Os pombos vivem, em média, 15 anos. Nas cidades, porém, vivem de 3 a 5 anos. Sua dieta é a base de sementes, gramíneas e, ocasionalmente, frutas. São considerados pragas urbanas porque nas cidades eles encontraram abrigo, alimentos e água, que contribuem para a multiplicação. Em nossa cidade, encontramos vários pontos de aglomeração destas aves, por exemplo, no relógio em frente à Igreja da Catedral, na Igreja da Conceição e na Praça do Rosário.
Outros fatores contribuem para multiplicar o número dessas aves: a capacidade de adaptação a diversos ambientes, o grande número de filhotes que a fêmea gera (podendo chegar a mais de 10 filhotes em um ano) e o alimento oferecido pela população. Os filhotes permanecem no ninho por 40 dias, quando estão aptos para voar (o dobro do tempo da maioria dos passarinhos) – nesse período, são alimentados com o “leite de papo” regurgitado, rico em proteínas e gorduras.
Dentre as 57 doenças que os pombos podem transmitir para o ser humano, podemos citar a psitacose, a salmonelose, a toxoplasmose, a ornitose, a histoplasmose, os piolhos, os ácaros, as pulgas e a criptococose, conhecida como a “doença do pombo”, a qual é ocasionada por um fungo presente nas fezes. Além disso, a parte branca das fezes dos pombos, o ácido úrico, pode manchar a pintura de um carro caso permaneça por muito tempo; deve ser removida o mais rápido possível.
Para a limpeza desses locais atingidos não é adequado varrer ou raspar esse material visto que esse procedimento libera partículas que ficam em suspensão no ar, e consequentemente, podem contaminar o ser humano que respirar no local. O mais correto para a higienização é, utilizando luvas e máscaras, despejar no local uma solução de 50% de água com 50% de água sanitária e lavar normalmente. Para o combate precisamos colocar telas de proteção em espaços entre o telhado e a laje, nas janelas, nos buracos do ar-condicionado ou em qualquer espaço que sirva de moradia para os animais.
Outras medidas são tampar bem as caixas d’água, utilizar repelentes – encontrados em lojas de material agrícola -, pôr um DVD pendurado por um fio (para que a luz seja refletida por vários ângulos e deixe-os sem referência), evitar colocar comida para os pombos (pois com falsa impressão de ajudar, estamos mudando o hábito de caça das aves, bem como o tipo de alimento trazendo doenças para a espécie).
Esse animais podem ser soltos a 900Km de distância e conseguem voltar para o local de origem, por isso conseguiram se espalhar de maneira exponencial. A explicação mais provável é que essas aves têm um acúmulo de átomos de ferro no cérebro, que funciona como uma bússola natural. Além disso, sua visão é extraordinária, podendo visualizar um grão a 200m de distância. São considerados ratos voadores por serem uma praga, por se alimentarem de sobras de alimentos, pela organização e pela inteligência.
Vejo os pombos no asfalto, eles sabem voar alto, mas insistem em catar as migalhas do chão.
Zeca Baleiro.