sábado, 5 de julho de 2025

Tudo pronto para 28ª Rodada de Negócios

Fortalecer Pernambuco como centro fornecedor de moda para todo o Brasil é a missão da Rodada de Negócios da Moda Pernambucana (RNMP) que terá nos dias 31 de julho, 1º e 2º de agosto a sua 28ª edição. Os números do evento, realizado pela Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (Acic), crescem a cada ano. A 28ª RNMP contará com 161 estandes, um aumento de, aproximadamente, 15% em relação à última edição do evento que teve 142 espaços comercializados. Além disso, nove empresas participantes do programa Caruaru Moda Mundo, desenvolvido pela Prefeitura de Caruaru em parceria com a Acic, o Sebrae e o Armazém da Criatividade, fazem sua estreia no maior evento do Polo de Confecções do Agreste.

Os 161 estandes se distribuem em todos os espaços da 28ª RNMP, que contemplam toda cadeia produtiva da moda. A ala InoveTex, destinada para fornecedores de produtos e serviços nas áreas têxtil, financeira, logística e de tecnologia, terá oito expositores. No Pernambuco que Cresce, voltado para micro e pequenas empresas, seis marcas expõem seus produtos. O espaço tradicional contabiliza a maior parcela de fornecedores com 138. Além dos nove trazidos pela primeira etapa do Caruaru Moda Mundo.

Serão mais de 80 mil itens disponíveis na 28ª RNMP. O mix apresenta para os lojistas as tendências da temporada primavera/verão nos segmentos surfwear, streetwear, praia, fitness, moda íntima, bebê, infantil, jeans, modas feminina e masculina, além de bolsas, calçados e acessórios, que irão compor vitrines por todo País. “O desafio a cada edição é sempre fazer melhor e surpreender quem nos visita. Nesta edição, buscamos fortalecer o mix de produtos oferecidos. Na área de confecções, é possível encontrar todos os segmentos produtivos, demonstrando a versatilidade do Polo de Confecções. Apesar disso e ouvindo as expectativas dos clientes, buscamos expandir a integração com outros segmentos da moda como os de calçados e acessórios que estarão com uma maior representação”, ressalta o coordenador do evento, Wamberto Barbosa.

A gestão profissionalizada, a parceria com o Sebrae e a participação de empresários e instituições dos principais municípios que compõem o Polo de Confecções são outros fatores de sucesso para a Rodada de Negócios. “O associativismo nos mostra que a ação coletiva em prol do desenvolvimento é muito mais assertiva. A Acic atua desta maneira em todas as suas atividades e com o maior evento do seu calendário não poderia ser diferente. A longevidade desse projeto se dá também pelo fato de que expositores e compradores absorveram essa ideia e compreenderam que a colaboração faz a diferença para que um segmento seja fomentado como um todo”, afirma o presidente da Acic, Luverson Ferreira.

Caruaru Moda Mundo

Consolidada no Brasil, a Rodada de Negócios da Moda Pernambucana comprova a cada edição que não é um evento apenas para grandes marcas. Além da ala Pernambuco que Cresce, a iniciativa abre espaço para nove novas empresas que participaram do Caruaru Moda Mundo. O programa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Economia Criativa de Caruaru acompanhou empresas caruaruenses selecionadas através de edital, durante oito meses, com o objetivo de diagnosticar os principais pontos de melhoria e oferecer mentorias nos eixos de gestão e inovação. Os resultados da metodologia de capacitação e qualificação de micro e pequenas empresas do setor de confecção poderão ser vistos em um ambiente exclusivo na Rodada de Negócios.

Selo Sebrae

A parceria com o Sebrae, que é correalizador da RNMP, tem sido fundamental para que as empresas participantes se destaquem em competitividade, como avalia o analista de Confecções do Sebrae, Gilson Gonçalves: “É muito gratificante contribuir não apenas com o desenvolvimento da indústria de confecção local, mas com o desenvolvimento de Pernambuco de maneira geral. Essa indústria tem grande relevância para o Estado, principalmente, pela pulverização de renda, então existe um apelo social e econômico significativo. A Rodada de Negócios é momento de ganho de competitividade para as empresas do Polo de Confecções do Agreste”. As empresas que são acompanhadas pelo Sebrae são identificadas com selos em seus estandes.

