Mais de 300 pessoas estiveram presentes no 1º Fórum de Enfrentamento à Violência Obstétrica de Caruaru, que aconteceu no município ontem (23). O encontro aconteceu no Maria José Recepções 1 e tratou do tema “Desafios e Conquistas em Busca do Parto Humanizado”, com convidadas especialistas. A Prefeitura de Caruaru, através da Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM) e da Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a Câmara Técnica de Enfrentamento à Violência Obstétrica (CTEVO), realizam o evento. A plateia foi formada por enfermeiros, médicos obstetras, ginecologistas e pediatras, agentes comunitários de saúde, assistentes sociais, além de estudantes de medicina, enfermagem, técnico de enfermagem, gestantes e doulas.
As falas foram ministradas pelas facilitadoras: doutora Leila Kartz, médica obstetra do IMIP; pela psicóloga pela UFPE, Verônica Araújo, mestra em Educação pela UFPB; pela mestra em Educação Culturas e Identidades pela Fundação Joaquim Nabuco & UFRPE, Ana Cecília Godoi; e pela enfermeira membro da CTEVO, Michelle Soraya do Nascimento. Foi a oportunidade de abordar os desdobramentos das temáticas da Lei Nascer Bem, fluxograma da denúncia com a participação da OAB, violências de gênero e obstétrica, além de parto humanizado.
Em sua fala, a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, citou a importância de unir forças para a garantia dos direitos das mulheres, ressaltando que as leis servem como instrumento de potencialização e transformação. “Se as leis por si só resolvessem tudo, os problemas no Brasil estariam todos resolvidos. São meras palavras escritas no papel, se a gente não tem o poder de transformá-las em realidade. O direito ao parto humanizado, à saúde e o respeito à mulher se dão com a mudança de atitude, postura, comportamento de todos nós, todos os dias, e exigindo essa mudança uns dos outros, com a gente primeiro fazendo a nossa parte”, destacou a prefeita.
“A gente só constrói políticas públicas efetivas e duradouras, se estivermos em parceria com a organização da sociedade civil, e a CTEVO é esse espaço também, dos movimentos sociais, da justiça, da OAB, das várias secretarias municipais estarem juntas promovendo esses direitos das mulheres”, destacou a secretária da SPM, Juliana Gouveia, que também ressaltou a importância do fórum para aprofundar a discussão sobre o enfrentamento à violência obstétrica.
“É uma temática do interesse de todos, e hoje, a gente está materializando mais um pacto de políticas públicas, a efetivação dos direitos das mulheres e o enfrentamento à violência. É uma entrega importante que a prefeita Raquel Lyra faz, que só fortifica a política que ela já vem fazendo, como a construção da nova maternidade e a entrega da nova AME Mulher, com os serviços integrados”, complementou a secretária.