quarta-feira, 2 de julho de 2025

Caminhar faz bem ao coração e a sua vida

A porta de entrada para muitas pessoas que querem aderir a um estilo de vida mais saudável é a caminhada. Segundo estudos publicados recentemente a caminhada tem os mesmo benefícios que a corrida para saúde, mesmo que a intensidade seja diferente.

Várias pesquisas demonstram que andar é eficaz em diminuir o risco de vários tipos de doença e, quanto maior a distância percorrida, maiores são os benefícios. Segundo os pesquisadores, caminhar diminui o risco de hipertensão, o colesterol alto e doenças coronarianas.

Caminhar é um exercício físico aeróbio, de baixo impacto e que envolve grandes grupos musculares. Dessa forma, promove uma melhora no sistema cardiorrespiratório, desenvolvimento de uma estrutura muscular mais forte e resistente e ajuda no fortalecimento de ossos, muito importante para prevenção de osteoporose”.

Ande com amigos e participe de grupos: ter a companhia de colegas ajuda a manter a motivação, consistência e, ainda, dá um chega pra lá na preguiça!

Escolher o lugar é fundamental: lugares espaçosos, com bastante gente e movimento são sempre as melhores opções. Escolha parques e ruas bastante arborizadas.

Participe de uma corrida: vá para uma prova de rua para caminhar e sentir a energia destes eventos.

COLUNA ESPLANADA

Brasília, Segunda-feira,  15 de Julho de 2019 – nº 2.545

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Os Município$

Derrotados na Câmara Federal pelo lobby dos governadores do Nordeste, da oposição ao Governo, que derrubaram a entrada de Estados e municípios na reforma da Previdência, os prefeitos vão intensificar o corpo-a-corpo com senadores para tentar emplacar emenda no texto a ser votado no Senado até outubro. A Confederação Nacional de Municípios orientou os alcaides e entidades a se reunirem com parlamentares durante este recesso parlamentar para pedir apoio à proposta. De acordo com a CNM, se a mudança for acatada pelo Congresso, os 2.108 municípios com Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) se juntariam aos 3.460 que seguem o Regime Geral na adoção das novas regras para aposentadorias. E o caixa melhora.

A conta

A medida reduzirá custos previdenciários em até R$ 41 bilhões em 4 anos, e R$ 170 bilhões em uma década, prevê a entidade.

Apostas

Senadores, entre eles o presidente Davi Alcolumbre (DEM-AP), já sinalizaram que vão incluir Estados e municípios quando o texto chegar para discussão e aprovação na Casa.

Leilões

Enquanto Sérgio Cabral Filho, preso e condenado, vai perdendo bens para a Justiça, outro leilão passou despercebido na web. Um cidadão pagou R$ 12 por ventarola de carnaval com propaganda da candidatura dele à Prefeitura do Rio, pelo PSDB, em 1990.

Contas do juiz

Marlon Reis, o juiz idealizador da Ficha Limpa, teve as contas da campanha para o Governo do Tocantins (2018) rejeitadas pelo TRE. O candidato do Rede se diz tranquilo para corrigir dentro do prazo indicado pelo tribunal.

Há tempo

Em tempo, são erros normativos, considerados bobos, mas falhas. Como diferença de saldo na conta apresentado ao TRE, e não indicação de cronograma de pagamentos do saldo devedor de mais de R$ 750 mil a fornecedores. O Rede assumiu esta conta.

 

Cadastro liberado

O Projeto de Lei 3953/2019, de autoria do senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI) determina, além da gratuidade da pesquisa da consulta sobre nome no SPC ou Serasa, que os dados do consumidor sejam disponibilizados para acesso online permanente. O PL será analisado em agosto na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.

Sem via sacra

O projeto vem a bom tempo para o cidadão, se aprovado. Diante do Cadastro Positivo em vigor, e o cerco maior na praça ao consumidor, a indústria do cadastro negativo, que cobra a consulta, leva um golpe. E o leitor não precisa sair do computador para pegar uma fila gigantesca num posto de atendimento.

Fortuna$

Deputados vão tentar mudar o texto da reforma Tributária (PEC 45/2019), que tramita em comissão especial, e incluir a previsão de taxação das grandes fortunas e dos lucros e dividendos. A emenda para alterar a proposta será apresentada pela bancada do PT no colegiado, composta por oito deputados, e liderada por Afonso Florence (PT-BA).