A Rodada de Negócios da Moda Pernambucana conta ainda com o patrocínio do Banco do Nordeste (BNB), do Governo Federal, da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper) e do Governo do Estado e com o apoio da Prefeitura de Caruaru. O Núcleo Gestor da Cadeia Têxtil e de Confecções de Pernambuco (NTCPE), o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), a Associação Comercial e Industrial de Toritama (Acit), a Associação Empresarial de Santa Cruz do Capibaribe (Ascap) e o Sindicado das Indústrias do Vestuário do Estado de Pernambuco (Sindivest/PE) são parceiros da iniciativa.

Raquel Lyra entrega carros e microcomputadores para Conselhos Tutelares

Na tarde da segunda-feira (22), a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, procedeu com a entrega de dois veículos da marca Citroën Aircross e dez microcomputadores para os Conselhos Tutelares I e II do município. O ato aconteceu no vão da sede da Prefeitura de Caruaru e foi presenciado por conselheiros tutelares, servidores da rede de proteção à criança e adolescente, representantes do COMDICA e da Câmara de Vereadores. Os itens foram adquiridos através de verbas de emendas parlamentares do senador Humberto Costa, solicitadas pela prefeita. A compra dos itens totalizou R$ 110.722 para os veículos (R$ 55.361 cada) e R$ 62.990 para os computadores (R$ 6.299 cada).

A articulação foi feita pela Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SDSDH), junto à Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, para proceder com a vistoria dos veículos, formalização dos documentos de doação, bem como a autorização para retirada na concessionária.

 “Sempre que a gente trabalha em prol da criança e do adolescente do nosso município é uma pauta que nos traz felicidade. A gente sabe do tanto de violação de direitos que existe, do tanto que é desafiador trabalhar com crianças em situação de vulnerabilidade no nosso país. Temos o dever de acolhê-las, encaminha-las, e cuidar delas da melhor forma possível, e aqui estão sendo entregue instrumentos importantes para garantir a efetivação desses direitos”, destacou Raquel.

Municípios de todo o Brasil estão recebendo os kits para os Conselhos Tutelares, compostos pelos veículos, computadores e bebedouros (que foram entregues anteriormente nas sedes dos conselhos beneficiados de Caruaru). “É uma parceria importante do senador Humberto Costa. A intensão é dar as condições de trabalho para essa luta tão árdua do conselheiro tutelar, na defesa da criança e do adolescente”, pontuou o assessor parlamentar do senador Humberto Costa, João Paulo Oliveira.

Prefeitura de Caruaru tem servidor selecionado para integrar o programa Talentos da Educação

O secretário executivo de Educação de Caruaru, Allan Torres, foi selecionado pela a Fundação Lemann para integrar o programa Talentos da Educação. Em todo o Brasil, apenas 25 pessoas foram escolhidas.

Para Allan o momento é de trocar conhecimentos. “Teremos o primeiro encontro entre os dias 8 e 10 de agosto, em Embu das Artes (SP). É uma oportunidade de apreciar iniciativas bem sucedidas no Brasil com o objetivo de replicá-las com base na realidade de Caruaru e também de levar o que temos de destaque para socializarmos com os colegas de todo o país”, afirmou.

A rede de profissionais comprometidos com educação brasileira existe há cinco anos e reúne profissionais empenhados com a qualidade do aprendizado e que desejam transformar a educação.

Allan Torres é caruaruense, formado em Ciência Política pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e ocupa o cargo de secretário executivo de Educação de Caruaru.

ERRATA: Número de pacientes com hepatite cai 7% em 10 anos no Brasil

O número de pacientes notificados com casos de hepatites virais no Brasil caiu 7% entre 2008 e 2018, de acordo com o Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais 2019 divulgado hoje (22) pelo Ministério da Saúde. Em 2008, foram registrados 45.410 casos. Dez anos depois, o número passou para 42.383 casos.

O levantamento aponta ainda queda de 9% no total de mortes causadas pela doença no país, saindo de 2.362 óbitos em 2007 para 2.156 em 2017.

A hepatite é a inflamação do fígado. Ela pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas.

De acordo com o Ministério da Saúde, são doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas quando estes aparecem, podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem, ainda, os vírus D e E, esse último mais frequente na África e na Ásia.

Tipo de hepatite

De 2000 a 2017, foram identificados no Brasil, segundo o boletim, 70.671 óbitos por causas básicas e associadas às hepatites virais dos tipos A, B, C e D. Desses, 1,6% foi associado à hepatite viral A; 21,3% à hepatite B; 76% à hepatite C e 1,1% à hepatite D.

