O PSL (Partido Social Liberal), Partido do Presidente e dos seus filhos, protagonizou nos últimos dias uma crise interna que mostrou a fragilidade de liderança do Presidente, bem como expos um partido sem unidade, coesão, demonstrando assim que o PSL mostra-se mais como um amontoado de políticos que surfaram na onda Bolsonaro do que um partido com ideologia e coerência.
A crise é um convite ao equilíbrio e a serenidade e principalmente a solução do conflito. O presidente líder máximo e natural do partido foi chamado a tentar dialogar com os iguais, buscar alternativas, mostrar capacidade de liderança e força e não expor e fragilizar a sua legenda, no entanto, ocorreu justamente o contrário. Como se pode ver, houve ataques mútuos do presidente e lideranças do PSL pela impressa, esquecendo-se todos do velho ditado: “roupa suja se lava em casa”, estabelecendo-se uma guerra fraticida da qual o maior perdedor foi o segundo maior partido da Câmara dos Deputados, o PSL.
Houve mudanças e destituições, unilaterais e sem diálogos dos líderes no Parlamento, uma vez que na Câmara dos Deputados e no Senado, os líderes do Governo são do MDB, demonstrando assim sem sobra de dúvidas que o partido está longe de um consenso.
O Presidente cambaleou em uma crise de autoridade partidária no momento em que, entendendo não ser mais possível a composição de um diálogo com o seu partido, cunhou a seguinte frase: “Posso ser um presidente sem partido”.
Antes da crise, porém, O PSL mostrava força junto à população. E, após a eleição do Presidente Jair Bolsonaro, o partido que mais recebeu filiados no Brasil foi o PSL. De olho nas eleições municipais, o PSL tinha a pretensão de ter 1 milhão de filiados até fim de 2020 e buscava o protagonismo e liderança no movimento de direita e de toda a pauta conservadora.
O PSL mostrava-se um partido hegemônico nas pautas conservadoras e de direita, hoje o PSL parece mais um partido do centrão, desses como o MDB, PR ou PP, mostrando um amadorismo na condução das brigas internas de poder e vaidade, um descompromisso com a disciplina partidária, perdendo aderença, legitimidade e confiança do Presidente, da classe política e de parcela dos filiados e da população.
A postura do Presidente ajudou a aprofundar a crise, sem buscar uma alternativa negociada para a crise partidária o saldo é desastroso, sobram críticas e um inquérito no qual o Presidente do partido Deputado Luciano Bivar é investigado pelo uso de candidaturas-laranjas no partido nas eleições de 2018.
Afinal de contas quem é o PSL?