A chamada teoria do caos estabelece uma interdependência sensível às condições ambientais, em sistemas dinâmicos, complexos e adaptativos. Basta um bater de asas de uma simples borboleta em uma parte do mundo para influenciar em um furacão no outro lado do mundo. Por essa teoria, o curso natural das coisas são influenciados por eventos sem correlação.
Na política, o efeito borboleta foi vivenciado em várias ocasiões. Destacamos alguns fatos:
Fiat Elba – efeito borboleta – impeachment de Fernando Collor
Propina recebida nos Correios – efeito borboleta – mensalão
Lavagem de dinheiro em um posto de gasolina – efeito borboleta – Operação Lava Jato
Operação Lava Jato – efeito borboleta – impeachment de Dilma Rousseff – prisão de Lula.
Nos casos acima – fatos graves, mas sem uma inicial interdependência – levaram a danos maiores, com extensões caóticas do que as inicialmente não foram previstas. Os fatos acima levam a uma indubitável certeza de que a teoria do caso não é só aplicável às ciências exatas, mas nas relações humanas, podemos, desse modo, fazer uma conexão de sua existência e eficácia, inclusive na política.
Nos preocupa o fato de o filho do presidente Flávio Bolsonaro encontrar-se envolto em uma investigação criminal, que já concluiu haver movimentação financeira atípica, o que levou a uma escalada patrimonial sem precedentes, reconhecendo existir em juízo preliminar, segundo o Ministério Público, a existência de crimes como lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Diante desses fatos, somo levados a pensar que deve haver dois movimentos. O de aprofundamento das investigações e, havendo indícios, provas, a posterior apuração da responsabilidade cível e criminal, assegurando-se o direito de defesa.
E outro sentimento emerge, o da preocupação, pois o trauma do efeito borboleta, acima citado, pode levar a uma situação de caos na política nacional. Diante do momento em que atravessamos, o caos só aprofundará a crise que, vivenciada no país, mas se necessário for, que venha.
Por fim, nos filiamos ao pensamento indicado na internet sem autor conhecido, que assevera o seguinte: “Tem casos que têm que relevar, mas tem outros que é melhor cortar o mal pela raiz”.