O boletim mostra que o tipo C da doença, além de ser o mais letal, é o mais prevalente. Ao todo, 26.167 casos foram notificados em 2018.

A doença é transmitida por sangue contaminado, sexo desprotegido e compartilhamento de objetos cortantes.

O maior número de pessoas com hepatite C se concentra em pessoas acima dos 40 anos. A hepatite C nem sempre apresenta sintomas.

Por isso, o Ministério da Saúde estima que, atualmente, mais de 500 mil pessoas convivam com o vírus C da hepatite e ainda não sabem.

Foram notificados ainda 2.149 casos de hepatite A no Brasil. A transmissão mais comum desse tipo da doença é pela água e alimentos contaminados. O tratamento geralmente evolui para cura.

Também foram registrados 13.992 casos de hepatite B, que pode ser transmitida pelo contato com sangue contaminado, sexo desprotegido, compartilhamento de objetos cortantes e de uso pessoal e pode também ser transmitida de mãe para filho.

Já a hepatite D foi registrada em 145 pacientes. A infecção ocorre quando a pessoa já contraiu o vírus tipo B.

Os sintomas da hepatite D são silenciosos e a doença é combatida por meio da vacina contra a hepatite B que também protege contra a D.

Combate

Nas vésperas do Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, dia 28 de julho, o Ministério da Saúde alerta para a importância do diagnóstico e tratamento da doença.

“Estamos garantindo prevenção, por meio de vacinas, e diagnóstico, com oferta de testes, além de tratamento medicamentoso. É muito importante que as pessoas acima de 40 anos procurem a unidade de saúde mais próxima para realizar testagem e se imunizar contra a hepatite B e que os pais vacinem as crianças contra hepatite A. Assim, conseguiremos tratar ainda mais pessoas e eliminar a sombra da hepatite do Brasil”, diz, em nota, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Em 2018, o Ministério da Saúde distribuiu 25 milhões de testes de hepatite B e C. Para 2019, com o fortalecimento das ações de diagnóstico e ampliação do tratamento, a expectativa é que esse número seja superado.

Além dos testes, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece vacina contra a hepatite A para menores de 5 anos e grupos de risco. Disponibiliza também vacina contra a hepatite B para todas as faixas etárias. Esta vacina também protege contra a hepatite D.

Eliminação da hepatite C

O Brasil tem como meta eliminar a hepatite C até 2030. Para isso, nos últimos três anos, foram disponibilizados pelo SUS 100 mil tratamentos para hepatite C.

Neste ano, foram entregues 24 mil tratamentos para a doença. Até o início de agosto, de acordo com o Ministério da Saúde, serão entregues outros 5 mil tratamentos.

Em 2019, o Ministério da Saúde adquiriu 42.947 tratamentos sofosbuvir/ledipasvir e sofosbuvir/velpatasvir. Outros 7 mil tratamentos estão em processo de aquisição.

De acordo com a pasta, todas as pessoas diagnosticadas com hepatite C têm a garantia de acesso ao tratamento, independente do dano no fígado, assegurando universalização do acesso previsto desde março de 2018. Essa ação, segundo o ministério, coloca o Brasil como protagonista mundial no combate a hepatite C.

* Matéria alterada às 11h25 para atualização de informações divulgadas pelo Ministério da Saúde. Ao contrário do que foi publicado na primeira versão, o número de casos de hepatites no Brasil caiu no período de 2008 a 2018. A informação errada que apontava crescimento nos números da doença, publicada na primeira matéria, foi inicialmente divulgada pelo Ministério da Saúde que, em seguida, enviou os dados corretos para a redação. 
Por Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 22/07/2019 – 07:09 e atualizado em 22/07/2019 – 11:25
Foto: EBC

Ministro pede que ANTT suspenda novas regras para frete mínimo

Por meio de nota, o ministério disse que as novas regras causaram “insatisfação em parcela significativa dos agentes de transporte”, e que “diferenças conceituais” quanto ao valor do frete e do piso mínimo devem ser discutidas novamente com a categoria.

No ofício encaminhado à ANTT, o ministro Tarcísio Gomes de Freitas diz que “o diálogo segue sendo o principal mecanismo com o qual vamos buscar o consenso no setor de transportes de cargas. Por isso a importância em dar continuidade às reuniões. Estamos desde o início do ano com as portas abertas no ministério e esta tem sido a melhor forma de dar transparências às decisões que estão sendo tomadas em conjunto”.