IBS na fila

A admissibilidade da PEC já foi aprovada na CCJC. O texto propõe o fim de três tributos federais, o IPI, Cofins e PIS, além do ICMS, que é estadual, e do ISS, municipal, e reúne todos eles em novo tributo, o Imposto sobre Operações com Bens e Serviços (IBS).

Mau desempenho

Avançou no Senado a proposta que determina a demissão de servidores concursados por insuficiência de desempenho. Aprovado na Comissão de Assuntos Sociais, o PLS 116/17 passará por mais duas comissões, mas um requerimento pode levá-lo direto ao plenário. O texto propõe uma avaliação anual de desempenho por comissão formada pela chefia imediata, um servidor do RH e um colega lotado na mesma unidade.

Barrado na praia

Uma prova de como o mundo está de olho no Governo Bolsonaro. Paraty e Ilha Grande entraram para a Lista de Patrimônio Histórico da Humanidade semanas depois de o presidente insinuar que pretende fazer da região um Caribe brasileiro para o turismo.

Prazo para participar da lista de espera do ProUni começa hoje

Começa hoje (15) e vai até amanhã (16) o prazo para participar da lista de espera do Programa Universidade para Todos (ProUni).

A adesão é feita na página do programa, pela internet.

Podem participar da lista de espera os candidatos que não foram selecionados na primeira opção de curso feita na hora da inscrição em nenhuma das duas chamadas regulares do programa.

Além disso, podem participar aqueles que foram selecionados para a segunda opção, mas cuja turma não foi formada. Esses estudantes concorrem a vagas para a primeira opção de curso.

Podem concorrer a vagas para a segunda opção de curso aqueles cujas turmas da primeira opção não foram formadas ou as bolsas da primeira opção não foram disponibilizadas.

A relação dos candidatos em lista de espera será divulgada no dia 18.

Todos os candidatos participantes da lista terão que comparecer, entre os dias 19 e 22 de julho, às respectivas instituições para apresentar a documentação para comprovação das informações prestadas na inscrição.

A lista de espera será usada pelas instituições de ensino para preencher as vagas que, após a primeira e a segunda chamadas, permanecerem disponíveis.

Bolsas de estudo
Ao todo, serão ofertadas para o segundo semestre deste ano 169.226 bolsas de estudos em instituições particulares de ensino superior, sendo 68.087 bolsas integrais, de 100% do valor da mensalidade, e 101.139 parciais, que cobrem 50% do valor da mensalidade.

As bolsas integrais são destinadas a estudantes com renda familiar bruta per capita de até 1,5 salário mínimo.

As bolsas parciais contemplam os candidatos que têm renda familiar bruta per capita de até 3 salários mínimos.

O ProUni é voltado para candidatos que não tenham diploma de curso superior e que tenham participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018.

Além disso, os estudantes precisam ter cursado o ensino médio completo em escola pública ou em instituição privada como bolsistas integrais.

É preciso ter obtido ainda nota mínima de 450 pontos na média aritmética das notas nas provas do Enem. Também podem se inscrever no programa estudantes com deficiência e professores da rede pública.

Pacote anticrime de Moro fica para agosto

A reforma da Previdência não é o único projeto do governo que vai precisar esperar pelo segundo turno para ser inteiramente avaliado pelo Congresso Nacional. É que, apesar de tramitar paralelamente na Câmara e no Senado, o pacote anticrime do ministro Sergio Moro também não será votado antes do recesso parlamentar.

“Legislar em matéria penal não é fácil, não é simples, é complexo porque a matéria exige e porque mexe muito com as convicções pessoais de cada um. E a Casa está muito dividida”, explicou a coordenadora do grupo de trabalho que analisa o pacote na Câmara, deputada Margarete Coelho (PP-PI).

Na Câmara, o pacote anticrime está sendo analisado por um grupo de trabalho que conta com 16 parlamentares e tem como relator o deputado Capitão Augusto (PL-SP), o mesmo que preside a bancada da bala. O grupo fez dez audiências públicas para esclarecer alguns pontos do projeto. Mesmo assim, optou por dividir o parecer do Capitão Augusto em 16 partes para poder votar cada uma delas separadamente.

