A deputada mais votada da história, Janaina Paschoal tem protagonizado, desde domingo (19), uma guerra contra o “bolsonarismo” nas redes sociais que culminou com sua saída do grupo de WhatsApp da bancada do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).
“Amigos, vocês estão sendo cegos. Estou saindo do grupo. Vou ver como faço para sair da bancada. Acho que ajudei na eleição, mas preciso pensar no país. Isso tudo é responsabilidade”, disse a deputada estadual paulista antes de deixar o grupo.
Apesar de dizer que pretende deixar a bancada, a deputada nega que isso seja um movimento de saída do PSL, menos ainda de oposição ao presidente. “Quando deixamos de apoiar alguém, paramos de tentar melhorar esse alguém. É o contrário. Quero que o governo dê certo. Não pretendo sair do PSL. Os partidos também precisam de alguma pluralidade”, afirmou ao Congresso em Foco na noite da segunda (20).
Janaina criticou a postagem no grupo de WhatsApp antes de deixá-lo e questionou a sanidade mental de Bolsonaro: “Eu peço que vocês assistam e respondam: ‘O senhor, um presidente da República, na plenitude de suas faculdades mentais, publicaria um vídeo desse?’”.
A deputada tem demonstrado incômodo sobre a manifestação do dia 26 convocada pelo governo e estimulada por aliados no Congresso nas redes sociais. “Propositalmente, ele [Bolsonaro] está confundindo discussões democráticas com toma-lá-dá-cá”, escreveu Janaina em um dos posts.
Para ela, não existe um movimento conspiratório contra o presidente, como ele faz crer ao convocar a manifestação. “Quem o está colocando em risco é ele, os filhos dele e alguns assessores que o cercam. Acordem! Dia 26, se as ruas estiverem vazias, Bolsonaro perceberá que terá que parar de fazer drama para TRABALHAR! Para ela, “o presidente está gerando o caos”.
Fonte: Congresso em Foco
Foto: EBC