Diante da situação, está prevista uma audiência extraordinária para hoje (22), às 18h, bem como uma nova rodada de reuniões com representantes do setor e do governo na próxima quarta-feira (24).

Resolução

De acordo com a resolução da ANTT, o cálculo do frete mínimo passa a considerar 11 categorias na metodologia para os diferentes cálculos dos pisos mínimos. Entre as categorias de cargas estão os transportes de graneis sólidos, líquidos, cargas frigorificadas, cargas conteinerizadas e transportes de cargas perigosas em diferentes modalidades, sólidas e líquidas. Até então, o cálculo não se baseava em categorias.

Também foram ampliados os itens levados em consideração para o cálculo. Segundo a norma, o cálculo do piso mínimo de frete levará em consideração o tipo de carga; a aplicação de dois coeficientes de custo: um envolvendo o custo de deslocamento (CCD) e, outro, de carga e descarga (CC), que levará em consideração o número de eixos carregados. A resolução determina, ainda, que será levada em consideração a distância percorrida pelo caminhoneiro.

Multas

A resolução da ANTT detalha como será a multa para quem contratar o serviço abaixo do piso mínimo. A pena a ser aplicada é de duas vezes a diferença entre o valor pago e o piso devido, R$ 500 no mínimo e R$ 10.500, no máximo. Quem ofertar contratação do transporte rodoviário de carga abaixo do piso mínimo pode ser multado em R$ 4.975.

No final de maio, a ANTT já havia anunciado que deixaria de aplicar multa aos caminhoneiros por descumprimento da aplicação da tabela. De acordo com a ANTT, a aplicação de multa aos caminhoneiros que aceitavam fretes abaixo do piso mínimo desmotivava os motoristas a denunciar as empresas que estavam pagando o preço abaixo da tabela. Com a alteração, nenhum caminhoneiro autônomo pode ser multado caso esteja transportando cargas no valor abaixo do piso mínimo de frete estabelecido.

A ANTT informou ainda que vai aprofundar, até janeiro do próximo ano, os estudos para tratamento de cargas especiais (vidros, animais vivos, guincho para reboque de veículos, produtos aquecidos, logística reversa de resíduos sólidos, granéis em silo etc.), tratamento específico de cargas fracionadas e para transporte dedicado voltando vazio. A agência vai analisar ainda o destaque do diesel na fórmula do piso mínimo.

Por Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil
Foto: Arquivo Agência Brasil

Justiça bloqueia R$2,8 milhões do prefeito de Agrestina

Por Wagner Gil

A Justiça Federal em Caruaru, nos autos da Ação Civil de Improbidade Administrativa nº 0800285-11.2017.4.05.8302, deferiu medida cautelar para decretar a indisponibilidade de bens e valores do Prefeito Thiago Nunes e demais réus no importe de R$ 2.850.997,46 (dois milhões, oitocentos e cinquenta mil, novecentos e noventa e sete reais e quarenta e seis centavos), em razão das investigações da Operação da Polícia Federal, Cosa Nostra.

Ocorre que o Ministério Publico Federal, recorreu desta decisão a fim de aumentar este valor para aproximadamente R$ 7.000.000,00 (sete milhões de reais), pois sustenta os membros do MPF, que todas as diligências empreendidas indicam que as empresas elencadas na demanda apresentam fortes relações entre si, mas que, a despeito dos supostos vínculos mútuos, têm participado concomitantemente de processos licitatórios, inclusive na modalidade convite, em diversos municípios de Pernambuco, dentre os quais o de Agrestina/PE.

Afirma ainda, que servidores e ex-servidores ocupantes de cargos proeminentes nas respectivas Prefeitura e Câmara Municipal, seriam do referido grupo empresarial, sem descuidar da participação do Prefeito Thiago Nunes nas fraudes.

Relembre a Operação Cosa Nostra (PE)

A Polícia Federal deflagrou no dia 15 de fevereiro de 2017, a Operação “Cosa Nostra”, com objetivo desarticular uma organização criminosa que se instalou em diversas prefeituras dos municípios do agreste pernambucano.  70 policiais federais e dez membros da Controladoria Geral da União cumpriram 17 Mandados de Busca e Apreensão nos municípios de Agrestina (03), Caruaru (06), Garanhuns (07) e São João (01).

