Representantes de algumas das 12 escolas do grupo especial de escolas de samba do Rio dizem não haver segurança para o desfile em 2021 sem que haja uma vacina para a Covid-19. O temor foi tratado em reunião da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro) nesta terça-feira (14).
O encontro terminou sem uma definição sobre a realização do evento. “Imaginamos que, até meados de setembro, a gente tenha definição. Foi uma reunião de avaliação. Todo mundo entendeu que o projeto do Carnaval teve atraso, e vamos aguardar os órgãos públicos”, disse Jorge Castanheira, presidente da Liga. “Não podemos nos antecipar na frente da ciência. Só imaginamos o desfile em fevereiro com a vacina. O desfile não pode acontecer sem aglomeração dos desfilantes ou de quem está assistindo”.
Os carnavalescos lembraram que já deveriam estar ocorrendo às eliminatórias para a escolha dos sambas. “Sem uma vacina, não é possível ter aglomeração para as disputas nas quadras. Também não podemos pensar no enredo sem saber qual será o formato do Carnaval”, afirmou Marco Aurélio Fernandes, diretor de Carnaval da I
Ainda de acordo com a prefeitura, a festa reúne milhões de pessoas e, durante o período da folia, há uma intensa movimentação pela cidade, incluindo o aumento do uso do transporte público durante um extenso período de tempo. Por meio de nota, a Riotur informou que mantém conversas com o Ministério Público para o desenvolvimento do Caderno de Encargos do Carnaval de Rua, com vigência para os carnavais de 2021, 2022 e 2023.
Em caso de adiamento para o próximo ano, o Caderno de Encargos será válido também por três anos, que seriam os subsequentes (2022, 2023 e 2024). Concluída a etapa da produção do Caderno de Encargos, ele será enviado ao prefeito do Rio, Marcelo Crivella, para avaliação da viabilidade do evento junto de seu Gabinete Estratégico e Científico. Concluídas todas as etapas, a Riotur publicará o Caderno de Encargos.
Quanto à precificação dos ingressos do setor turístico, de acordo com a prefeitura, a Liesa solicitou formalmente à Riotur que não fosse divulgada a venda de ingressos até que houvesse a reunião da assembleia da Liga Independente das Escolas de Samba que anualmente define as questões do próximo Carnaval. “Após o comunicado do resultado desta reunião poderemos prosseguir para a etapa que cabe à prefeitura do Rio”, disse a Riotur.
Folhapress