A votação começou na semana passada e já apreciou três pontos do pacote. Ao todo, foram duas vitórias e uma derrota para o governo. Afinal, os deputados aprovaram a possibilidade de perda de bens em caso de condenação e a criação do Banco Nacional de Perfil Balístico sugeridas no projeto de Moro, mas rejeitaram a proposta que previa a prisão em segunda instância afirmando que esta é uma questão constitucional. Esse último ponto terá que ser debatido posteriormente, através de um projeto de lei, o que, na visão do Capitão Augusto, representa “um grande prejuízo para o pacote anticrime”.

Margarete Coelho, porém, acredita que os próximos temas a serem analisados são mais consensuais e, por isso, não devem enfrentar tanta resistência no grupo de trabalho. “Temos uma reunião na terça-feira. Vamos ver quanto conseguimos avançar”, disse, admitindo que, mesmo assim, o parecer só deve ser concluído na volta do recesso parlamentar. Terminada essa etapa, o parecer do relator ainda será analisado pelo plenário da Câmara dos Deputados.

Senado
No Senado, o pacote anticrime também tem sido estudado. O projeto foi dividido em três partes e está até mais adiantado do que na Câmara, pois uma dessas seções já foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. É a que aprova a criminalização do caixa dois nas campanhas eleitorais e é terminativa, isto é, pode seguir direto para apreciação da Câmara se não houver recurso para votação no plenário do Senado.

Os outros dois capítulos do pacote anticrime do Senado, porém, só serão analisadas na CCJ na volta do recesso parlamentar, pois ainda precisam ser debatidos na comissão. Um deles estabelece medidas mais duras contra a corrupção, o crime organizado e os crimes praticados com grave violência à pessoa e o outro analisa as competências das justiças comum e eleitoral para o julgamento de crimes comuns conexos ao processo eleitoral.

Congresso em Foco

Reforma ganharia R$ 350 bi com estados e municípios, diz Senado

A inclusão de estados e municípios poderia ampliar em aproximadamente R$ 350 bilhões o impacto fiscal da reforma da Previdência nos próximos dez anos, que, segundo o governo, passou de R$ 1,1 trilhão para R$ 900 bilhões com as mudanças aprovadas no primeiro turno da votação na Câmara dos Deputados. O cálculo é da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, que, por isso, defende que os entes federativos voltem para o projeto que muda as regras de aposentadoria brasileira quando esse texto for analisado pelos senadores.

“A situação previdenciária dos estados e municípios, sobretudo a dos estados, é muito ruim, assim como é a da União. Se representa um remédio para o desequilíbrio da união, a reforma que está sendo aprovada também representaria um remédio para os estados e municípios. Então, os senadores provavelmente irão avaliar essa questão”, afirmou, em entrevista exclusiva ao Congresso em Foco, o novo diretor da Instituição Fiscal Independente, Josué Pellegrini.

Segundo os estudos da IFI, hoje 23 dos 27 estados da federação já sofrem com algum déficit previdenciário. E a tendência é que esse rombo, já “razoavelmente elevado”, nas palavras de Pellegrini, aumente com o passar do tempo. “Os estados comprometem parte relevante da receita com o déficit, o que os impede de utilizar essa receita para cumprir as competências que têm nas áreas de saúde, educação e segurança”, afirmou o diretor do IFI.

Ele disse ainda que o impacto fiscal de estender as novas regras previdenciários para os servidores estaduais e municipais já está calculado e pronto para ser analisado pelos senadores. “O impacto seria relevante caso os estados e municípios entrassem na reforma. Isso acrescentaria mais de um terço do impacto total da reforma. Então, seria desejável sua inclusão. O Senado fica com esse dilema”, afirmou.

Pellegrini admitiu, porém, que este é um assunto politicamente delicado. “É uma decisão difícil para os senadores porque, se houver alteração, o texto terá que voltar para a Câmara para nova avaliação. E o país precisa muito dessa reforma. Quanto antes for aprovada, melhor”, acredita, dizendo que, apesar de não ser a solução para todos os problemas do país, a reforma gera um impacto importante em termos de expectativa entre os agentes econômicos. “Se voltar para a Câmara, haverá uma certa frustração coletiva, porque vai levar mais tempo e não se sabe se conseguirá manter o que foi alterado no Senado”, ponderou.

