DESASTRE INCALCULÁVEL: DERRAMAMENTO DE PETRÓLEO
Foram encontrados, em mais de 124 praias de nove estados nordestinos, manchas de óleo grosso, quase um piche. Há suspeita de que a contaminação tenha relação com navios petroleiros, que efetuam limpeza nos tanques e despejam os rejeitos no mar. Esses restos foram levados por correntes marítimas e atingiram as praias nordestinas em uma extensão de 3.000 km.
O contato com a pele do ser humano pode provocar irritações e processos alérgicos, especialmente na superfície das mãos, nos olhos e na boca. Para remoção do rejeito da pele, utilizamos óleo de cozinha ou gelo na região e uma lavagem após com água e sabonete neutro. Para a remoção do óleo das areias das praias devem ser usados luvas, roupas de proteção, pás e recipientes plásticos para acondicionar os rejeitos provisoriamente. Uma outra preocupação é a remoção desse óleo em colchões rochosos. O petróleo entra nos furos das rochas e dificulta a remoção.
Temos a falsa impressão que apenas o óleo encontrado nas praias causaria um impacto, contudo, são diversos os prejuízos para a natureza. Um desastre com esta magnitude traz consequências como o óleo preso nos corpos de vários animais atrapalhando a locomoção; o prejuízo imediato às algas e aos microorganismos, os quais servem de alimento para organismos maiores (peixes, tartarugas, aves e mamíferos); a mortalidade de uma série de organismos aquáticos, em particular, na vulnerável forma de larva; as manchas que flutuam na superfície, que cobrem as penas das aves mergulhadoras e destroem o isolamento natural e o poder de flutuação, fazendo com que muitos animais se afoguem ou morram com a perda de calor.
Além disso, os componentes pesados do petróleo vão para o fundo do oceano ou para os estuários e podem matar organismos, como caranguejo, ostras, mexilhões e mariscos. O óleo pode, ainda, ficar depositado em pequenas partículas nos corpos desses animais e chegar, posteriormente, em nossa mesa. Este prejuízo não fica apenas no setor ambiental, mas também no econômico e no social.
PRAGA URBANA: RATOS
Existem aproximadamente 700 espécies de ratos, que podem transmitir 40 doenças, como a leptospirose, o hantavírus, a salmonelose, entre outras. Temos uma grande proliferação de ratos por vários motivos: a rápida reprodução (uma fêmea pode produzir em um ano 50 a 200 filhotes dependendo da espécie); a dieta bem diversificada; os sentidos muito desenvolvidos; a capacidade de sentir o cheiro dos alimentos a 10Km de distância.
O primeiro passo na prevenção é verificar em sua casa sacos plásticos de alimentos furados, pequenas aberturas nas paredes e fezes dentro dos armários. Para combater, é fundamental a limpeza. Devemos retirar os alimentos dos sacos plásticos e guardar em recipientes de vidro ou plástico, retirar o lixo frequentemente, guardar a ração dos pets em potes vedados, realizar a limpeza do local após as refeições para não ficar nenhuma migalha de alimento.
Na utilização de produtos industrializados para o combate – como venenos -, devemos ler o rótulo para melhor aplicação e proteção da nossa família. Todos os cuidados na manipulação e na aplicação do veneno são poucos: coloque-o em lugares de difícil acesso para crianças e animais domésticos para evitar qualquer tipo de acidente.
Só se pode vencer a natureza obedecendo-lhe.
Francis Bacon