A revista médica BMJ publicou, recentemente, um relatório que associa um menor risco de morte prematura a níveis mais altos de atividade física em qualquer intensidade em pessoas de meia-idade e idosos. Estudos anteriores sugeriram repetidamente que qualquer tipo de comportamento sedentário, como ficar quieto, não é bom para sua saúde. Ser sedentário por 9,5 horas ou mais por dia, excluindo o tempo de sono, está associado a um aumento do risco de morte.
Liderados pelo prof. Ulf Ekelund, da Escola Norueguesa de Ciências do Esporte, localizada em Oslo, Noruega, os pesquisadores analisaram estudos que avaliaram como a atividade física e o tempo de sedentarismo estavam ligados ao risco de morte prematura. Usando acelerômetros – um dispositivo vestível que rastreia o volume e a intensidade da atividade – para medir a atividade total, os níveis de intensidade foram separados em categorias de leve, moderada e vigorosa.
Cozinhar ou lavar pratos foram exemplos de intensidade leve, andar rápido ou cortar a grama foram considerados de intensidade moderada, e correr ou carregar cargas pesadas foram usados como exemplos de intensidade vigorosa.
O risco de morte para os participantes foi aproximadamente cinco vezes maior para aqueles que estavam inativos em comparação com aqueles que eram os mais ativos, de acordo com os pesquisadores. O estudo foi realizado nos Estados Unidos e Europa Ocidental em 36.383 adultos que tinham pelo menos 40 anos de idade com uma idade média de 62 anos. Os participantes foram acompanhados em uma média de 5,8 anos.
De acordo com o endocrinologista André Muniz, baseado nos resultados do relatório, os estudos podem não se aplicar a outras populações e pessoas mais jovens. “Pelo menos 150 minutos de intensidade moderada ou 75 minutos de atividade física vigorosa, a cada semana, são diretrizes recomendadas, de acordo com o NationalInstitute for Health”, afirmou. “Embora a pesquisa diga que essas diretrizes baseiam-se em atividades autorreferidas, muitas vezes são imprecisas”, completou.
Segundo os pesquisadores, a mensagem de saúde pública pode ser simplesmente: “Sente-se menos e mova-se cada vez com mais frequência”.