Os mandatos buscavam arrecadar e apreender material comprobatório (documentos, planilhas, mídias de computador) para subsidiar as investigações que estão em andamento. Além da PF, paricipam da ação o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria Geral da União-CGU, e Tribunal de Contas do Estado.

As investigações da Polícia Federal iniciaram em junho de 2016 e foram baseadas em relatórios da CGU, sendo motivadas por denúncias de um vereador de um dos municípios investigados. Foram constatadas, segundo a PF, diversas irregularidades envolvendo a contratação de empresas, valendo-se de favorecimento a determinado cartel compostas de sócios-laranjas, que de forma reiterada vinha se sagrando vencedoras em licitações para execução de obra públicas com verbas federais especialmente na área da saúde e da educação e infraestrutura.

De acordo com a PF, a organização criminosa contava com a participação de agentes públicos municipais para fraudar processos licitatórios com direcionamento de seus resultados. Os valores de recursos públicos destinados às empresas investigadas de modo a beneficiar políticos, parentes e empresários gira em torno de 100 milhões de reais em empenhos suspeitos envolvendo 10 prefeituras.

Serão indiciados oito pessoas suspeitas entre políticos, representantes de empresas e servidores públicos, os quais serão responsabilizados na medida de sua participação nos crimes de frustação de caráter competitivo de licitação, fraude na contratação, corrupção ativa e passiva, crime de responsabilidade, cujas penas somadas ultrapassam os 30 anos reclusão.

 

Após Previdência, reforma tributária e liberdade econômica entram em pauta

O segundo semestre legislativo, que começa em agosto, será decisivo para a reforma da Previdência, mas essa não é a única pauta no radar dos parlamentares. Nos próximos meses, o Congresso deve manter o foco na agenda econômica, como tem feito ao longo do ano, e retomar projetos que foram deixados de lado e não puderam ser concluídos no primeiro semestre.
Na lista, estão mudanças tributárias, a nova lei de licitações, o projeto de independência do Banco Central, a regulamentação do lobby, uma reestruturação administrativa e a Medida Provisória (MP) da Liberdade Econômica. Fora da seara da economia, outros assuntos polêmicos também estão na lista, como o projeto de lei que define abusos praticados por juízes e integrantes do Ministério Público, e uma proposta que estabelece prazo para pedidos de vista de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF)
As mudanças nas regras de aposentadoria e pensão, previstas na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, são ainda o principal assunto entre parlamentares e governo, e o tema, devido à importância e ao estágio avançado de tramitação na Casa, trava o andamento de outras pautas. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pretende votar a PEC até 8 de agosto, em segundo turno. Até que a matéria receba novamente o aval de, pelo menos, 308 deputados, não há espaço para discussão dos outros projetos que estão na fila.
Os deputados mais otimistas acreditam que será possível votar a PEC no prazo esperado por Maia. Outros alegam que as discussões, conversas internas e contagem de votos devem consumir mais uma semana. As bancadas ainda precisam medir o efeito da votação em primeiro turno nas bases eleitorais, para onde os parlamentares voltaram no recesso. Não é impossível que, a depender do número e da intensidade das críticas, alguns possam voltar atrás no voto favorável que deram no primeiro turno.
A possibilidade preocupa a base governista, mas foi minimizada pelo presidente da Câmara, que considera difícil reverter um placar tão expressivo em tão pouco tempo — a PEC teve 379 votos favoráveis, 71 a mais do que precisava para ser aprovada. Há divergências quanto ao calendário e ao placar, mas ninguém diz que a matéria não vai avançar no início do próximo semestre.
Aprovada, a PEC vai para o Senado e vira prioridade naquela Casa. Para o coordenador da bancada do DF, senador Izalci Lucas (PSDB), “será a hora de cobrar execuções orçamentárias do Executivo e tentar incluir os estados e municípios no texto da Previdência”. A mudança deve ser feita em uma PEC complementar.

