Sarampo – doença reemergente
O sarampo é ocasionado pelo vírus Measles morbillivirus, e a rapidez da transmissão da doença é uma das grandes preocupações. Podendo ser transmitida através da saliva, da tosse, do espirro, da fala, da respiração e da dispersão de gotículas com partículas virais, que podem perdurar por um bom tempo no ambiente – especialmente em locais fechados como ônibus, escolas, salas de cinema e clínicas.
Uma pessoa com sarampo tem a possibilidade de transmitir o vírus para mais outras 20 pessoas. O período de incubação do vírus no nosso corpo dura, em média, 10 dias, mas pode variar de 7 a 18 dias; isto significa a média de tempo desde a data de exposição ao vírus até o aparecimento dos primeiros sintomas. Em 2016, o Brasil recebeu o certificado de eliminação do sarampo, emitido pela Organização Pan-Americana de Saúde.
Os primeiros casos da enfermidade foram na região Norte, provenientes da Venezuela e os casos que surgiram no Sudeste vieram de três países diferentes (Noruega, Malta e Israel). Denominamos doenças reemergentes aquelas que indicam mudanças no comportamento epidemiológico, que haviam sido controladas, mas que voltaram a representar ameaça à saúde humana. Fique atento aos sintomas (febre, tosse, conjuntivite, coriza, manchas avermelhadas, entre outros), é importante procurar assistência médica. A vacinação é o caminho seguro para prevenção e consequentemente a erradicação da doença.
A vacina é composta do vírus atenuado (vírus enfraquecido), o que estimulará o nosso sistema imunológico a produzir anticorpos (defesa) contra a doença. Esta epidemia de sarampo é um fenômeno global, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) mostram que, em 2017, a doença foi responsável por 110 mil mortes.
Balança desequilibrada
O contraste da falta de planejamento e organização com a produção de alimentos impressiona: existem cerca de dois bilhões de adultos acima do peso, por outro lado, temos 820 milhões de pessoas que passam fome no mundo. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês), em seus relatórios, indica que nos países desenvolvidos são jogados no lixo 222 milhões de toneladas de alimentos por ano e, no mundo, aproximadamente 30% dos alimentos vão para o lixo, ou seja, 1,3 bilhão de toneladas de alimentos. Identificamos que o desperdício dos alimentos nos países em desenvolvimento está na produção, enquanto nos países desenvolvidos as perdas estão nos consumidores. A agricultura utiliza 75% da água disponível e 1/3 das terras do planeta e, com o desmatamento, representa 1/4 das emissões de gases do efeito estufa. A teoria demográfica
formulada pelo economista inglês Thomas R. Malthus, que foi publicada em 1798, afirma que a população mundial cresceria em um ritmo rápido, comparado por ele a uma progressão geométrica, e a produção de alimentos cresceria em um ritmo lento, comparado a uma progressão aritmética. Precisamos urgentemente equilibrar esta balança, temos conhecimento e tecnologia para uma agricultura eficiente, respeitando o ser humano e o meio ambiente.
“Cada dia a natureza produz o suficiente para a nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não havia pobreza no mundo e ninguém morreria de fome”.
Mahatma Gandhi.