Quando pensamos em gases do efeito estufa, inicialmente pensamos no impacto dos automóveis, das indústrias, da produção de energia e da agricultura. Mas a pecuária, além de contribuir com os gases do efeito estufa, polui também o solo e a água.
Uma vaca, no processo digestivo, produz em média 500 litros de metano por dia (um dos piores gases para o aquecimento global) e produz óxido nitroso (296 vezes pior do que o gás carbônico para o aquecimento global). No Brasil, 71% dos gases do efeito estufa têm sua origem em um do maiores rebanhos do planeta, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, possuímos um rebanho de 215 milhões de cabeças de gado. Na pandemia, quando todos os países estavam reduzindo as emissões dos gases em 6%, o Brasil foi na contramão e aumentou de 10% a 20%.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) em 2006, cerca de 97% do farelo de soja e 60% da produção de milho e cevada no mundo foram destinados para alimentação dos animais de corte. Soma-se a isso a ocupação do solo, em um hectare de terra é possível plantar 42 mil a 50 mil pés de tomate; com essa mesma área, é produzido cerca de 82 kg de carne bovina por ano. O desmatamento e as queimadas, pois, são realizadas para produção de alimentos para o gado e espaço para o manejo. Além do elevado consumo de água: para a produção de 1kg de carne, são necessários 15 mil litros de água.
Uma das soluções para amenizar os impactos ambientais da criação de gado, é o manejo sustentável, a adoção do vegetarianismo ambiental ou apenas a diminuição do consumo de carne bovina, mas, para isso, é importante que se procure um nutricionista para uma dieta equilibrada. No setor econômico, mostra que a cada R$1,00 adquirido com a pecuária temos R$ 22,00 de prejuízo no meio ambiente. Precisamos, dessa maneira, conciliar a saúde com o desenvolvimento econômico e o desenvolvimento ambiental.