O diretor do IFI acredita, então, que pode ser uma boa ideia a elaboração de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) paralela que trate dos estados e municípios – proposta que vem sendo discutida por alguns senadores, inclusive pelo relator da reforma da Previdência no Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE). “É uma opção a ser considerada, pois possibilita que o que foi aprovado pela Câmara avance, seja promulgado e já passe a produzir efeitos. Ao mesmo tempo, pode por na mesa alguns ajustes importantes que acabaram não sendo feitos, como a questão dos estados e municípios”, avaliou Pellegrini, que disse ter conversado com Jereissati sobre a situação dos entes federativos.

Governadores também já procuraram o relator da reforma no Senado para tratar do assunto. Por isso, Jereissati já admitiu que contemplar os estados e municípios no projeto faz parte do seu plano. E isso provavelmente deve acontecer através de uma PEC paralela, já que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), quer aprovar a reforma da Previdência cerca de 45 dias depois de receber o texto da Câmara dos Deputados, que marcou a votação em segundo turno da matéria para 6 de agosto.

Congresso em Foco

De olho no pós-previdência: a batalha tributária é aberta no Congresso

A reforma tributária será o centro das atenções no pós-Previdência. Com a expectativa de aprovação da reforma da Previdência em segundo turno dada como certa, a liderança do governo no Congresso e líderes partidários iniciaram conversas sobre como amarrar uma modernização do sistema tributário incorporando as sugestões do secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, às em discussão no Parlamento. A articulação governista sabe que, se não propuser um bom diálogo e costurar um texto consensual com as lideranças partidárias, o Legislativo vai manter o protagonismo em evidência e escantear a proposta da equipe econômica.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, quer manter o pulso sobre a agenda econômica e prepara uma reforma tributária dividida em três eixos. Um deles é a correção da tabela do Imposto de Renda (IR), com redução das faixas máximas, de 27,5% para consumidores e de 34% para 25%, para empresas. O outro é a unificação de cinco tributos federais em um, o PIS, Cofins, IPI, CSLL e IOF. A outra proposta sinalizada anteriormente por Cintra é um tributo sobre transações financeiras de ponta a ponta, tanto por quem paga, quanto por quem recebe, aos moldes da extinta Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

As lideranças partidárias avisaram à liderança do governo, no entanto, que querer não é poder. O governo quer protagonismo, mas o Congresso, também. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), diz a pessoas próximas que Guedes não vai impor goela abaixo a agenda econômica no pós-Previdência. Ou se chegará a um consenso, ou o Parlamento vai tocar a pauta à revelia. Para compor os interesses, a líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), iniciou uma articulação para apensar a proposta de unificação de tributos do governo e a sugestão de tributação sobre movimentações financeiras da equipe econômica à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2019, de autoria do deputado Baleia Rossi (MDB-SP), líder da legenda na Casa.

O projeto trata da unificação de cinco tributos sobre consumo — IPI, Pis, Cofins, ICMS e ISS — em um, o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). O modelo discute a transição do imposto único em uma carga tributária constante por meio do dimensionamento da perda de receita dos tributos atuais em uma transição linear, de 10 anos, que começaria com uma alíquota de 12,5% no primeiro ano e chegaria a 25% ao fim do processo. Membros titulares do colegiado, no entanto, vão discutir a possibilidade de uma transição mais curta, próxima de cinco anos.

Costura
A articulação de apensamento de propostas do governo à PEC 45, no entanto, precisará ser bem alinhada depois do retorno das atividades parlamentares, em agosto. O presidente da Comissão Especial, Hildo Rocha (MDB-MA), avalia que não cabe apensar a ideia do tributo de ponta a ponta, por exemplo, em uma das subrelatorias sinalizadas pelo relator, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). “O objetivo do colegiado é discutir o imposto sobre consumo”, avisa o parlamentar.

A equipe econômica está alertada que, diferentemente da reforma da Previdência, o Congresso não vai acatar a proposta governista de reforma tributária e se debruçar sobre a matéria. O mesmo vale para a atualização da tabela do IR, que não prosperará sozinha. O DEM, com aval do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), prioriza o Projeto de Lei 3.129/2019, de autoria do deputado Luis Miranda (DEM-DF). Além da atualização, o texto prevê a tributação sobre lucros e dividendos. Ou seja, para cada proposta governista, há uma semelhante criada no Congresso.

