O nosso planeta, literalmente, está fervendo; estamos atingindo recordes nas altas temperaturas. São diversos os fatores que contribuem para este cenário caótico: entre os quais, destacamos a utilização desenfreada dos combustíveis fósseis.
Nas cidades, onde a maior parte da população vive, há carência de arborização e estilo de vida marcado pelo consumo excessivo e pela larga utilização de automóveis. Junto a esses problemas, ainda há a estrutura urbana: o asfalto, o concreto, o metal e o vidro das cidades absorvem calor durante o dia, que é liberado no período da noite, elevando a temperatura 5,5°C acima da do ambiente. Atualmente, há 354 grandes cidades com máximas no verão de 35°C ou mais.
Em 2050, essa lista pode aumentar para 970 e a quantidade de pessoas vivendo nessas cidades, expostas a esse calor mortífero, pode chegar a 1,6 bilhão.
Como sabemos, o mundo está se urbanizando de forma acelerada, e as Nações Unidas estimam que dois terços da população mundial viverão em cidades até 2050, representando 2,5 bilhões de novos habitantes. Na teoria, a mudança climática poderia reverter essas migrações, por causa da péssima qualidade de vida nas cidades já que esses problemas não ficam restritos ao campo ambiental, eles afetam toda a sociedade.
Mas a percepção é mais visível em nossa saúde e por isso precisamos juntos agir para uma melhor relação com o meio ambiente e para uma melhor qualidade de vida, por consequência.
Não é necessário tomar somente medidas complexas, precisamos repensar o nosso consumo, deixarmos pelo menos uma vez por semana o carro na garagem, arborizar. Temos que aliar o fator econômico ao ambiental.