Os prejuízos ambientais e econômicos ocasionados pelas pragas dos gafanhotos aparecem em vários relatos históricos e bíblicos. Em Caruaru, no Alto do Moura, está aparecendo uma praga de “mané-magro” ou “mané-mago”, gafanhoto cujo nome científico é Stiphra robusta. O crescimento habitacional desordenado, a falta de predadores, as altas temperaturas e as chuvas irregulares são alguns fatores que podemos destacar para que ocorra o aumento destes insetos.
Os machos do mané-magro chegam a 8 cm e as fêmeas podem chegar até 11 cm; elas conseguem colocar cerca de 70 a 100 ovos em uma única postura, depositando-os entre 4 e 5 cm abaixo da superfície do solo. Esses ovos podem permanecer assim por mais de 200 dias e, quando ocorrem as primeiras chuvas do ano, com a terra fofa, eclodem chegando à fase adulta entre os meses de abril e maio, aproximadamente, e começam a procriar. Eles consomem todo tipo de folha, mas tem uma preferência por árvores como Cajueiro, Algaroba e Goiabeira. Seus predadores são as aves, anfíbios e também uma vespa de coloração vermelha.
São muito confundidos com o Bicho Pau, porém, a diferença é que este último tem grandes antenas e três pares de patas com o mesmo tamanho, cabeça pequena e o corpo lembra um graveto. Já o mané-magro possui uma cabeça grande com ponta, pequenas antenas, não tem asas e o último par de patas é maior para realizar o salto. O nome mané-magro é utilizada para 225 espécies diferentes.
Em relação ao ser humano, esses animais não provocam nenhum mal, pois não mordem, picam ou ferroam e não transmitem nenhuma doença, embora seja considerado uma praga para as plantações.
Para minimizar os efeitos de sua presença é interessante que os moradores coloquem telas nas portas e janelas e deixem apagadas as luzes da parte externa da casa para não atraí-los. O uso de inseticidas não é recomendado, pois eles fazem parte da cadeia alimentar e, ao fazer uso de produtos tóxicos, há o risco de matar sapos ou pássaros que irão se alimentar daquele gafanhoto.