Para evitar desconfortos e tentar afinar a modernização tributária, Cintra vai engajar pessoalmente na costura da reforma tributária. Na terça-feira, ele participará de um evento organizado pelo Instituto Brasil 200, do empresário Flávio Rocha, dono da Riachuelo. Estará acompanhado do vice-presidente Hamilton Mourão e dialogará com deputados titulares e suplentes da Comissão Especial da PEC 45, além de empresários e entidades que apoiam a proposta do imposto único.

Alternativa
O presidente Jair Bolsonaro foi comunicado das ideias de Cintra. Esteve com ele em duas oportunidades na última semana. No entanto, o que o próprio secretário especial da Receita não pensou ainda foi sobre como afunilar os interesses da equipe econômica com o Congresso. Embora Hasselmann tenha procurado o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e sinalizado que a intenção do governo é compor com a PEC 45, interlocutores de Cintra dizem que ele não decidiu se esse é o melhor caminho. Outra possibilidade da equipe econômica é propor o apensamento de propostas da Receita à PEC 110/2019 do Senado, apresentada na última semana à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

A matéria do Senado tem como estrutura a PEC 293/2004, do ex-deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB), e prevê a criação do Imposto sobre Valor Adicionado (IVA). Assim como o IBS, prevê um tributo único para cobrar impostos sobre bens e serviços. A diferença é que o projeto sugere a unificação de oito tributos, não cinco. Promoveria a fusão dos mesmos presentes no IBS, além do IOF, CSLL e Pasep. O problema, defendem deputados, é que a Casa estará focada na reforma da Previdência, depois de a Câmara finalizar a votação do segundo turno.

O primeiro vice-líder do governo no Senado, Izalci Lucas (PSDB-DF), defende a PEC 110. Não por vaidade, garante, mas, sim, por ser uma matéria alinhada ao pacto federativo. “O projeto do Hauly é mais maduro e robusto. Estamos falando de mexer nas contribuições dos estados e, assim, definir o pacto federativo. Algo muito mais de competência do Senado do que da Câmara”, pondera. O relator da matéria será o senador Roberto Rocha (PSDB-MA), líder da legenda.

Correio Braziliense

Receita paga hoje restituições do 2º lote do Imposto de Renda

A Receita Federal começa a pagar, nesta segunda-feira (15), o 2º lote de restituições do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2019, e também, as restituições residuais dos exercícios de 2008 a 2018.

Serão depositados R$ 5 bilhões para 3.164.229 contribuintes. Desse total, R$2.362.514.597,42 referem-se a restituição de 15.489 contribuintes idosos acima de 80 anos, 197.895 contribuintes entre 60 e 79 anos, 24.793 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave, e 1.251.906 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério.

Para saber se teve a declaração liberada, é preciso acessar o site da Receita Federal, ou ligar para o Receitafone, no número 146.

A Receita disponibiliza, ainda, aplicativo para tablets e smartphones que facilita consulta às declarações do IRPF e situação cadastral no CPF.

A restituição ficará disponível no banco durante um ano.

O dinheiro será depositado nas contas informadas na declaração. O contribuinte que não receber a restituição deverá ir a qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para os telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) para ter acesso ao pagamento.

Agência Brasil

Prefeitura de Caruaru reabre inscrições para o Bolsa Atleta Municipal

A Prefeitura de Caruaru, através da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SDSDH), por meio da Gerência de Esporte e Lazer, lança, pelo segundo ano consecutivo, as inscrições para o Programa Bolsa Atleta Municipal. Os esportistas têm os dias 15 e 16 de julho para ingressar na iniciativa que oferece apoio financeiro com sede e atividades esportivas de rendimento e de participação no município de Caruaru. Nesta edição, a Prefeitura de Caruaru dobrou o investimento e está disponibilizando R$ 60 mil para atletas e paratletas.

Os interessados deverão se dirigir à Sala 03 da sede da SDSDH, que fica na Rua Armando da Fonte, nº 197, bairro Maurício de Nassau, e levar preenchida a ficha de inscrição para entregar junto com a documentação exigida no edital. O horário é das 08h às 13h. A lista completa das exigências e outras informações sobre o processo estão disponíveis no Diário Oficial de Caruaru nº 823, de dois de julho de 2019. A ficha de inscrição pode ser solicitada na secretaria para envio por e-mail ou adquirida no edital publicado no Diário Oficial. Nesta terça-feira (09) uma oficina de orientações e esclarecimentos em relação ao edital está sendo oferecida para os atletas.

