Os incidentes com escorpiões ocorrem devido a um conjunto de fatores, como: as altas temperaturas, o desmatamento, as queimadas, o período de reprodução e o desequilíbrio ambiental, fazendo com que eles procurem nossas casas para obter alimento, água e abrigo.
Há, no mundo, 2.200 espécies diferentes de escorpiões e, no nosso país, chega a mais de 180, sendo que as mais comuns são o escorpião amarelo (Tityus serrulatus) e o escorpião amarelo do nordeste (Tytyus stigmurus). Por terem uma grande capacidade de adaptação, são encontrados em diversos ambientes. Eles se reproduzem com maior facilidade em períodos de temperaturas elevadas e, em períodos chuvosos ficam desalojados, procurando abrigo.
Esses animais são classificados como aracnídeos e, neste mesmo grupo se encontram as aranhas, os ácaros e os carrapatos.
Uma curiosidade é que, além da reprodução sexuada, a fêmea, sem ter relações sexuais com o macho, pode gerar filhotes – fenômeno denominado de Partenogênese.
De acordo com a espécie e as condições ambientais, os escorpiões podem viver de 2 a 6 anos e seu cardápio inclui grilos, aranhas e, principalmente, as baratas; mas, na falta desses alimentos, ou praticam o canibalismo ou ficam até 1 ano em jejum.
O primeiro passo para combatê-los é a limpeza – não deixe acumular entulhos. Eles não conseguem subir em locais lisos; dessa forma, quando for dormir, verifique a cama e se o lençol está em contato com o chão. Além disso, afaste os móveis da parede, vede os ralos e coloque soleiras nas portas (ou utilize um pano úmido entre a porta e o chão – principalmente no período da noite) e bata os sapatos e roupas antes de usar. E procure redobrar os cuidados com as crianças.
Em caso de picada, lave bem o local com água e sabão neutro, e procure rapidamente assistência médica.
Alexandre Nunes é professor e biólogo