O curta-documentário “Açude Nº 50”, feito por estudantes da rede municipal de Caruaru, participará do III Festival de Cinema de Rua de Remígio, na Paraíba. A produção foi realizada nas escolas do município através de uma oficina sobre cinema, direção e roteiro, ministrada pelo professor Paulo Conceição
O enredo se passa na zona rural de Caruaru, onde um pequeno açude agoniza e estudantes do Agreste pernambucano se unem para tentar reverter os prejuízos causados pela ausência de práticas sustentáveis e, por meio de depoimentos, resgatam sua história e relevância para o povoado.
O diretor do filme, Wagner Ferreira, 14 anos, estudante da Escola Municipal Alfredo Pinto Vieira de Melo, em Itaúna, zona rural de Caruaru, gravou todo o filme através de celular e teve apoio de outros estudantes que colaboraram na produção e técnica.
Para o secretário de Educação de Caruaru, Henrique Oliveira, as crianças e adolescentes têm um potencial em parte inexplorado, tendo a escola um papel fundamental. “É por isso que ações como essa precisam ser tornar perenes para que mais alunos participem de atividades desse tipo e possam sonhar com um futuro melhor para eles e suas famílias”, disse.
O professor caruaruense Paulo Conceição integra a Cia Bacurau Cultural, é produtor, diretor, ator, maquiador e tem realizado oficinas de produção audiovisuais que ressaltam o desenvolvimento sustentável, a cultura popular e o protagonismo do jovens caruaruenses.
A mesma oficina foi responsável também pelo desenvolvimento do curta-metragem ficcional de terror “Sempre Estive Aqui”, do estudante Ericks Moraes, que circulou em festivais na Europa competindo com produções dos EUA, França e Alemanha.
“Açude Nº 50” tem classificação livre e será exibido no III Festival de Cinema de Rua de Remígio da Paraíba, entre os dias 13 e 16 de maio, por meio de exibição online (devido à pandemia) no site do festival: www.facebook.com/festcineremigio.