A Prefeitura de Caruaru, através da Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM) se despede de 2020 com avaliação positiva. Apesar da pandemia da Covid-19, os serviços oferecidos pela SPM não foram prejudicados no município, inclusive de forma presencial, quando necessário. A promoção da saúde e a qualidade de vida, o enfrentamento a violência e as capacitações profissionais, essenciais para incentivar o empoderamento e protagonismo feminino foram algumas das ações desenvolvidas pela pasta.
Durante todo o ano, a SPM trabalhou em busca da autonomia econômica e financeira, por meio de programas e ações que garantem um protagonismo eficaz e com impactos diretos na economia. Uma das ações desenvolvidas é o projeto Mulher Empreendedora que contempla mais de 170 caruaruenses, com formação continuada de empreendedorismo feminino, administração, contabilidade, marketing e vendas. A Feira da Mulher Empreendedora é fruto dessa ação e foi realizada nos meses de fevereiro e março (contemplando 50 expositoras), e, a partir da pandemia, em formato online (contemplando 72 expositoras), na qual as mulheres puderam expor e comercializar seus produtos, através Instagram @feiramulherempreendedora, e também pelo site empreendemulher.caruaru.pe.gov.br.
As caruaruenses também tiveram auxílio e incentivo na formalização de grupos de mulheres, a exemplo da AMEC (Associação de Mulheres Empreendedoras de Caruaru), e a ACMM (Associação Centro Social Mãe Morena). “As qualificações profissionais mudaram a vida de 273 mulheres com formações em diversas áreas e com projetos como o ‘Mulher que Faz’, que oferta cursos e oficinas nos segmentos de beleza, culinária, costura; o ‘Inclusão Digital Rural’ e o ‘Inclusão Digital para Mulheres’, através de curso de informática básica na zona rural e na cidade”, destacou a secretária da pasta, Juliana Gouveia.
Para promover a cidadania e qualidade de vida, ações culturais e esportivas também estiveram presentes na vida das mulheres do município, através de projetos, como a II Corrida e Caminhada Caruaru para Todas, com mais de 1500 inscrições, que aconteceu em fevereiro em um circuito de aproximadamente 5km, pelas ruas de Caruaru. Na parte cultural, a SPM se preocupou em fomentar a cultura local, principalmente com o incentivo à formalização das mulheres dos setores de artes. Dentre os projetos estão o “Mulheres em Cena” e o “Minha vida em Cordel”, com 17 e 14 inscritas, respectivamente.
No mês de março, foi realizada a III Mostra Cultural para Mulheres, em alusão ao mês da Mulher, com ações que envolveram toda a Prefeitura. Foram cerca de 2 mil atendimentos, entre eles orientação jurídica sobre direito das mulheres e acolhimento psicossocial. Fez parte do projeto também atendimentos no Odontomóvel, autoexame de mama, vacinação, aferição de pressão, glicose, massagem, auriculoterapia, bem como serviços de beleza (manicure, limpeza de pele, designer sobrancelhas),além de serviços de sustentabilidade e respeito ao meio ambiente com a entrega de mudas frutíferas e florestais.
A Mostra Cultural também contou com a exposição e comercialização de arte e cordel com a participação de 32 artistas (plásticas, cordelista, barro e fotografia) e apresentações culturais de repentistas, grupo de capoeira, zumba, teatro e o grupo Pérolas Negras. O empreendedorismo feminino não ficou de fora desta noite, contando com a participação de 30 mulheres que expuseram e comercializaram seus produtos, desde artesanato, artigo de cama/mesa e banho, decoração, culinária entre outros. No evento houve a entrega da homenagem às servidoras municipais, pelos serviços prestados e pela passagem do Dia Internacional da Mulher.
PANDEMIA – A Saúde da Mulher também esteve em alta. As ações foram focadas em demandas sociais e de saúde mental, bem como no enfrentamento à violência institucional e obstétrica. A secretária de Políticas para Mulheres, Juliana Gouveia, destaca também a participação efetiva nas ações que envolvem outros órgãos. “Além de participar ativamente, da Câmara Técnica de Enfrentamento à Violência Obstétrica (CTEVO), a SPM ainda realizou o II Fórum de Enfrentamento a Violência Obstétrica, que teve como tema: ‘Direito e saúde das gestantes em meio a pandemia’, realizado por meio da plataforma online, com 421 inscrições”, explicou.
Outra ação efetiva da SPM foi a campanha do ‘Outubro Rosa’, mês de conscientização ao câncer de mama. Este ano, foram realizadas palestras com profissionais de saúde e da área jurídica. “Através do Balcão da Mulher temos uma atuação permanente no acolhimento social, psicológico e jurídico, que de janeiro até agora realizou cerca de 450 atendimentos, no tocante à saúde mental das mulheres em situação de vulnerabilidade social, sendo encaminhadas para os equipamentos especializados da rede”, detalhou Juliana. Ainda na programação do Outubro Rosa, a secretaria conseguiu firmar parcerias e oferecer mamografias totalmente gratuitas para o público feminino.
ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA – O trabalho de enfrentamento à violência contra as mulheres, com acolhimento e atendimento jurídico e psicossocial para as vítimas de violência, foi intenso durante o ano inteiro. Até outubro, foram realizados 1.645 atendimentos, com respectivos encaminhamentos para os demais serviços de referência da rede de atendimento. Durante todo o ano de 2019, foram realizados 871 atendimentos, de modo que em 2020, até outubro atingiu-se quase o dobro de atendimentos.
O trabalho intensivo da Patrulha Municipal Maria da Penha tem mudado realidades. A estratégia realiza mensalmente rondas em 40 endereços de mulheres vítimas de violência,além também de acompanhar as mulheres durante atuações emergenciais, acionando o Centro de Referência da Mulher, e outros organismos da rede de enfrentamento. “As políticas desenvolvidas não se baseiam apenas no atendimento, mas também na prevenção da violência contra as mulheres, o que se dá por meio de campanhas educativas e formações sobre enfrentamento à violência contra as mulheres”, explica a secretária da SPM
Datas como o Dia Laranja, celebrado no dia 25 de cada mês, data em que a ONU convida a todas/os para reforçar iniciativas para o enfrentamento à violência contra meninas e mulheres ganharam ainda mais destaque. “Realizamos de forma presencial em janeiro, chegando a 700 pessoas, e a mais de 1.600 pessoas por meio das redes sociais, com o início da pandemia”, ressalta Gouveia. A campanha “Não é Não”, que é vivenciada no período dos festejos de Carnaval (chegando a cerca de 7.500 pessoas em 2020), São João, e demais dias festivos na cidade, para divulgar a punição para o crime de importunação sexual; a Semana da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, de 22 a 25 de julho, que teve como tema “Negra Mulher pode ser o que quiser”, contra preconceito às mulheres negras, dialogando com cerca de 200 pessoas; o “21 dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres” que contempla o Dia da Consciência Negra e os 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres, que estamos vivenciando até o dia 10 de dezembro”, destaca Juliana.