tradicionais bandas de forró subiu ao palco. Ao som de “Meu Vaqueiro, Meu Peão” e “A Praia”, a banda Mastruz com Leite animou ainda mais os forrozeiros de plantão, cantando desde os seus primeiros sucessos até hits da atualidade.

Foto: Arnaldo Félix

Foi dada a partida no Maior e Melhor São João do Mundo. Caruaru abriu os braços para compartilhar com todos a alegria característica do período junino. Este ano a festa conta com 24 polos de animação espalhados por toda a cidade, cada um com uma proposta diferente. Mas um dos mais aguardados é mesmo o Pátio de Eventos Luiz Gonzaga, ou simplesmente Pátio do Forró, como também é conhecido.

Esta noite de abertura foi uma das mais expressivas dos últimos anos, em relação número de pessoas presentes. Os shows realizados esta noite dão uma amostra da diversidade que vai marcar este ciclo junino, que busca se atualizar, mantendo um pé firme na tradição.

A Orquestra de Pífanos de Caruaru & Maestro Mozart Veira, com seus 120 integrantes, encontrou espaço no seu repertório para prestar diversas homenagens, entre elas, aos 40 anos de carreira de Elba Ramalho. Primeira atração da noite, apresentou composições de caruaruenses como Carlos Fernando, Lídio Cavalcanti e Onildo Almeida.

O já tradicional show da cantora Elba Ramalho foi a segunda atração da noite. A paraibana colocou o público para pular ao som de clássicos do forró e do frevo. Uma participa mais uma vez da abertura do ciclo junino de Caruaru. A paraibana mostrou o excelente resultado das aulas de dança e aquecimento vocal feitas durante o preparação para a maratona de shows juninos que se inicia hoje.

A noite encerrou com um show do cantor Mano Walter. O vaqueiro que conquistou o Brasil esteve pelo terceiro ano consecutivo no São João de Caruaru e foi o responsável por um dos grandes momentos da noite, uma homenagem ao cantor Gabriel Diniz, que morreu precocemente na última segunda-feira, 27 de maio.
Bastante eclético, Mano Walter apresentou o forró em diferentes facetas: forró romântico, forró de vaqueijada e forró estilizado.

Foto: Janaína Pepeu

A Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, da Organização Mundial da Saúde (OMS), da qual o Brasil é signatário, contribuiu para acelerar a redução do número de fumantes, que já vinha ocorrendo no país em anos anteriores. A afirmação é da secretária executiva da Comissão Nacional para a implementação da Convenção, a médica Tânia Cavalcante, do Instituto Nacional do Câncer, no Dia Mundial sem Tabaco, comemorado hoje (31). A convenção é o primeiro tratado internacional de saúde pública com o objetivo conter a epidemia global do tabagismo

De acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), em 2017 a prevalência de fumantes era 10,1%, enquanto em 2006 atingiu 15,7%.

“O Brasil é um dos países que teve queda mais significativa na prevalência de fumantes. O último dado Vigitel de 2017 –  ainda não foi lançado o de 2018 – mostra que a proporção de fumantes no Brasil era de 10% na população acima de 18 anos, o que é equivalente a 15 milhões ou 16 milhões de pessoas”, afirmou Tânia, em entrevista à Agência Brasil, acrescentando que esse não é um número desprezível porque tem impacto grande no sistema de saúde.

A convenção é um conjunto de leis, entre elas a de aumento de preços de impostos, a de restrição de vendas de cigarros a menores, de proibição de propaganda de cigarros e medidas educativas, como as campanhas de advertência sanitária nas embalagens do produto. O tratado foi ratificado pelo Congresso Nacional e promulgado pela Presidência da República em 2005.

“Entre 1989, quando tivemos o primeiro estudo, até 2008, que é pouco depois que o Brasil ratifica a convenção promulgada em 2005, a queda na prevalência de fumantes foi de 46%. No intervalo entre 2008 e 2013, esse índice foi de 20%. Em cinco anos, tivemos uma queda que foi quase a metade do que se alcançou nos 20 anos anteriores, quando a gente não tinha a convenção, mas algumas ações que já vinham colaborando para reduzir o tabagismo”, disse a médica.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 80% dos tabagistas começam a fumar antes dos 18 anos. Para Tânia, a iniciação de fumantes também sofreu impacto com a redução do tabagismo no Brasil. Em 2009, 24% das crianças e adolescentes experimentavam cigarros, enquanto em 2015 eram 19%. “Ainda é um número alto, embora seja muito mais baixo que em outros países”, acrescentou.