Com o incentivo mensal os esportistas poderão custear compras de passagens, materiais, inscrições em eventos esportivos, qualificação técnica das modalidades, planos de saúde, pagamento de mensalidades em academias e alimentação. “Com o aumento de 100% no investimento do programa, possibilitaremos que mais atletas de alto rendimento da cidade possam ser contemplados e tenham as condições mínimas para desenvolverem seus planejamentos em busca do sonho olímpico”, destacou o gerente de Esporte e Lazer, Allyson Florêncio.

No ano de 2018, o programa em sua primeira edição teve um investimento de R$ 30 trinta mil e beneficiou 17 atletas do município de Caruaru, em diversas modalidades individuais. O Bolsa Atleta contribuiu diretamente nos rendimentos e resultados dos beneficiários em modalidades como judô, karate, kung fu, tênis de mesa, jiu-jitsu, taekwondo, luta olímpica e ciclismo, possibilitando aos esportistas a conquista de títulos estaduais, regionais, nacionais e até internacionais.

Capital do Agreste tem novo bispo

Wagner Gil

Na manhã da última quarta-feira (10), o mundo religioso foi pego de surpresa com a renúncia, por idade, do Bispo Diocesano de Caruaru, Dom Bernardino Marchió. Ele será substituído por Dom José Ruy Gonçalves Lopes, que será transferido da Diocese de Jequié, na Bahia. Ele assume as funções no dia 21 de setembro. Até lá, Dom Dino, como é carinhosamente chamado, continua a frente da Diocese.
O comunicado da mudança de direção na Igreja Católica ocorreu ao meio dia no horário de Roma (7h no horário de Brasília), e divulgado no site do Vaticano e da CNBB. Dom Dino solicitou à Assessoria de Comunicação da Diocese de Caruaru para publicar a decisão.

Nascido em Busca, na Itália, em 06 de setembro de 1943, Dom Dino já passou pelas paróquias de Palmares e Pesqueira. Durante entrevista coletiva realizada na Cúria Diocesana, na manhã da quarta-feira, ele anunciou que iria manter residência fixa em Caruaru. Tendo completado 75 anos em 2018, Dom Dino enviou solicitação de renúncia do ofício, procedimento exigido pelo cânon 401, § 1 do Código de Direito Canônico, promulgado pelo Papa João Paulo II, em 1983.

Com a aprovação do pedido de renúncia, o parágrafo 1 do Cânon 402 prevê a emeritude do bispo. Para a Igreja Católica, o processo de emeritude é apresentado como uma espécie de aposentadoria episcopal. A partir daí, o bispo emérito fica desobrigado das funções administrativas da Diocese. Isso não significa que ele deixará de ser bispo: até o fim da sua vida continua vinculado à Igreja de acordo com sua Ordem ou Congregação.

Na Diocese de Caruaru houve um caso de emeritude, quando em 1992, Dom Augusto Carvalho renunciou o ministério episcopal, tornando-se Bispo Emérito de Caruaru. Seu sucessor, Dom Antônio Soares Costa, foi bispo diocesano de 1993 a 2002, ano de seu falecimento. Em 2002, Dom Bernardino Marchió foi transferido da Diocese de Pesqueira para Caruaru e tomou posse no dia 12 de janeiro de 2003. Durante 16 anos, esteve à frente das 19 cidades que compõem a Diocese de Caruaru. Em Pesqueira, Dom Dino pastoreou de 1993 a 2002.

Até a data da posse do novo Bispo – 21 de setembro deste ano – Dom Bernardino Marchió continuará como Administrador Apostólico da Diocese. Ele conversou com a reportagem VANGUARDA. “Gostaria de agradecer a todos os que aqui trabalharam comigo. Foram dias difíceis, de muito trabalho e fé. Conseguimos alcançar nossos objetivos e só tenho a agradecer!”, disse Dom Dino.

Durante a coletiva, ele revelou que sua maior alegria na cidade foi o contato com a população local. “Aqui conheci pessoas maravilhosas. Essas pessoas são padres, colaboradores e a Imprensa também. A vocês (Imprensa), meus sinceros agradecimentos. Por tudo que vocês nos ajudaram a fazer pelas igrejas e pelas pessoas”, finalizou.

O NOVO BISPO DE CARUARU

Dom José Ruy Gonçalves Lopes, OFMCap., nasceu no dia 6 de agosto de 1967 (51 anos), em Feira de Santana – Bahia. Ele fez seus votos religiosos na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos (OFMCap.) em 10 de janeiro de 1988 (31 anos) e foi ordenado presbítero no dia 5 de dezembro de 1993 (26 anos) em Feira de Santana- BA.

Dom José Ruy estudou filosofia e teologia na Universidade Católica de Salvador, e cursou pós-graduação em teologia moral na Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, na Arquidiocese de São Paulo. Ele foi pároco em Valéria-BA e capelão no Leprosário de Águas Claras, em Salvador-BA. Dom José foi ainda definidor provincial e ecônomo provincial. Posteriormente, foi ministro provincial e vice-presidente da Conferência dos Capuchinhos do Brasil. Era diretor do Colégio Santo Antônio, quando foi nomeado bispo de Jequié.

Ele foi nomeado bispo de Jequié pelo Papa Bento XVI no dia 4 de julho de 2012 e recebeu a ordenação episcopal no dia 7 de setembro desse mesmo ano.

Dom José enviou carta à Imprensa de Caruaru e mostrou conhecimento de nossas riquezas e tradições. “Neste dia em que o Santo Padre, o Papa Francisco nomeia um humilde operário da vinha do Senhor, como quinto bispo diocesano desta já querida Diocese de Caruaru, quero expressar uma cordial saudação a todos!”, disse.

Veja a carta na íntegra:

Trago em meu lema episcopal, “Ex toto Corde”, o primado de Deus e da caridade, dentro do mandamento do amor, o imperativo do coração. (Mt 22,37)

Com este fundamento, me apresento tão somente como um homem de fé, crendo que o amor a Deus é capaz de construir pontes, não apenas aquelas entre pessoas e instituições, mas sobretudo e especialmente, aquela grande ponte que liga o ser humano a Deus, Criador e Pai.

Sei que na “terra do barro”, onde a criatividade de mestres, artesãos e escultores que elaboraram obras de arte, não faltará a matéria prima da fé a fim de que com a Graça de Deus, possamos construir esta grande ponte para o Céu.

Desta forma, seguindo as pegadas do confrade querido e venerável Frei Damião de Bozzano, meu coração calça as sandálias franciscanas ao me dirigir a cada pessoa de fé e de boa vontade, inicialmente pelos sacerdotes, primeiros colaboradores, para que tenham a convicção de minha paternidade espiritual; de cada homem e mulher de fé, leigos e leigas de boa vontade; seminaristas; ida consagrada e religiosa; enfim, pedindo a licença para ter acesso ao coração de cada um com o propósito de semear a paz e o bem.

Uma saudação especial, permeada de agradecimentos, a Dom Dino Marchió por todo o bem plantado e por toda solicitude desde o primeiro momento da escolha para sucedê-lo. Que Nosso Senhor o guarde neste novo tempo de sua vida!

Suplico a intercessão da sempre bem-aventurada Nossa Senhora das Dores, a quem sempre me refugiei em seu colo, desde quando há pouco mais de trinta anos ingressei na Província dos Capuchinhos de Nossa Senhora da Piedade. Peço à Mãe de Nosso Senhor o amparo e a proteção para seguir junto com vocês o caminho que sempre nos leva ao Pai. À Nossa Senhora sempre pedi o que o povo canta em oração: “Por este Senhor que tendes nos braços, pelas vossas dores dirigi meus passos”.

Coloco-me à disposição de todos nesta perspectiva de uma caminhada de fé e esperança, parafraseando o “mártir” capuchinho, Dom Vital, “peçam-nos tudo, nunca porém, o sacrifício da nossa consciência”.

Enfim, dentro em breve, dia 21 de setembro, haverei de sentar-me nesta honrosa cátedra para tão somente servi-los (e esse é o sentido do ministério ordenado) no grande horizonte que a Igreja Católica é para a humanidade: a salvação e a paz!
Dom José Ruy Gonçalves Lopes

Pernambuco Fashion Business será em Caruaru

Jaciara Fernandes

O Agreste pernambucano vai receber a primeira edição do Salão de Negócios Pernambuco Fashion Business, que será realizado no período de 4 a 10 de novembro, no Polo Caruaru. O diretor-executivo Reginaldo Fonseca, da Cia Paulista de Moda, participou do coquetel de lançamento oficial do evento, na última terça-feira (9), no Caruaru Palace Hotel. A feira vai reunir mais de 100 expositores e alcançar públicos de poder aquisitivo variado para consumir moda.

Reginaldo é consultor de mais de 70% dos eventos de moda do Brasil e em mais de 200 shoppings em vários países espalhados pelo mundo, além de ser criador do consolidado São Paulo Fashion Week. No salão de negócios em Caruaru, o filho de mãe pernambucana também será curador e se revelou admirador do que é produzido no Agreste. “Tenho muito respeito pelo polo de moda de Pernambuco que faz muita coisa bacana em confecções. Planejo um evento com muito glamour, mas, ao mesmo tempo, mostrando o que é moda real e como ela pode chegar ao guarda-roupa de todos os brasileiros”, ressaltou Reginaldo.

Região que mais cresce em Pernambuco, o Polo de Confecções do Agreste reúne 54 municípios, que juntos produzem cerca de 800 milhões de peças de vestuário, todos os anos, tanto para o comércio nacional quanto para o internacional. Estima-se que mais de 18 mil empresas têxteis estejam localizadas nas cidades de Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe, Toritama e Surubim, consideradas as principais do polo. O setor local emprega mais de 150 mil pessoas e tem um faturamento anual de cerca de R$ 3,5 bilhões.

Para Reginaldo Fonseca, este é o momento de novas criações e de alavancar as vendas do setor, uma vez que a indústria brasileira da moda passa por um momento delicado. “Acredito que duas coisas são essenciais para o consumo diário humano que é se vestir e comer. É chegada a hora de Pernambuco fazer um evento mostrando a moda comercial e gerar business. A moda no Estado veste ‘pessoas reais’ do nosso dia a dia e falta algo mais para que essa venda seja feita”, frisou o famoso consultor de moda.

De acordo com o curador, Pernambuco trabalha a moda com muita cor e bastante jeans e ele adianta as tendências dos desfiles do evento. “Vamos trabalhar com tendências de alto verão. O jeans está no guarda-roupa de todo o mundo, deixou de ser item básico e passou a estar presente na alfaiataria, ganhou as festas, com brilho e paetê. Em Toritama, são produzidas peças com lavagens diferentes em bermudas, calças, shorts, coletes, camisas. Quero aproveitar muito esse trabalho primoroso que é feito nas confecções em Pernambuco e levar para as passarelas algo muito diferente de como é apresentado o jeans no Brasil”, ressaltou.

João Chagas, da Linear Stands, com experiência de 16 anos no mercado de estrutura, adiantou que os 100 estandes contarão com 9 metros quadrados e outras áreas que somam 2.500 metros quadrados. “Teremos área de circulação, passarela, camarins, praça de alimentação, Sala Vip, Sala de Imprensa, Camarim Cossplay e espaço de credenciamento”, explicou o empresário de Recife, que assinou por oito anos a estrutura da Fenearte, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda. O Pernambuco Fashion Business é uma realização de Luciana Araújo, da Revista Jurema; e a coordenação local é da consultora contábil Lucélia Santos.

A ideia do evento é levar moda para as pessoas se vestirem bem, não importando o bolso, trabalhando com todo o público. A proposta de Reginaldo Fonseca é dialogar com os confeccionistas e lojistas e, indiretamente, com o consumidor final. Ele quer estimular o consumo consciente, assim como faz no desfile Angola Fashion Week, o mais importante do setor na África. “Moda para mim é algo muito importante. Trabalho há mais de 30 anos em vários lugares do mundo e estou sempre pesquisando o que as pessoas querem e precisam comprar, ligando a indústria e o consumidor final, trabalhando com desejo, informação, expectativa, sedução, interatividade para informar as pessoas de uma forma muito consciente. Meu foco é encher os olhos das pessoas para um consumo consciente”, conclui.