Ao promulgar a Lei n. 416, de 18 de maio de 1857, a Assembleia Legislativa Provincial de Pernambuco referendou a importância desse lugar e sua vocação apara o desenvolvimento.
Uma bela história, iniciada ainda no final do século XVII, com a chegada da família Rodrigues de Sá, proprietária dessas terras, onde, antes, viviam livres os índios cariris. Aqui, os posseiros fundam alguns sítios e fazendas de gado e de cultura de subsistência, dentre eles, o Sítio Caruru.
Por volta de 1781, já casado, José Rodrigues de Jesus muda-se para o Sítio Caruru, que havia herdado. Ali, resolve construir uma capela sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição, inaugurada em 1782.
O antigo sítio, depois fazenda, ganha notoriedade, por localizar-se em área privilegiada, ao lado de um dos “caminhos das boiadas”, rotas comerciais que ligavam o sertão ao litoral.
As atividades religiosas da capela tornaram-se ponto de encontro sistemático dos moradores das redondezas que aproveitavam a ocasião para praticarem a troca, compra e venda de produtos.
Com o surgimento de uma pequena feira ao redor da capela, forma-se naquele entorno, um “ajuntamento” de casas que, ao evoluir, dá origem a um arruado e, depois, uma povoação. Em 16 de agosto de 1848, já com expressiva relevância, a povoação dá origem à Vila de Caruaru. Nove anos depois, em 1857, “da vila fez-se a cidade” e, apenas em 1893, no regime republicano, Caruaru ganha status de município autônomo, quando, concluídas todas as exigências da Lei Orgânica dos Municípios Pernambucanos, conquista, em definitivo, a sua emancipação política.
Esperamos que essa caminhada de 162 anos da nossa cidade seja apenas o início de um longo e promissor caminhar e que ela se fortaleça em sua vocação de grande centro de cultura, desenvolvimento econômico e polo educacional, com oportunidades, dignidade e respeito ao alcance de todos os seus ilustres cidadãos.