Tributária

Na Câmara, com a Previdência encaminhada, as atenções vão se dividir entre a reforma tributária, próxima na lista dos deputados, e outra série de itens da agenda econômica e de eficiência. “A gente espera chegar a 6 de agosto já votando a Previdência. Depois, o foco será a tributária. É um assunto que precisa ser aprofundado”, defende o líder do DEM na Câmara, deputado Elmar Nascimento (BA).
A discussão será complexa. A PEC nº 45/2019 já passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, agora, precisa ser avaliada pela Comissão Especial, instalada em 10 de julho. De autoria do deputado Baleia Rossi (MDB-SP), a matéria será relatada pelo líder da Maioria na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). A ideia é criar o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que substituirá três tributos federais (PIS, Cofins e IPI), o estadual ICMS e o municipal ISS. A arrecadação será dividida entre União, estados e municípios.
Há outras propostas na mesa, como a PEC nº 110/2019, assinada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e outros 66 senadores, com base no texto do ex-deputado Luiz Carlos Hauly. A proposta é de extinguir IPI, IOF, CSLL, PIS/Pasep, Cofins, Salário-Educação e Cide Combustíveis, além de ICMS estadual e ISS municipal. No lugar, ficariam o Imposto sobre Operações com Bens e Serviços (IBS), estadual, e o Imposto Seletivo (IS), federal.
A equipe econômica do governo também tem preparado uma sugestão de reforma tributária, que pode ter algum ponto incluído no texto da Câmara. O ministro da Economia, Paulo Guedes, acredita que os projetos em jogo são “convergentes”, como disse na última quarta-feira. “Nossas propostas vão acabar conciliando várias versões do que está acontecendo lá”, afirmou.
Mesmo que sejam resolvidos os embates em torno de qual é a melhor opção de texto, as discussões devem durar até o fim do ano. Talvez, se estendam para o ano seguinte. “É coisa para o semestre todo. Espero que até o fim do ano, pelo menos na Câmara, seja possível aprovar, mas é um assunto complicado”, disse Elmar Nascimento.

“A gente espera chegar a 6 de agosto já votando a Previdência. Depois, o foco será a tributária. É um assunto que precisa ser aprofundado”

Elmar Nascimento (BA), líder do DEM na Câmara

O que vem por aí

Além da reforma da Previdência, outros temas deverão ser tratados como prioridade no Congresso, após o recesso parlamentar. Algumas questões já deveriam ter sido concluídas
1 – LDO — A análise do texto da Lei de Diretrizes Orçamentárias, que ficou para agosto, segundo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), é um dos pontos polêmicos. Teoricamente, a LDO deveria ter sido discutida e analisada no período que antecede o recesso parlamentar, que vai até a primeira semana de agosto.
2 – Reforma Tributária — As discussões precisam avançar na comissão especial montada na Câmara para, então, a proposta, que tem como relator o deputado Hildo Rocha (MDB-MA) ser colocada em plenário. A ideia é fazer a redistribuição de competências tributárias.
3 – MP da Liberdade Econômica — Embora tenha sido aprovada em comissão, a MP ainda precisa ir para o plenário da Câmara e, depois, para o Senado. O texto foi aprovado às pressas e incluiu a MP nº 876, que facilita a abertura e o fechamento de empresas.
4 – Embaixadores — PEC de autoria do deputado Marcelo Calero (Cidadania-RJ) impede indicações de pessoas que não sejam da carreira diplomática para a chefia de missões no exterior. O autor é diplomata e já ocupou o Ministério da Cultura no governo Temer. A PEC atinge o filho do presidente Jair Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que pode virar embaixador em Washington.
5 – Prisão em 2ª instância — A PEC que garante a prisão de condenados em segunda instância, assunto que está na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF), é motivo de polêmica e será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O texto é complementar ao pacote anticrime do ministro da Justiça, Sérgio Moro.
6 – Decisões do STF — Avançou no Senado a PEC que estabelece a duração máxima de quatro meses para pedidos de vista concedidos a integrantes do STF (hoje, não há prazo). O texto, que está pronto para ser apreciado no plenário, também impõe limites a decisões cautelares monocráticas — as liminares.
7 – Abuso de autoridade — Voltará à Câmara o projeto de lei que define abusos praticados por juízes e integrantes do Ministério Público. O projeto, de 2017, ganhou celeridade depois que mensagens trocadas em aplicativos, publicadas por órgãos de imprensa, levantaram dúvidas sobre a conduta do ministro Sérgio Moro na época em que era juiz federal.
Por Alessandra Azevedo e  Bernardo Bittar
Correio Braziliense
Foto: Arquivo Agência Brasil

Onde estão os craques do futebol brasileiro?

Uma afirmação constante tem sido observada por todos profissionais que de alguma forma estão relacionados com o futebol: nossos craques estão em extinção!

Não se encontra mais jogadores com a qualidade técnica para lançamentos de longa distância como faziam alguns jogadores de décadas passadas. O futebol mágico apresentado pelo Brasil nas Copas dos anos 70, 80 e 90 não tem a menor condição de ser repetido, pois os jogadores de hoje possuem um nível inferior aos daquele tempo.

Atributos de um craque como visão de jogo, passes precisos e a capacidade de driblar e/ou fazer gols espetaculares são competências dos atletas do passado. Hoje existem, no máximo, bons jogadores.

Treinadores das categorias de base e empresários procuram incessantemente uma joia rara em cada canto possível que se joga futebol no país. Estes espaços, que são os campos de várzea, as ruas e as quadras são cada vez mais escassos, o que colabora com o sumiço de craques.

A evolução da preparação física é outro fator que contribui para o desaparecimento das pedras preciosas. Com o jogo mais disputado, jogadores mais fortes e com excessivos contatos físicos, não sobra espaço para o craque demonstrar seu valioso futebol.

A mídia, que precisa criar ou inventar craques, também tem sofrido com este problema. Supervalorizam jogadores medianos que obtêm destaque pontual, que após um curto período de tempo decepcionam a todos. Por não serem craques, não conseguem manter a performance digna de um jogador acima da média.

Repito a pergunta do título da coluna: “Onde estão os craques do futebol brasileiro?”

COLUNA ESPLANADA

Brasília, Segunda-feira, 22 de Julho de 2019 – nº 2.552.

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Servidores expulsos

Cento e dezenove servidores foram expulsos do funcionalismo público nos últimos sete meses pela prática de atos relacionados à corrupção. Além desses, de acordo com a Controladoria-Geral da União, outros 111 agentes públicos foram punidos porabandono, negligência, inassiduidade, acumulação de cargos e participação em gerência ou administração de sociedade privada. As sanções incluem cassações de aposentadorias e destituições de ocupantes de cargos em comissão. Desde 2003, mais de sete mil pessoas foram expulsas do serviço público.

Carne Fraca

Entre os demitidos, estão dois servidores envolvidos nas investigações da Operação Carne Fraca, deflagrada pela PF em 2017: Daniel Gonçalves Filho, ex-superintendente federal de Agricultura do Paraná e Maria do Rocio Nascimento, ex-chefe do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal.

Propina

As investigações revelaram diversos recebimentos de vantagens indevidas provenientes de frigoríficos sujeitos à fiscalização pelo Ministério da Agricultura no Paraná. Os servidores demitidos estão proibidos de voltar a exercer qualquer cargo público federal.

É cesta!

O Banco de Brasília (BRB) inicia hoje um programa inédito e audacioso. O presidente Paulo Henrique Costa vai anunciar o patrocínio oficial da instituição para as seleções brasileiras de Basquete masculina e feminina, além do Flamengo e da seleção de Brasília.

É 3 pontos!

E mais, as seleções vão transferir seu centro de treinamento para a capital federal.”Por isso estamos chamando de Projeto Brasília Capital do Basquete Brasileiro”, revela Paulo Henrique à Coluna. “O patrocínio da seleção envolve todas as modalidades, inclusive de base e olímpica”.

Nota 10

O BRB pretende estimular a prática da modalidade nas escolas públicas da capital com vistas também a ser um celeiro de talentos no esporte para os Jogos de Tóquio de 2020 e nas próximas Olimpíadas.

 

FGTS

Deputado Paulo Teixeira (PT-SP) classifica como “medida de curto fôlego” a liberação das contas do FGTS. O correto, diz o petista, seria pegar os recursos do FGTS e investir em moradia popular e em saneamento básico “para criar empregos para os 13 milhões e 400 mil desempregados”.

Ativos

A Secretaria de Governança do Patrimônio da União (SPU), órgão vinculado ao Ministério da Economia, finaliza um plano para a venda de imóveis da União até 2022. A pasta irá adotar modelo baseado em experiências internacionais na venda de ativos imobiliários públicos. A União tem atualmente mais de 750 mil imóveis.

 

Turismo

O senador e líder de Bolsonaro, Fernando Bezerra Coelho, está tentando fazer do deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE) o novo ministro do Turismo em substituição ao atual Marcelo Álvaro, enrolado no laranjal do PSL.

Prefeitura

Bezerra quer levá-lo para o MDB de Pernambuco para disputar a prefeitura do Recife. O partido está em alta no Estado depois da indicação de Antônio Campos para a  presidência da Fundação Joaquim Nabuco, nomeação que ninguém entendeu, pois se esperava alguém do PSL ligado a Luciano Bivar.

 

Palestra

Carlos Lupi, presidente do PDT, dá palestra hoje, na sede do partido em São Paulo, sobre “ser agente político”no curso Escola de Candidatos.

 

Número de pacientes com hepatite cresce 20% em 10 anos no Brasil

O número de pacientes notificados com casos de hepatites virais no Brasil aumentou 20% de 2008 a 2018, de acordo com o Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais 2019, divulgado hoje (22) pelo Ministério da Saúde. Em 2008, foram registrados 35.370 casos. Dez anos depois, esse número saltou para 42.383.

Apesar do aumento, o levantamento apontou queda de 9% no total de mortes, saindo de 2.402 em 2007 para 2.184 em 2017.

A hepatite é a inflamação do fígado. Ela pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas.

De acordo com o Ministério da Saúde, são doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas quando estes aparecem, podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem, ainda, os vírus D e E, esse último mais frequente na África e na Ásia.

Tipo de hepatite

De 2000 a 2017, foram identificados no Brasil, segundo o boletim, 70.671 óbitos por causas básicas e associadas às hepatites virais dos tipos A, B, C e D. Desses, 1,6% foi associado à hepatite viral A; 21,3% à hepatite B; 76% à hepatite C e 1,1% à hepatite D.

O boletim mostra que o tipo C da doença, além de ser o mais letal, é o mais prevalente. Ao todo, 26.167 casos foram notificados em 2018.

A doença é transmitida por sangue contaminado, sexo desprotegido e compartilhamento de objetos cortantes.

O maior número de pessoas com hepatite C se concentra em pessoas acima dos 40 anos. A hepatite C nem sempre apresenta sintomas.

Por isso, o Ministério da Saúde estima que, atualmente, mais de 500 mil pessoas convivam com o vírus C da hepatite e ainda não sabem.

Foram notificados ainda 2.149 casos de hepatite A no Brasil. A transmissão mais comum desse tipo da doença é pela água e alimentos contaminados. O tratamento geralmente evolui para cura.

Também foram registrados 13.992 casos de hepatite B, que pode ser transmitida pelo contato com sangue contaminado, sexo desprotegido, compartilhamento de objetos cortantes e de uso pessoal e pode também ser transmitida de mãe para filho.

Já a hepatite D foi registrada em 145 pacientes. A infecção ocorre quando a pessoa já contraiu o vírus tipo B.

Os sintomas da hepatite D são silenciosos e a doença é combatida por meio da vacina contra a hepatite B que também protege contra a D.

Combate

Nas vésperas do Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, dia 28 de julho, o Ministério da Saúde alerta para a importância do diagnóstico e tratamento da doença.

“Estamos garantindo prevenção, por meio de vacinas, e diagnóstico, com oferta de testes, além de tratamento medicamentoso. É muito importante que as pessoas acima de 40 anos procurem a unidade de saúde mais próxima para realizar testagem e se imunizar contra a hepatite B e que os pais vacinem as crianças contra hepatite A. Assim, conseguiremos tratar ainda mais pessoas e eliminar a sombra da hepatite do Brasil”, diz, em nota, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Em 2018, o Ministério da Saúde distribuiu 25 milhões de testes de hepatite B e C. Para 2019, com o fortalecimento das ações de diagnóstico e ampliação do tratamento, a expectativa é que esse número seja superado.

Além dos testes, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece vacina contra a hepatite A para menores de 5 anos e grupos de risco. Disponibiliza também vacina contra a hepatite B para todas as faixas etárias. Esta vacina também protege contra a hepatite D.

Eliminação da hepatite C

O Brasil tem como meta eliminar a hepatite C até 2030. Para isso, nos últimos três anos, foram disponibilizados pelo SUS 100 mil tratamentos para hepatite C.

Neste ano, foram entregues 24 mil tratamentos para a doença. Até o início de agosto, de acordo com o Ministério da Saúde, serão entregues outros 5 mil tratamentos.

Em 2019, o Ministério da Saúde adquiriu 42.947 tratamentos sofosbuvir/ledipasvir e sofosbuvir/velpatasvir. Outros 7 mil tratamentos estão em processo de aquisição.

De acordo com a pasta, todas as pessoas diagnosticadas com hepatite C têm a garantia de acesso ao tratamento, independente do dano no fígado, assegurando universalização do acesso previsto desde março de 2018. Essa ação, segundo o ministério, coloca o Brasil como protagonista mundial no combate a hepatite C.

Agência Brasil