De acordo com a Agência de Proteção Ambiental (EPA), a agricultura convencional é responsável por um quarto da emissão dos gases do efeito estufa. Já a agricultura regenerativa é uma técnica barata que enriquece os solos em nutrientes, respeitando a dinâmica ambiental.
Ao aplicar esta técnica, o agricultor regenerativo evita arar a terra para não expor a camada superficial do solo responsável pela liberação do carbono para a atmosfera. Além disso, não utiliza os fertilizantes – que eliminam a biodiversidade do solo – e faz a rotação de várias culturas ao mesmo tempo, pois as diferentes espécies de plantas exigem nutrientes diferentes da terra. A rotação de culturas também diminui o surgimento de pragas reduzindo, dessa forma, o uso de pesticidas. O agricultor regenerativo promove ainda o cultivo de plantas de cobertura para proteger o solo da incidência dos raios solares e da chuva.
Em 1700 cultivávamos cerca de 1 bilhão de hectares no planeta; atualmente esse número sobe para 5 bilhões de hectares. Vale salientar que temos cerca de meio bilhão de hectares de campos abandonados em virtude da baixa qualidade do solo, pobre em nutrientes, e que podem ser recuperados pela agricultura regenerativa.
Essa técnica leva em consideração os aspectos ambientais, sociais e econômicos.
“A agricultura aqui (em Portugal) é a arte de assistir impassível ao trabalho da natureza”.
Eça de Queiroz