A coordenadora disse ainda que a decisão do governo de aumentar os impostos sobre o cigarro influenciou o consumo da população de renda mais baixa e das faixas mais jovens. “Aqui no Brasil se comprova o que as pesquisas do Banco Mundial já mostravam, que essa é uma das medidas mais efetivas para reduzir o tabagismo, especialmente entre os jovens, na prevenção da iniciação e nas populações com menor renda e escolaridade. A convenção agrega valores ao que já vinha sendo feito no Brasil desde meados da década de 90”, observou.

Segundo a secretária, a Comissão Nacional para a implementação da Convenção tem integrantes de vários órgãos de 18 setores do governo, incluindo a Advocacia-Geral da União (AGU), que no último dia 21 entrou com uma ação na Justiça do Rio Grande do Sul pedindo o ressarcimento, pelas empresas produtoras de fumo, dos gastos públicos no tratamento de doenças causadas pelo tabagismo. A ação é decorrente do cumprimento do Artigo 19 da convenção, que trata da responsabilização civil pelos danos. A Receita Federal também tem acento na convenção para tratar das questões tributárias.

A médica lembrou que o Brasil também ratificou o protocolo relacionado ao Artigo 15 do tratado, que se refere à eliminação do mercado ilegal de cigarros.

“Esse protocolo já tem a adesão de mais de 50 países, e a cooperação internacional é o eixo mais importante, porque hoje o que está por trás do comércio ilegal é o crime organizado, a corrupção e a lavagem de dinheiro. Então, é preciso que haja cooperação dos órgãos que têm o poder no tema, que passa a ser de segurança pública, mas também de saúde pública. O cigarro contrabandeado é tema de saúde pública porque facilita a iniciação do tabagismo de crianças e adolescentes, pois é muito mais barato”.

De acordo com a pesquisa colaborativa, coordenada pelo Departamento de Avaliação de Tecnologias em Saúde e Economia da Saúde do Instituto de Educação e Ciências em Saúde (Iecs), 428 pessoas morrem por dia no Brasil em decorrência do tabagismo. Cerca de 12,6% de todas as mortes que ocorrem no país podem ser atribuídas ao consumo de cigarros. As mortes por doenças cardíacas respondem pela maior parte delas: 34,99 mil. Os dados são de 2015 e se referem a pessoas com mais de 35 anos.

Doenças

Entre as pessoas que adoecem por causas atribuídas ao tabagismo, as cardíacas atingem 477,47 mil. A pulmonar obstrutiva crônica vem em segundo lugar, com 378,59 mil casos, seguida de 121,15 mil com pneumonia, 59, 50 mil de acidente vascular cerebral, além de 73,5 mil diagnosticadas com câncer provocado pelo tabagismo. Desse total, 26,85 mil com câncer de pulmão.

Custos

A pesquisa mostrou ainda que as despesas médicas e a perda de produtividade atribuídas ao tabagismo alcançam R$ 56,9 bilhões, sendo R$ 39,4 bilhões de custos médicos diretos, o equivalente a 8% de todo o gasto com saúde e a R$ 17,5 bilhões em custos indiretos, em razão da morte prematura e da incapacidade.

Por Cristina Indio do Brasil – Repórter da Agência Brasil

Foto: Arquivo Agência Brasil

Os microempreendedores individuais (MEI), profissionais autônomos com até um empregado contratado formalmente, têm até hoje (31) para entregar a Declaração Anual do Simples Nacional relativa ao exercício do ano passado. Quem perder o prazo pagará multa de R$ 50 ou 2% dos tributos devidos, prevalecendo o maior valor.

Mesmo os microempreendedores que encerraram o negócio em 2018 precisam entregar a declaração. A declaração é feita pela internet, na página do Portal do Empreendedor. O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) também fornece orientações.

Na Declaração Anual do Simples Nacional, o microempreendedor precisa enviar à Receita Federal o total do faturamento do ano anterior, discriminando apenas as vendas realizadas com ou sem emissão de documento fiscal. O MEI deve fazer um relatório das receitas obtidas a cada mês, com base em um modelo no Portal do Empreendedor, e conferir se o valor das notas fiscais emitidas foi anotado corretamente no relatório.

Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil